Calixto Roxo, em 1916
vendeu para Manoel Marques Primo, seu "roçado" localizado à margem
esquerda do Rio Salgado. Familiares de Manoel imigraram então para o
pequeno roçado, iniciando a cultura da semente do cacau na região. Em
1917, fruto dessa imigração de cultura familiar e da expansão natural
do agronegócio cacaueiro, formava-se um pequeno povoado que se reunia
em um barracão central, onde eram realizados pequenos negócios e se
colocava a conversa em dia. Em razão destas costumeiras reuniões, o
povoado ganhou o nome de "Paletra", povoado de Itabuna. Palestra
cresceu, recebeu moradores de outras famílias que se envolviam com a
recém criada cultura do cacau,e, em 1920, por sugestão de Aurélio
Caldas, seu nome passou a ser Palestina.
Foi elevada à condição de vila, em 1937, "Vila Palestina". A Lei
Estadual nº 141, de 1941, criou o nome de Ibicaraí, que na língua Tupi
quer dizer "Terra Sagrada".
A Lei Estadual nº 451 de 22 de outubro de 1952, transformou a condição
de vila para Município, quando se desmembrou em definitivo de Itabuna.
A cidade de Ibicaraí teve a sua origem diretamente ligada ao
território de Itabuna, localizado na zona cacaueira (sul da Bahia), a
qual foi desmembrada em 1952, possuindo uma área estimada de acordo
com os limites que lhe foram dados pela Lei nº 491, de 22 de outubro
de 1952, de 1300 km². Conforme os resultados do Censo de 1950, o novo
município (naquela época Vila) passou a ter uma população de 73.397
habitantes, sendo 37.813 homens e 35.384 mulheres; localizando-se 84%
da população na zona rural.
Além da sede, faziam parte do território do novo município as vilas de
Floresta Azul, Santa Cruz da Vitória, Firmino Alves, Itaiá e Itororó.
Ibicaraí contava ainda, com os povoados de Cajueiro, Saloméia, Santa
Isabel, Coquinhos, Ponto do Astério, Ipiranga, Rio do Meio, Jussara e
Itati. Sendo um município essencialmente agrícola, a maior parte de
sua população encontrava-se na zona rural. De acordo com o
Recenseamento Geral de 1950, existiam em Ibicaraí, então sede
distrital, 8.020 pessoas.
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