Os igapós são áreas permanentemente inundadas, com
vegetação adaptada a permanecer com suas raízes sempre debaixo d'água. As
várzeas encontram-se em terreno mais elevado e são inundadas apenas na
época das cheias dos rios. A seringueira é um bom exemplo do tipo de
árvore existente nessa área. Os baixos platôs ou terra firme estão
localizados nas partes mais elevadas e fora do alcance das cheias dos
rios. Nessa área encontram-se as grandes árvores de madeira de lei e as
castanheiras.
A região
Norte possui 11.290.093 habitantes, 7% da população total do país. Sua
densidade demográfica é a mais baixa entre todas as regiões geográficas,
com 2,91 habitantes por km2. A maior parte da população da
região Norte (57,8%) é urbana, sendo Belém, capital do estado do Pará, sua
maior metrópole.
A economia da
região Norte baseia-se no extrativismo vegetal de produtos como látex,
açaí, madeiras e castanha-do-pará; no extrativismo mineral de ouro,
diamantes, cassiterita e estanho; e na exploração de minérios em grande
escala, principalmente o ferro na serra dos Carajás, estado do Pará, e o
manganês na serra do Navio, estado do Amapá.
Duas ferrovias viabilizam o
escoamento dos minérios extraídos da região: a Estrada de Ferro Carajás,
que vai de Marabá, estado do Pará, a São Luiz, capital do estado do
Maranhão (região Nordeste), que leva o ferro para os portos de Itaqui e
Ponta da Madeira; e a estrada de Ferro do Amapá, que transporta o manganês
extraído na serra do Navio até o porto de Santana, em Macapá, capital do
estado do Amapá.
Em algumas
partes da região a energia é fornecida por usinas hidrelétricas e em
outras o abastecimento depende de geradores a óleo diesel. No rio
Tocantins, estado do Pará, encontra-se a usina hidrelétrica de Tucuruí, a
maior da região. Existem ainda usinas menores, como Balbina, no rio
Uatumã, estado do Amazonas, e Samuel, no rio Madeira, estado de Rondônia.
O Governo
Federal oferece incentivos fiscais para a instalação de indústrias no
estado do Amazonas, especialmente montadoras de produtos eletrônicos. Esse
processo é administrado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus e os incentivos deverão permanecer em vigor até, pelo menos, o ano 2003.