Segundo o historiador Luiz Henrique Dias
Tavares a conquista do território baiano começou na primeira metade do
século XVI.
Diversos sertanistas penetraram no interior baiano, por volta do
século XVII, com várias finalidades, tais como: guerrear com os
índios, capturar índios ou escravos fugitivos, procurar minérios e
pedras preciosas. Em conseqüência, recebiam grandes lotes de terras,
denominadas sesmarias.
Casa da Ponte era o centro de uma propriedade de 160 (cento e
sessenta) léguas do Morro do Chapéu até o rio das Velhas e pertencia a
Antonio Guedes de Brito, primeiro Conde da Ponte. Era doação do rei de
Portugal em retribuição aos serviços prestados por seu pai na expulsão
dos holandeses e a ele mesmo, concedendo-lhe o título de
Mestre-de-Campo e Regente do São Francisco. Ele deveria expulsar
ladrões de gado, contrabandistas de ouro, negros aquilombados e outros
aventureiros.
As terras do Conde da Ponte limitavam-se no município de Riachão do
Jacuípe com as propriedades de João Peixoto Viegas, a terceira maior
fortuna fundiária da Bahia no período colonial.
Dessa sesmaria foi desmembrada uma área de terra para João dos Santos
Cruz, que a transformou numa fazenda de criação de gado denominada
Riachão. Situava-se à margem esquerda do rio Jacuípe, cujo nome vem de
Jacuhy, Jacu-y, que quer dizer "rio dos jacus" e pode também proceder
de Yacui, o “rio enxuto", ou "rio temporário".
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