No princípio do século XVIII, um pequeno aglomerado de casas, circundado por várias fazendas, deu origem ao Arraial de Barra do Rio Verde. Com a inauguração da Estrada de Ferro de Minas- Rio, em 1884, a população começou a crescer. O arraial instalou-se à beira dos rios Verde e Itanhandu, este último dando o nome definitivo ao lugarejo. Ita (pedra), nhandu (ema, corredeira), era chamado assim pelos índios, porque o Rio Verde forma no local grandes quantidades de "pedras que correm ao longo das eras (seixos rolados)". Em 1923, Itanhandu torna-se município. Dois fatos históricos ficaram bastante
marcados na história de Itanhandu: a Revolução de 1930 e a Revolução de
1932. Ambas foram de curta duração, entretanto mudaram os rumos do país. A
primeira deu o poder a Getúlio Vargas, candidato derrotado à presidência,
alegando fraudes no processo eleitoral, dominado por velhas oligarquias.
De São Paulo eclodiu o movimento de 32, exigindo o fim do governo
provisório de Vargas e a convocação de novas eleições. Nos dois
acontecimentos a cidade ficava exposta a conflitos armados entre Minas e
São Paulo, em vista de sua posição estratégica de fronteira. Toda a
população era retirada e as luzes apagadas à noite. Dos combates de 32
participou um jovem tenente médico, futuro governador de Minas e
presidente do Brasil. Juscelino Kubitschek declararia mais tarde a amigos:
"minha carreira política começou em Itanhandu". |