A
fixação dos primeiros povoadores ocorreu em
função da travessia do rio Paraíba pelos
bandeirantes e viajantes que demandavam a Minas
Gerais, onde foi instalado um primitivo Porto,
denominado Guaypacaré.
Os documentos mais antigos indicam que a povoação
surgiu no fim do século XVII, provavelmente em 1695,
junto ao Porto, com as roças de Bento Rodrigues
Caldeira, João de Almeida e Pedro da Costa Colaço.
Em 1705 dados como período áureo da
cafeicultura.
Inicialmente conhecida por Sertão de Guaratinguetá,
a povoação adotou, sucessivamente, as denominações
Guaypacaré que, segundo Theodoro Sampaio, é de
origem indígena e significa braço de lagoa torta;
Hepacaré, corruptela da anterior, todavia definida
por Azevedo Marques como lugar das goiabeiras, e
Nossa Senhora da Piedade, quando foi elevada à
categoria de Freguesia, em 1718.
O topônimo definitivo, Lorena, foi adotado somente
em 1778, em homenagem ao Capitão General Bernardo
José de Lorena, que elevou a Freguesia à categoria
de Vila.
No período da cafeicultura do Vale do Paraíba, em
meados do século XIX, Lorena atingiu uma das fases
mais prósperas de sua economia, quando sua
aristocracia, representada pelo Conde de Moreira
Lima, Barão de Bocaina, Viscondessa de Castro Lima e
Barão de Santa Eulália, entre outros, motivou as
atividades comerciais no Porto de Lorena, onde foi
construída, pelos escravos, uma ponte de madeira
sobre
O rio. Em 1906, uma enchente desviou o curso do rio
que passava na frente da igreja, para o local
definitivo. Com a decadência do café, ocorreu um
intenso êxodo da população urbana e rural, em busca
de zonas pioneiras no Oeste Paulista. Os
remanescentes dedicaram-se à policultura, onde a
cana-de- açúcar e arroz tiveram maior destaque. Data
do fim do século XIX a fundação do Engenho Central
de Lorena, que mais tarde passou a pertencer à
Societe de Sucreries Brésiliennes.
A retomada do progresso iniciou-se, porém, em 1925
com a chegada de famílias mineiras, transformando as
velhas propriedades rurais em fazendas de criação.
Anos mais tarde, a implantação da Rodovia Presidente
Dutra (BR-117), ligando São Paulo ao Rio de Janeiro,
possibilitou a industrialização do vale, sendo
instaladas em Lorena, unidades de químicas, condutores elétricos, entre outras.
Na cidade há ainda o antigo Horto Florestal
criado em 1934 com uma área verde de 250
hectares. A antiga catedral está localizada no
centro do município e é a mais importante.
Algumas das das construções mais antigas de
Lorena têm grande importância cultural para a
história da cidade como: O casarão que
atualmente abriga o Museu Municipal; O solar do
Conde Moreira Lima(onde pernoitou dom Pedro II,
aprincesa Isabel), fundada em 1867.
GENTÍLICO: LORENENSE
FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA
Distrito criado com a denominação de Nossa Senhora
da Piedade, por provisão de 1718, Município de
Guaratinguetá.
Elevado à categoria de vila com a denominação de
Lorena, por Portaria de 06 de setembro de 1788,
desmembrado de Guaratinguetá. Constituído do
Distrito Sede.
Decreto no 180, de 18 de junho de 1842, anexa o
Município de Lorena a Província do Rio de Janeiro.
Decreto no 216, de 29 de agosto de 1842, anexo o
Município de Lorena a Província de São Paulo.
Cidade por Lei provincial nº 21 ou 541, de 24 de
abril de 1856.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911,
o Município de Lorena se compõe do Distrito Sede. Em
divisão administrativa referente ao ano de 1933, o
Município de Lorena permanece com o Distrito Sede.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e
31-XII-1937, bem como no quadro anexo ao Decreto
-¬lei Estadual nº 9073, de 31 de março de 1938, o
Município de Lorena compreende o único termo
judiciário da comarca de Lorena e se compõe de 1
Distrito, Lorena.
No quadro fixado, pelo Decreto Estadual nº 9775, de
30 de novembro de 1938, para 1939-1943, o Município
de Lorena é composto de 1 Distrito, Lorena - e é
termo único da comarca de Lorena - termo este
formado por 2 Municípios: Lorena e Piquete.
Em virtude do Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30
de novembro de 1944, que fixou o quadro territorial
para vigorar em 1945-1948, o Município de Lorena
permanece do Distrito Sede.
Assim figuramos quadros fixados pelas Leis nos 233,
de 24-XII-1948 e 2456, de 30-XII-1953, para vigorar
em 1949-1953 e 1954-1958, respectivamente, comarca
de Lorena.
Em divisão territorial datada de 01-VII-1960, o
município é constituído do Distrito Sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de
15-VII-1999.
Referencia: IBGE
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