A B
C D E F
G H I
J
K
L M
N O
P Q R S
T U V W X Z
Os crustáceos são invertebrados
artrópodes. O grupo é bastante numeroso
e diversificado e inclui cerca de 50.000 espécies descritas. A maioria dos
crustáceos são organismos marinhos, como
as lagostas, camarões, cracas, percebes,
tatuís (Emerita brasiliensis, que vivem
enterrados nas areias das praias do
Brasil), os siris e os caranguejos, mas
também existem crustáceos de água doce,
como a pulga-d'água (Daphnia) e mesmo
crustáceos terrestres como o bicho-de-conta.
Podem encontrar-se crustáceos em
praticamente todos os ambientes do mundo,
desde as fossas abissais dos oceanos até
glaciares e lagoas temporárias dos
deserto.
Existe uma grande variedade de hábitos
alimentares nos crustáceos, podendo ser
filtradores de matéria orgânica em
suspensão, carnívoros, herbívoros,
saprófagos. Comumente, determinados
apêndices torácicos, adaptaram-se para a
coleta de alimento, predação ou consumo
de suspensão. A boca é ventral e o trato
digestivo quase sempre reto.
A excreção é feita pelas glândulas
antenais ou glândulas verdes, em
conjunto com as glândulas maxilares; são
glândulas de igual função e estrutura,
diferindo apenas na posição em que abrem
seus poros. Também existem nefrócitos,
que são células que fagocitam os
excretas e fazem sua degradação
intracelularmente. A principal excreta
nitrogenada produzida é a amônia.
A maioria dos crustáceos é dióica, eles
tem Patologias separados, existem apêndices
especializados para a reprodução; por
exemplo, em decápodos podem se
distinguir um par anterior de pleópodos
como tendo função copulatória.
Os ovários são semelhantes aos
testículos em estrutura e localização.
Algumas espécies apresentam mesmo
dimorfismo sexual, não só em termos do
tamanho, mas também de outras
características: no caranguejo de mangal,
Scylla serrata, uma espécie abundante da
região indo-pacífica, a fêmea é maior
que o macho e têm o abdome mais largo,
podendo assim incubar os ovos com maior
segurança.
Durante a cópula, o macho transfere para
a fêmea uma cápsula com os
espermatozoides, denominada
espermatóforo, que ela abre na altura em
que liberta os óvulos, este
espermatóforo é depositado na
espermateca, que é uma espécie de
receptáculo seminal, os ovidutos em
alguns grupos conectam diretamente com
as espermatecas, e usam suas aberturas
como gonóporos.
A cópula pode ser precedida por
comportamentos de corte, principalmente
em alguns decápodos, por exemplo, o
Caranguejo-Eremita, macho segura a fêmea
com um quelípodo e bate atingindo-a com
o outro, ou puxando-a para frente e para
trás.
Os Patologias também podem se atrair por meio
de feromônios. Os ovos são centrolécitos;
nesse tipo de ovo, o núcleo é circundado
por uma pequena “ilha” de citoplasma
não-gemado no meio de uma grande massa
de gema. A clivagem é superficial.
Os ovos são muitas vezes incubados pela
fêmea até o embrião estar totalmente
formado, não sendo incomum encontrar
camarões e caranguejos com ovos presos
às patas abdominais. Os ovos geralmente
libertam larvas chamadas de Náuplio que
são pelágicas, fazendo parte do
zooplâncton.
Morfologia dos crustáceos
Para além das características gerais, é
importante mencionar os principais
apêndices de um crustáceo típico,
localizados dos lados de cada segmento e
cujo número e aspecto são usados para a
sua identificação.
Na cabeça: olhos geralmente compostos,
como os dos insetos, mas colocados num
pedúnculo, podendo mover-se;
antênulas ou 1as antenas (um par);
antenas ou 2as antenas (um par);
mandíbula ou 1a maxila (um par);
maxilas ou 2a e 3a maxila (um ou dois
pares);
No tórax: maxilípedes ou “patas-maxilas”
(0-3 pares);
pereiópodes ou “patas-de-locomoção”
podendo apresentar o primeiro par de
pereiópodes quelado usado para defesa (até
5 pares);
No abdómen: pleiópodes ou “patas-nadadoras”
(depende do número de segmentos) –
muitas vezes com brânquias e outras
adaptações para segurarem os ovos;
urópodes, que são o equivalente à cauda
dos peixes, localizados no último
segmento abdominal, podendo formar junto
com o télson o leque caudal.
Estes apêndices são igualmente
articulados e tipicamente birramosos e
podem apresentar birreme (bifurcação nos
apêndices); as suas partes típicas são:
o protópode, a porção que articula com o
corpo do animal;
o exópode, a porção seguinte, localizada
do lado externo do corpo;
o endópode, uma parte paralela ao
exópode, localizada do lado interno do
corpo;
os epípodes e endites, que são apêndices
adicionais do protópode, os primeiros
localizados no corpo do protópode, os
segundos na sua extremidade.
Um apêndice com todas estas partes
também se denomina filópode.
Ontogenia e metamorfoses
Os crustáceos apresentam dois tipos de
estratégias de desenvolvimento: (1) por
crescimento direto do animal que emerge
do ovo e (2) por metamorfoses, através
de uma série de fases larvares.
O crescimento direto pode ser simples,
em que o animal apenas aumenta de
tamanho até atingir a maturação sexual,
ou anamórfico, em que a morfologia do
animal se altera em cada muda, seja pelo
aumento do número de segmentos ou de
apêndices no corpo; por vezes, a
primeira larva pode ser bastante
diferente do adulto.
O crescimento por metamorfoses, em que
as larvas são normalmente pelágicas, é
uma estratégia de reprodução que
assegura a maior dispersão da espécie.
Os crustáceos apresentam três tipos
básicos de larvas:
Náuplio – formado por três segmentos
cefálicos com os apêndices típicos da
cabeça, antênulas, antenas e mandíbulas
e com um único olho na parte central do
corpo; o tronco começa sem segmentação,
mas em cada muda vão aparecendo novos
segmentos, no último dos quais se
encontra um télson birramoso; a cabeça é
protegida por um “escudo cefálico”, um
princípio de carapaça. Em algumas
espécies, o olho naupliar é conservado
nos adultos.
Os restantes dois tipos de larvas
encontram-se apenas nos membros do grupo
Malacostraca, ao qual pertencem os
camarões e caranguejos:
Zoea – é uma forma com uma grande
carapaça, que protege a cabeça e parte
do tórax, um abdome segmentado e com um
telson bem desenvolvido; os olhos
compostos formam-se nesta fase;
apresenta exópodes natatórios nos
apêndices tráxicos, mas os pleópodes
estão ausentes ou pouco desenvolvidos.
Mysis – é ainda uma larva pelágica com
apêndices birramosos em todos os
segmentos torácicos e abdominais;
apresenta formas muito variadas,
dependendo das espécies.
Existe ainda uma quarta forma que faz a
transição para o estado adulto (nos
crustáceos demersais é nesta fase que o
animal se fixa no substrato) e que é
muitas vezes considerada uma pós-larva:
Megalopa - caracteriza-se por apresentar
pleópodes nos segmentos abdominais.
As diferenças no aspecto das várias
larvas dos crustáceos levaram no passado
a considerá-las espécies separadas. Foi
só quando os investigadores começaram a
criar larvas em aquários e observaram as
suas metamorfoses que foi possível
identificar todas estas fases; no
entanto, esta criação é difícil, uma vez
que as diferentes larvas podem requerer
condições diferentes e, por essa razão,
ainda subsistem muitas espécies para as
quais não se conhece completamente o
ciclo de vida.
Taxonomia
A classificação científica dos
crustáceos não está inteiramente
estabelecida, uma vez que, devido ao
grande número e diversidade de espécies
e formas, as relações evolutivas não são
claras.
Classe Cephalocarida Ordem Brachypoda
Classe Branchiopoda Subclasse Phyllopoda
Subclasse Sarsostraca
Classe Ostracoda Subclasse Myodocopa
Subclasse Podocopa
Classe Maxillopoda Subclasse
Mystacocarida
Subclasse Copepoda
Subclasse Branchiura
Subclasse Pentastomida
Subclasse Tantulocarida
Subclasse Thecostraca (Cirripedia -
cracas e percebes)
Classe Malacostraca Subclasse
Eumalacostraca
Subclasse Hoplocarida
Subclasse Phyllocarida
Registros fósseis de crustáceos
Os registos mais antigos de fósseis de
crustáceos parecem ser de cracas do
período Cambriano (543 a 490 milhões de
anos), portanto, de entre os animais
mais antigos que se conhecem. As
lagostas e caranguejos, com os seus
exosqueletos calcificados deixaram boas
marcas das eras Mesozóica e Cenozóica.
A “Camada de Lagostas” da ilha de Wight,
na Inglaterra é famosa pelas formas bem
conservadas de lagostas do período
Cretácico. Na Alemanha, também se
encontram bons fósseis de crustáceos do
período Jurássico no calcário de
Solnhofen.
O grupo com registo fóssil mais completo
entre os crustáceos é o grupo Ostracoda,
pequenos animais com uma carapaça
similar a dos moluscos bivalves. Os mais
antigos pertencem ao período Cambriano,
aparecem mais diversificados no
Ordoviciano e são especialmente
abundantes no Silúrico.
Em certos casos, os depósitos destas “conchas”
formam um tipo de rocha por vezes usada
em construção: a coquina. Os penhascos
brancos de Dover, na Inglaterra, são um
bom exemplo desta rocha.
Culinária
Os Crustáceos são Utilizados pela
Culinária Mediterrânea, Sino Japonesa,
Tailandesa e também na Brasileira. No
Brasil o consumo de camarão, siri, e
caranguejo é mais frequente, enquanto
que em Portugal e Espanha o consumo de
percebes e lagostas é maior.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Classes
Remipedia
Cephalocarida
Branchiopoda - pulga-d'água, Artemia
Ostracoda
Maxillopoda
Cirripedia - cracas
Malacostraca - lagostas, caranguejos,
camarão, tamarutacas, tatuzinho-de-jardim,
siri etc.
Referencias:
Wikipédia
Ache Tudo e Região |
Conheça
o
Ache
Tudo e Região
o portal
de todos Brasileiros. Cultive o hábito de ler, temos
diversidade de informações úteis
ao seu dispor. Seja bem
vindo, gostamos de
suas críticas e sugestões, elas nos ajudam a
melhorar a cada ano.
|
|
|