A fundação de Itatiba,
remonta ao primeiro quartel do século XIX. Segundo antigas crônicas,
alguns fugitivos de Atibaia e Piracaia (antiga Santo Antonio da Cachoeira)
adentraram nas matas do atual município descendo o Rio Atibaia.
Descobertos pelas escoltas de Piracaia e Atibaia, os fugitivos se
embrenharam ainda mais no sertão, criando uma pequena comunidade.
As notícias da descoberta de novas terras férteis logo chegaram à Atibaia
e Jundiaí, fazendo com que novas famílias chegassem para se dedicar ao
plantio. Dentre os pioneiros encontrava-se Antonio Rodrigues da Silva -
“Sargentão”- que havia trazido consigo uma imagem de Nossa Senhora do
Belém e em louvor da qual erigiu, em 1814, uma pequena capela, no atual
bairro do Cruzeiro.
Com o aumento da população, o templo tornou-se
pequeno. Assim, em 1827, os moradores decidiram construir uma outra capela
e, em 1829, solicitaram que a localidade fosse elevada para a categoria de
Freguesia. No entanto, o pedido não foi atendido, sendo necessário se
fazer outro. Após o segundo pedido alcançaram sucesso: pelo Decreto
Imperial de 09 de Dezembro de 1839, D. Pedro I criava a Freguesia de Nossa
Senhora do Belém, na então Vila de Jundiaí.
Em 1857, deu-se a elevação da Freguesia para Vila, com o nome de Belém de
Jundiaí. Conservando a mesma denominação, a Vila foi promovida a cidade no
ano de 1876. A modificação do nome ocorreu um ano mais tarde (1877) quando
a Vila passou a se chamar Itatiba, que significa “Muita Pedra” na língua
Tupi.
A primeira grande riqueza da cidade foi o café.
Na segunda metade do século XIX, Itatiba, que fazia parte da área pioneira
do plantio em direção ao Oeste Paulista, alcançava uma grande produção
cafeeira. Tal fato proporcionou um enorme desenvolvimento econômico para a
cidade que, devido a sua grande produção, tinha uma ferrovia - “Estrada de
Ferro Carril Itatibense”.
Após sucessivas crises, dentre elas a de 1929, a produção decaiu e Itatiba
passou a adotar um perfil mais industrial. As primeiras grandes indústrias
que se instalaram no município pertenciam ao ramo têxtil, de fósforos e de
calçados. A partir dos anos 60, a cidade conheceu um novo surto de
desenvolvimento: data dessa época a instalação das primeiras indústrias
ligadas ao ramo moveleiro, que tinham como característica principal a
produção de móveis em estilo colonial. Por essa especialidade, Itatiba
passou a ser conhecida como “a Capital Brasileira do Móvel Colonial”.
Atualmente, a indústria se diversificou e, com a instalação de um moderno
Distrito Industrial, a cidade segue esse caminho não se esquecendo, no
entanto, da agricultura que ainda hoje é bastante importante,
transformando Itatiba no primeiro produtor nacional de vagem - “Vagem
Itatiba”.
Itatiba é uma cidade de potencial turístico, onde se desenvolvem várias
atividades ligadas ao Turismo Rural, Hitórico-Cultural e de Eventos.
Como a cidade foi construída incrustada em colinas, com uma beleza natural
notadamente reconhecida, recebeu o pseudônimo de “Princesa da Colina”.
Itatiba possui um clima excelente o ano todo e um dos menores índices de
poluição do Brasil, em se tratando de cidades de médio porte. Antigamente,
Itatiba era conhecida como a “Suiça Paulista”.
ORIGEM DO NOME
A mudança do nome da nossa cidade gerou uma controvérsia muito
interessante: seria realmente Itatiba o nome correto ? Não teria havido um
erro de tradução da língua tupi?
Os primeiros que pensaram na alteração do nome da cidade, que antigamente
chamava-se Vila do Bethlem de Jundiahy, foram o Padre Francisco de Paula
Lima e o Maestro Elias Álvares Lobo (figura importantíssima da música
erudita brasileira, autor da primeira ópera brasileira cantada em língua
portuguesa: “A Noite de São João”, com letra de José de Alencar) que, na
época, morava em nossa cidade. Pelas informações que chegaram a São Paulo,
os moradores queriam um nome indígena que traduzisse em português o termo
“Pedra Branca”.
No entanto, o nome sugerido pelo vereador Antonio Augusto
de Castro foi o de Itatiba, que não significa pedra branca e sim “Muita
Pedra” (Ita = pedra + Tiba = grande quantidade). A discussão foi travada
na Assembléia Provincial e alguns deputados chegaram a dizer que teria
havido um erro de tradução: se a cidade desejava chamar-se Pedra Branca, o
correto seria adotar-se o nome de Itatinga e não Itatiba. Porém, o ofício
da Câmara Municipal de nossa cidade dizia Itatiba - devido talvez a algum
lapso como disseram os deputados - e com este novo nome a cidade foi
oficializada pela Lei Nº 36 de 08 de maio de 1877.
No entanto, a controvérsia existiu e naquele mês de abril de 1877,
correu-se o risco de nossa cidade não se chamar Itatiba e sim Itatinga.
Referencias
Wikipedia
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