Foi às 15 horas e 30
minutos do dia 13 de maio de 1963 que
Pancas se emancipou desmembrando do município de Colatina, pela lei
no 1837 de 21 de fevereiro de 1963. Afrontando febres, animais
selvagens e índios, os mineiros começaram a ocupação da região no ano de
1918. Sebastião Cândido Barbosa (Sebastião Laurindo ) e Sebastião Luiz de
Souza foram os primeiros, mas foi entre 1925 e 1930 que chegou o maior
número de colonizadores, iniciando as origens da tradição familiar
capixaba. Depois de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, através de Afonso
Cláudio, Santa Tereza, Santa Leopoldina, vieram os alemães. Mais tarde em
1940 os alegrenses descobriram Pancas. São da fase inicial do
desbravamento: Carlos Roos, Januário Pedro Ribeiro, Franz Onesorge,
Rodolfo Ferreira de Mendonça, Jose Alves de Souza, Alexandrino de Abreu e
Silva, Antonio Olimpio da Rocha, Maria Melado Vogt, Jose Joaquim Pinto,
Jose Sodré de Souza, João Ribeiro de Barcelos, entre outros. Os Nomes
A última pesquisa sobre o nome Pancas foi mostrado pelo ditador Manoel Milagres Ferreira. Como uma homenagem ao velho e carinhoso amigo à sua formidável inteligência, oferecendo abaixo seus estudos sobre a origem de Pancas. Nas encostas orientais da cordilheira dos Aimorés, ali pelo noroeste do ES. Situam-se uma cidade e uma coletividade complementando, de muito boa vontade a região que constitui um dos mais novos municípios capixaba: "Pancas" Não temos notícias de que algum órgão oficial ou escritor de história se tenha manifestado sobre o significadodo topônimo Panca ou Pancas, hora objeto de nossa cogitações. No entanto ouvimos de madeireiros e serradores de madeira, a confirmação do nome e uso de utilíssima peça de madeira e de boa qualidade, medindo o mínimo de 3,5 metros por 40 centímetros de rodo por que se remove as grossas toras cortadas nas florestas para os depósitos de engenhos de serra ou para os vagões ferroviários. Panca (singular) alavanca de madeira, estaca calçadeira, espeque etc; Pancas (plural) dificuldades apertos etc. Os significados diferentes, pelas simples transposição para o plural revela uma das particularidades do rico idioma Luso-brasileiro, o qual é lídimo representante o filólogo Cândido e Figueiredo. Este Lecsicólogo português não altera as definições de seus colegas de cá, e ainda as aborda em dois verbetes distintos: Panca e Pancas, sendo que nessa Segunda acepção o dicionarista exemplifica o seu uso transcrevendo Camilo Castelo Branco em "Enxertada" e Afrânio Peixoto em "Bugrinha". Em outro verbete – PALANCA – Cândido de Figueiredo e longo e explícito: versa todos os aspectos e seu uso no território de influência portuguesa d'além mar. A dita PANCA como a contração da "PALANCA" (vol 2o, 14a publicado em Lisboa e Rio simultaneamente). Em qualquer dos dois sentidos, o vocábulo é do idioma vindo com Cabral em 1500 e se tornou conhecido na colônia, desde quando os primeiros toros de "pau brasil" foram encaminhados à Europa. Diante desta evidência e de outros documentos, não haverá mais argumentos que dividem qualquer entrelaçamento do nome PANCAS, do município e do Rio afluente do Rio Doce, com linguajar dos indígenas Botocudos – que viveram nas abas orientais da Cordilheira limítrofe Minas/Espírito Santo – e outras vertentes para o Rio Doce. Este ponto quase toca o serne de controvérsia e mostra o fio da meada. Texto Jornal Pancas Hoje. |