A paralisia é o estado ou situação de
imobilidade, seja ela total ou parcial. A poliomielite (vulgarmente
tratada por paralisia infantil) caracteriza-se por ser
uma doença que paralisa completamente os músculos das
pernas, impedindo a pessoa de andar.
A paralisia é causada pelo mal funcionamento de algumas
áreas do sistema nervoso central, que deixa de
transmitir impulsos para a ativação muscular. A sede do
distúrbio pode estar nas células do encéfalo ou da
medula, ou nos nervos que vão ao músculo.
A poliomielite é um tipo de paralisia em que os músculos
mostram-se relaxados e fracos e a sede da perturbação
está nos nervos ligado ao músculo.
O tratamento depende de exercícios, massagens,
aplicações elétricas, etc.
Paralisia Facial
Uma das doenças otorrinolaringológicas de
maior impacto na população é, sem dúvida, a paralisia
facial periférica. Quando o paciente, de uma hora para
outra e sem causa aparente, nota no espelho que sua boca
desviou para o lado, um dos olhos não fecha e também não
consegue enrugar a testa, já pensa que algo de muito
grave lhe aconteceu e que sua vida pode estar correndo
perigo, principalmente por saber que um derrame cerebral
pode provocar um desvio da boca.
Mas é muito importante diferenciar uma paralisia da face
quando a mesma é provocada por um derrame cerebral (AVC),
da paralisia que é o tema central deste texto, chamada
paralisia facial periférica. A paralisia da face
provocada por um AVC é também chamada de paralisia
facial central, onde comumente observamos um desvio da
boca, sendo que o olho e a testa mantém-se normais.
Junto também temos perda de força do braço e perna
opostos ao lado do desvio da boca, sendo essa uma doença
grave, considerada emergência médica.
Já a paralisia facial periférica é uma doença do nervo
responsável pela inervação dos músculos da face, que vão
dar a expressão (mímica) da mesma, chamado de nervo
facial ou VII par de nervos cranianos. Na paralisia
facial periférica, toda a hemiface inervada pelo nervo
lesado fica paralisada, não enrugando a testa, não
fechando o olho e a boca desviando para o lado sadio.
Esta é uma doença benigna, que na maioria dos casos
evoluirá para a cura, sem risco de vida ao paciente.
Mas a necessidade de um acompanhamento médico precoce é
importante para uma boa evolução da doença, bem como a
detecção dos casos de mau prognóstico. Várias são as
causas de uma paralisia facial periférica, tais como: um
trauma na face, uma infecção do nervo facial por vírus
ou bactéria, uma infecção de ouvido, pós cirurgia
otológica ou da glândula salivar parótida, dentre tantas
outras. Mas a causa mais comum (50%) desse tipo de
paralisia é desconhecida, sendo chamada de paralisia
facial periférica idiopática ou paralisia de Bell; o que
se sabe é que ocorre uma inflamação do nervo e o mesmo
passa a ter um funcionamento deficiente, como se fosse
desligado. A partir daí vão se instalar os sinais acima
referidos.
Outros sinais e sintomas podem acompanhar o quadro como:
alteração do paladar; diminuição ou aumento das lágrimas
no olho que não fecha; formigamento e dor na hemiface
acometida.
Qual a maior preocupação do médico após instalada a
paralisia facial periférica?
Como o olho do paciente não se fecha por completo,
ocorrerá um ressecamento da conjuntiva do olho afetado,
com risco de lesão da córnea, havendo a necessidade, já
na primeira consulta, de o paciente passar a fazer uso
de colírio (um tipo de lágrima artificial) e uma pomada,
como proteção ocular.
Como é a evolução da paralisia facial periférica?
A instalação da paralisia normalmente é súbita, mas a
melhora se dá de maneira demorada, podendo levar alguns
meses, devendo o doente deve ser colaborativo com a
terapêutica e, como o próprio termo o designa, paciente.
Alguns testes são necessários para avaliar a vitalidade
do nervo. Em 90% dos casos ocorrerá cura total apenas
com os cuidados acima referidos, mas em 2% é necessário
uma cirurgia que visa abrir o canal ósseo que o nervo
facial percorre dentro do ouvido, para que o mesmo possa
recuperar-se mais rapidamente. Por isso é o
otorrinolaringologista o especialista mais indicado para
acompanhar a maioria dos casos de paralisia facial
periférica.
Caso não ocorra uma melhora completa do quadro, outros
métodos terapêuticos (fisioterapia; cirurgia) podem ser
aplicados na tentativa de correção estética e funcional
dos movimentos da face.
Resumindo, a paralisia facial periférica é uma doença
freqüente, geralmente benigna que, quando acompanhada
precocemente com o especialista adequado, tende a cura
completa. Caso ocorra seqüela, há métodos terapêuticos
que visam minimizá-la, deixando o paciente apto a viver
na comunidade.
www.paralisia.com
Paralisia cerebral
Paralisia cerebral ou encefalopatia crônica não
progressiva é uma lesão de uma ou mais partes do cérebro,
provocada muitas vezes pela falta de oxigenação das
células cerebrais.
Acontece durante a gestação, no momento do parto ou após
o nascimento, ainda no processo de amadurecimento do
cérebro da criança. É importante saber que o portador
possui inteligência normal (a não ser que a lesão tenha
afetado áreas do cérebro responsáveis pelo pensamento e
pela memória).
Mas se a visão ou a audição forem prejudicadas, a pessoa
poderá ter dificuldades para entender as informações
como são transmitidas; se os músculos da fala forem
atingidos, haverá dificuldade para comunicar seus
pensamentos ou necessidades. Quando tais fatos são
observados, o portador de paralisia cerebral pode ser
erroneamente classificado como deficiente mental ou
não-inteligente.
A avaliação e o tratamento da paralisia cerebral é feita
por neurologistas infantis. O Professor Antônio Branco
Lefèvre é considerado o pai da neurologia infantil no
Brasil. Lefévre foi professor titular da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo. O que é paralisia
cerebral?
Material fornecido por Cristianne Akie Kavamoto -
Médica-fisiatra coordenadora da equipe infantil da
Divisão de Medicina de Reabilitação do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo.
É o termo utilizado para definir um conjunto de
distúrbios motores decorrentes de lesão, no cérebro
durante os primeiros estágios de desenvolvimento. Pode
ocorrer também alteração mental, visual, auditiva, da
linguagem e do comportamento. A lesão é estática: não
muda e não se agrava, ou seja, o quadro não é
progressivo. No entanto, algumas características podem
mudar com o tempo. www.angelotti.eti.br/fono/
Na literatura especializada, existe uma gama enorme de
definições que conceituam a paralisia cerebral. Segundo
Little Club (1959) "paralisia cerebral é uma desordem do
movimento e da postura, persistente, porém variável,
surgida nos primeiros anos de vida pela interferência no
desenvolvimento do sistema nervoso central, causada por
uma desordem cerebral não progressiva."
Outra definição é aquela formulada por Barraquer Bordas
(1966), segundo a qual a "paralisia cerebral é a seqüela
de uma agressão encefálica, que se caracteriza
primordialmente por um transtorno persistente, porém não
invariável, do tônus, da postura e do movimento, que
surge na primeira infância e que não é somente
secundária a esta lesão não evolutiva do encéfalo, mas
se deve também à influência que a referida lesão exerce
sobre a maturação neurológica."
Uma terceira definição, que também aceita condições
hereditárias no conceito de paralisia cerebral, é a de
Hagberg (1975): "a paralisia cerebral é definida por um
prejuízo permanente do movimento ou da postura que
resulta de uma desordem encefálica não progressiva. Esta
desordem pode ser causada por fatores hereditários ou
eventos ocorridos durante a gravidez, parto, período neo
natal ou durante os dois primeiros anos de vida."
Atualmente, considera-se que o termo "paralisia
cerebral" não é exato, já que muitas vezes as funções
cognitivas ficam preservadas e são alteradas apenas as
funções motoras. Quais são as causas da paralisia
cerebral?
O fator causador pode ter ocorrido antes, durante ou
após o parto.
Antes do parto (causas pré-natais): infecções como
rubéola, sífilis, listeriose, citomegalovirose,
toxoplasmose e AIDS; uso de drogas, tabagismo, álcool;
desnutrição materna; alterações cardiocirculatórias
maternas, pois todos os nutrientes, inclusive o oxigênio
da criança, vêm da mãe.
Próximo do parto (causas perinatais): anóxia (falta de
oxigênio no cérebro), hemorragias intracranianas (trauma
obstétrico).
Após o parto (causas pós-natais): traumas na cabeça,
meningites, convulsões, desnutrição, falta de
estimulação, hidrocefalia.
O cérebro é o órgão que controla todo o funcionamento do
organismo. A falta de oxigênio é uma das maiores causas
de lesão cerebral; traz prejuízo para o desenvolvimento
e pode acontecer antes, durante ou depois do parto.
O Sistema Nervoso Central (SNC) é formado pelo cérebro e
medula espinal. O desenvolvimento do SNC se inicia
dentro do útero e continua até os 18 anos de idade. Por
isso, dependendo da etapa de desenvolvimento do cérebro,
uma lesão tem efeitos diferentes. Após a lesão, o
sistema nervoso continua a se desenvolver às custas das
partes não lesadas. Como é classificada a paralisia
cerebral?
Há vários tipos, dependendo da alteração motora
predominante que ocorreu:
Espástico: É o tipo mais comum. Caracteriza-se por lesão
do córtex cerebral, com diminuição da força muscular e
aumento do tônus muscular. Tônus é o grau de tensão
muscular. Neste tipo, ocorre um aumento da tensão, que
pode ser sentido com a mão ou como uma maior resistência
à movimentação de uma parte do corpo. Atetóide: Neste
tipo, ocorrem movimentos involuntários que a pessoa não
consegue controlar. Atáxico: Este tipo apresenta
dificuldade na coordenação motora (tremores ao realizar
um movimento). Mistos: Quando há características de 2
tipos ao mesmo tempo (por exemplo: espástico e atetóide)
Dependendo da distribuição das partes do corpo afetadas,
teremos tetraparesia, diparesia, hemiparesia ou
monoparesia.
Opine pela inteligência (
"PLANTE UMA ÁRVORE
NATIVA")
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