Faveleira
Outros nomes populares: favela Etimologia: o epíteto específico latino phyllacanthus deriva de phylla = folha e acanthus= espinho - "folha com a forma de espinho". Características gerais:
árvore espinhenta, xerófita, muito ramificada desde a base e bastante
lactescente, de 4-8 m de altura, com tronco de casca lisa a levemente
rugosa de 20-35 cm de diâmetro, contendo muitas lenticelas e
fendilhamentos longitudinais. Os ramos da porção média a superior crescem
mais ou menos flexuosos. Dos ramos principais saem pequenos ramos de 10-15
cm de comprimento, sobre os quais se dispõem as folhas aglomeradas na sua
extremidade. Possui muitos pêlos rígidos e urticantes de até 1 cm de
comprimento nas folhas, ramos novos, pecíolos e frutos. Folhas simples,
ovalado-sinuosas, de bordos lobados terminados em pequenos espinhos.
Inflorescências em cimeiras axilares, nas quais desenvolve-se primeiro a
flor central. Estas podem ser masculinas ou femininas. As flores femininas
geram frutos globosos, do tipo cápsula tricoca de 1-2 cm de comprimento e
completamente recobertos por pêlos urticantes, que ao amadurecer abrem-se
espontaneamente produzindo um estalo e lançando as sementes à distância. Regiões de ocorrência: planta típica das caatingas secas hiperxerófilas de solos argilo-arenosos do Nordeste Brasileiro. É particularmente freqüente no Vale do São Francisco na Bahia, onde alcança os maiores tamanhos.
Informações ecológicas: planta tipicamente xerófita, é uma das primeiras plantas a perder as folhas no final do período chuvoso, permanecendo a maior parte do ano sem folhas. Prefere solos argilo-arenosos e ricos em fragmentos de quartzo. Sua freqüência geralmente é baixa, contudo pode formar concentrações em pontos determinados quando as condições locais são adequadas. Floresce durante um longo período do ano, produzindo mais ou menos de maneira contínua pequena quantidade de sementes.
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