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Terra a Vista
Entre os marinheiros correm rumores. As dozes naus
navegam há semanas sem ver terra. Os veteranos do mar não compreendem:
eles não iam para as Índias pela rota que Vasco da Gama acabara de
descobrir? Como então se afastavam tanto da África, rumando para o
ocidente? E o perigo? E os dragões e as serpentes aladas de que falavam as
velhas histórias do grande oceano desconhecido? |
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Apesar de tudo, os comandante dos navios não parecem preocupados: repetem
a ordem de seguir para o sudoeste, sempre para o sudoeste.
Mais um dia de viagem vai acabando como os outros: mas pôr todo os lados, os
barcos balançando, os trabalho de rotina, no fim do dia, a hora de rezar.
O sol está desaparecendo quando a notícia: existe alguma coisa no mar. Toda
tripulação dos barcos corre para a amurada: entre as ondas bóiam algumas algas
marinhas. Anoitece, nada mais se pode ver. Mas uma coisa é certa para todos:
existe terra pôr perto.
A noite é de festas, conversas, esperança de fortuna. Mas também há dúvida e
medo : que terra seria aquela?
Mal amanhece, todos os olhos estão no horizonte. Decepção: lá, apenas a imagem
de sempre: mar, mar, mar. Mas, antes que alguém duvide dos sinais de véspera,
outras plantas marinhas e, depois, algumas aves confirmam: há mesmo terra pôr
ali.
Lentamente avançam as naus e caravelas da maior armada jamais saída de
Portu-gal. Há tensão entre os mil e tantos homens dos doze navios, aos avisos do
vigia no alto do mastro.
Na hora do almoço, enquanto se alimentam com sopa, biscoitos duros, carne e
peixe salgados, arroz e cevada, tudo já meio velho, meio apodrecido, os
marinheiros conversam sobre frutas e verduras, pensando no que poderão comer ao
chegar aquele lugar anunciado pôr arbustos e aves.. É a água? E água fresca no
lugar do líquido sujo e amargo dos tonéis? Isso os deixa entusiasmados, chegam
mesmo a esquecer que ninguém sabe onde vão desembarcar.
Só ao entardecer a tripulação pode ver, bem ao longe, olham para um monte alto e
redondo que se chamará Pascoal. À luz do crepúsculo, momento das orações, os
homens olham em silêncio, mais terras, com grandes árvores, a terra de Vera
Cruz. Atrás dele, o sol se vai escondendo.
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Assim chega a noite de 22 de abril de 1500. Os marinheiros recolhem velas e
baixam âncoras. Os navios vão esperar o dia para se aproximar da costa. Na proa
do seu barco, um homem não tira os olhos da terra que a noite vai apagando. É
Pedro Alvares Cabral a contemplar a terra que descobrira. Brasil. |
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