No interior da Zona da Mata, sobretudo em Alagoas e Bahia
(Recôncavo), destacamos o fumo, assim como o sul da Bahia aparece a
paisagem Jorge Amadiana do cacau, cultivado com o sombreamento da
bananeira ou broqueado com a, cada vez mais reduzida, Mata Atlântica.
No litoral do Ceará e do Rio Grande do Norte há uma abrupta mudança na
paisagem. Surge o sal, com destaque para as salinas de Macau e Areia
Branca.
Na Zona da Mata, sobretudo após a SUDENE, destacamos os pólos Petroquímico
de Camaçari, formando nestas áreas duas das três metrópoles regionais -
Recife e Salvador. A terceira, e mais recente é Fortaleza, também no
litoral. O turismo em toda a região vem sendo importante atividade
econômica.
Agreste
É a região de transição entre a Zona da Mata e o Sertão. O Agreste com
suas feiras de gado e sua policultura de subsistência, sofre modificações
profundas na paisagem, monoculturas de fumo, cana. Oleaginosa, além de
latifúndios que absorvem minifúndios desenham este novo perfil do agreste.
Além da agricultura comercial há agora destaque para a pecuária caprina e
ovina. Assim como o crescimento inchado das cidades, outrora feiras - as
cidades-feira - Campina Grande, Feira de Santana, Caruaru, etc.
Sertão
O Sertão é marcado pelo latifúndio e pela pecuária. Nas "Bocas do Sertão",
ilhas úmidas, encontramos a subsistência. A atividade agrícola de mercado
é o algodão.
As maiores concentrações demográficas estão no São Francisco e no Cariri.
O rio, que outrora era o dos Currais, hoje apresenta atividades agrícolas
- cebola e vinha. Demonstrativo de que o Sertão é viável e o problema é a
"Cerca"!
Meio-Norte
Nesta sub-região, destacamos o extrativismo vegetal, pecuária extensiva,
algodão e arroz.
Extrativismo: madeira, babaçu e carnaúba.
Pecuária: áreas mais secas do interior.
Áreas mais úmidas: algodão e arroz (a soja, recentemente).
Porto de Itaqui: escoamento do minério de Carajás e todo sistema de
transporte para escoamento.
Atualidade
A região Nordeste vêm tendo nos últimos anos, expressivas modificações em
sua estrutura econômica, que, no entanto, não alteram substancialmente o
calamitoso quadro social.
No campo industrial vem ocorrendo um processo de industrialização, ligado
a descentralização do Sudeste, sendo, portanto, uma industrialização
dependente, ligada em grande parte a concessão de incentivos fiscais.
A maior parte dessas indústrias é de utilização intensiva de mão-de-obra,
como calçados e vestuários, interessadas nos reduzidíssimos salários
locais. A menor distância em relação a alguns mercados de exportação é
outro atrativo local. Apesar disso se mantém a indústria açucareira, a do
petróleo e petroquímica e muito recentemente a área de automóveis na
Bahia.
Cabe lembrar que o Ceará e a Bahia têm apresentado elevados índices de
crescimento industrial.
As alterações ocorrem também no meio rural, apesar da manutenção do amplo
domínio latifundiário no Sertão e Zona da Mata, além da expansão, com
pecuária no Agreste.
No Sertão Nordestino, projetos de irrigação viabilizaram o avanço de uma
moderna agricultura fruticultora para exportação, na área em torno de
Petrolina em Pernambuco, beneficiada pela grande insolação, pela já citada
mão-de-obra barata, além da existência de solos com alta fertilidade
mineral.
No oeste da Bahia e no sul do Maranhão, o avanço da fronteira agrícola
ocorre sobretudo com a soja, mas também, com arroz e milho. No caso
específico do Maranhão, o desenvolvimento é facilitado pelas excelentes
condições de logística da região para exportação.
Desde 1992, quando
começou a funcionar o Corredor de Exportação Norte, toda a produção
agrícola do sul do Maranhão passou a escoar para o Porto da Madeira, em
São Luís, por um longo trecho de estrada de ferro operado pela Companhia
Vale do Rio Doce.
O cultivo nessa área, realizada por migrantes de origem
européia vindos da Região Sul, é realizado em fazendas altamente
mecanizadas, com os melhores índices de produtividade agrícola por hectare
no Brasil, tem ainda como benefício a menor distância em relação ao
mercado europeu.