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Historia do Brooklin SP

 

Uma das conseqüências do desenvolvimento empresarial de uma cidade é a necessidade de criação de novos pontos para a ocupação de novas empresas comerciais e prestadoras de serviços. Na cidade de São Paulo, a criação de uma nova via, a Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, no final da década de 1970 é um exemplo de formação de um novo pólo centralizador dessas empresas.
O elevado custo dos terrenos na avenidas Paulista e Faria Lima, alertou os dirigentes da Construtora Bratke & Collet, fundada no início de 71, para a necessidade de criação de uma nova centralidade em São Paulo. O Engenheiro Roberto Bratke dá seu testemunho: "Até aquele momento eu ainda não tinha percebido... Foi então que, ao me aproximar da janela, naquela tarde de inverno, lá pelos anos 70, eu senti que o futuro de São Paulo estava ali, na minha frente, naquela avenida recém aberta entre a Vila Olímpia e o Brooklin".
Aliado ao aspecto logístico, que estuda o deslocamento das pessoas entre residência-trabalho-residência, a construção de alguns centros de compras na região do Brooklin Novo - como os Shoppings Morumbi, D & D e Market Place - fez a Avenida Berrini se firmar como uma nova centralidade na cidade.
Atualmente, com a existência de cerca de 100 edifícios comerciais, a região da Berrini redefine sua paisagem urbana, com a construção de arrojados projetos arquitetônicos. No horizonte, destacam-se o World Trade Center, o Hotel Meliá, as novas instalações da Rede Globo e a sede do BankBoston.
Para atender ao grande fluxo de automóveis que passou a circular pela região, após a consolidação da nova centralidade, o Governo do Estado, na administração Mário Covas, implantou novas e modernas estações ferroviárias na região. A integração dessa linha de a malha de transportes sobre trilhos da cidade é fundamental para reduzir o saturado tráfego de automóveis na Marginal Pinheiros, principal via da região.
Além disso, um grande projeto cultural está sendo implantado pela Associação Amigos da Berrini: o "Projeto Av. Berrini Corredor Cultural - Museu Aberto". Com o apoio de leis de incentivo fiscal, empresas privadas promovem a execução de obras de revitalização das praças públicas, em estado de abandono nas últimas administrações do município. Essas praças estão se transformando em locais de lazer e cultura, com a exposição de obras-de-arte e a realização de concertos musicais.

Texto Original: Valentim de Souza, 2001.
Fonte: Arquivo Família Bratke.
Revisão: Fabio de Paula, novembro de 2002.