A
origem de Barretos remete à história dos
bandeirantes. Os primeiros chegaram pelos
estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, e
pelo Triângulo Mineiro, seguindo os mananciais
dos rios Grande, Tietê e Paranapanema.
Os mineiros na primeira metade do século XIX,
desgostosos com a lida na mineração do ouro e
das pedras preciosas, abandonaram a batéia e o
carumbé, e seguindo as quebradas do Rio Grande,
acompanhados da família, de criados e de
agregados, desceram pelos vales do Rio Grande e
seus afluentes, até o Sertão da Farinha Podre
(Uberaba), Arraial Bonito do Capim Mimoso
(Franca) e Campos de Batataes.
Os intrépidos exploradores deste sertão até
então desconhecido foram, dentre outros, os
companheiros de Bartholomeu Bueno da Silva, o
célebre Anhanguéra, e alguns outros aventureiros,
procedentes do Sul do estado de Minas Gerais,
que por muito tempo permaneceram a margem
direita do Rio Grande e do Rio Pardo. Mais tarde,
à procura das terras devolutas, vieram criadores
de gado em busca de melhores condições para o
desenvolvimento de seus rebanhos.
Transpondo as barreiras do Rio Pardo, nas
alturas do Bom Sucesso, do Cajuru e do Pontal,
exploradores mineiros chegaram buscando
encontrar parentes que, adentrando por entre os
sertões, haviam alcançado as regiões de
Campinas, Rio Claro e Araraquara, grandes
estações de povoamento do Noroeste Paulista.
Dentre inúmeros nomes, vamos encontrar o do
alferes João José de Carvalho, o maior
latifundiário da região, que possuía mais de
100.000 alqueires em ambas as margens do Rio
Pardo, na ? Santo Ignácio? e nas ? Palmeiras?; O
tenente Francisco Antonio Diniz Junqueira,
proprietário da ?Invernada? e da ? Pitangueiras?,
terras entrecortadas pelo mesmo rio; o tenente
José Antônio de Souza e Silva, dono da ? Bagagem?,
Francisco Dias de Mesquita, Jesuíno Guimarães e
Muniz Camacho, senhores da fazenda ? Perdizes?;
Gabriel Correa de Moraes e Antonio José Botelho,
proprietários do ? Rio Velho?; Hygino Martins do
Amorim e Manoel Gonçalves de Souza,
descobridores da famosa ? Cachoeira do
Marimbondo? e primeiros donos da fazenda do
mesmo nome. Finalmente, destaca-se a figura de
Francisco José Barreto, fundador de Barretos e
doador de seu patrimônio.
Segundo os registros, Francisco José Barreto
tinha sido capataz da comitiva que levou o
tenente Francisco Antonio até o Sul de Minas
para tomar posse das terras da Barra do
Pitangueiras. Após a expedição, o tenente
orientou Barreto que seguisse em direção às
cabeceiras daquele ribeirão e, após uma certa
distância, tomasse posse para si das terras.
A origem de Francisco José Barreto, no entanto,
é historicamente incerta. Uns dizem que era de
Carmo dos Tocos (atual Paraguaçu), outros que
era natural de São José da Campanha e outros que
ele teria nascido em Caldas Velha (hoje Caldas).
O certo é que era de origem mineira, de onde
saiu com toda família em 1831.
Francisco Barreto e sua esposa Ana Rosa,
acompanhados pelos filhos, genros e noras, além
de seu irmão Antônio, Simão Antonio Marques, o ?
Librina?, e sua esposa Joana Maria de Azevedo,
filhos, um irmão, e ajudantes andaram por dias a
fio, percorrendo longos caminhos e abrindo
picadas à força do braço e do facão.
Antes de chegar a Barretos, passaram por São
Bento de Aracoara, Arraial Bonito do Capim
Mimoso (atual Franca), Mato Grosso de Batatais e
Morro do Chapéu (atual cidade de Morro Agudo).
Atingiram a barranca do Rio Pardo, alcançando o
córrego Cachoeirinha, improvisando canoas para
realizarem a travessia do caudal.
Finalmente assentaram-se à beira do Ribeirão das
Pitangueiras, num local denominado por ?Fazendinha?.
Com o passar do tempo, a sede da então Fazenda
Fortaleza foi transferida para as proximidades
do antigo sanatório Mariano Dias, local onde
hoje existe o ? Marco Histórico?.
Formação
Administrativa
Distrito criado com a denominação de Espírito
Santo de Barretos, pela Lei Provincial n.º 42,
de 16-04-1874, subordinado ao município de
Jaboticabal.
Elevado à categoria de vila com a denominação de
Espírito Santo de Barretos, pela Lei Provincial
n.º 22, de 10-03-1885, desmembrado de
Jaboticabal. Sede na vila de Espírito Santo de
Barretos. Constituído do distrito sede.
Instalado em 31-01-1890.
Elevado à condição de cidade com a denominação
de Espírito Santo de Barretos, pela Lei
Municipal datada de 08-01-1897.
Pela Lei Estadual n.º 1.021, de 06-11-1906, o
distrito de Espírito Santo de Barretos passou a
denominar-se Barretos.
Pela Lei Estadual n.º 1.027, de 30-11-1906, é
criado o distrito de Laranjeiras e anexado ao
município de Barretos.
Pela Lei Estadual n.º 1.035, de 18-12-1906, é
criado o distrito de Vila Olímpia e anexado ao
município de Barretos.
Pela Lei Provincial n.º 1.139, de 31-10-1908, é
criado o distrito de Monte Verde e anexado ao
município de Barretos.
Pela Lei Estadual n.º 1.141, de 16-11-1908, é
criado o distrito de Itambé e anexado ao
município de Barretos.
Em divisão
administrativa referente ao ano de 1911, o
município é constituído de 5 distritos: Barretos
(ex-Espírito Santo de Barretos), Itambé,
Laranjeiras, Monte Verde e Vila Olímpia.
Pela Lei Estadual n.º 1.404, de 23-12-1913, o
distrito de Monte Verde passou a denominar-se
Cajobi.
Pela Lei Estadual n.º 1.571, de 07-12-1917, são
desmembrados do município de Barretos os
distritos de Olímpia (ex-Vila Olímpia) e Cajobi
(ex-Monte Verde), para constituir o novo
município de Olímpia.
Pela Lei Estadual n.º 1.572, de 07-12-1917, é
criado o distrito de Colina e anexado ao
município de Barretos.
Nos quadros de apuração do recenseamento geral
de 1-IX-1920, o município de Barretos é
constituído de 4 distritos: Barretos, Colina,
Itambé e Laranjeiras.
Pela Lei Estadual n.º 2.019, de 26-12-1924, é
criado o distrito de Jaborandi e anexado ao
município de Barretos.
Pela Lei Estadual n.º 2.096, de 24-12-1925, são
desmembrados do município de Barretos os
distritos de Colina e Jaborandi, para constituir
o novo município de Colina.
Em divisão administrativa referente ao ano 1933,
o município é constituído de 3 distritos:
Barretos, Itambé e Laranjeiras.
Em divisões
territoriais datadas de 31-XII-1936 e
31-XII-1937, o município aparece constituído de
4 distritos: Barretos, Fortaleza, Itambé e
Laranjeiras.
Pelo Decreto Estadual n.º 9.775, de 30-11-1938,
o distrito de Fortaleza é extinto, sendo seu
território anexado ao distrito sede do município
de Barretos. Sob o mesmo decreto é criado o
distrito de Frigorífico e anexado ao município
de Barretos.
No quadro fixado para vigorar no período
1939-1943, o município é constituído de distrito
4 distritos: Barretos, Frigorífico, Itambé e
Laranjeiras.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 14.334, de
30-11-1944, foram extintos os distritos de
Frigorífico e Laranjeiras, sendo seus
territórios anexados ao distrito sede do
município de Barretos. Sob o mesmo Decreto foram
criados os distritos de Amoreira e Colômbia,
criados com terras do extinto distrito de
Laranjeiras e ainda foi alterada a denominação
do distrito de Itambé para Ibitu.
No quadro fixado para vigorar no período
1944-1948, o município é constituído de 4
distritos: Barretos, Ibitu (ex-Itambé), Colômbia
e Amoreira.
Pela Lei Estadual n.º 233, de 24-12-1948, o
distrito de Amoreira passou a denominar-se
Alberto Moreira.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o
município é constituído de 4 distritos: Barretos,
Alberto Moreira (ex-Amoreira), Colômbia e Ibitu.
Assim permanecendo em divisão territorial datada
de 1-VII-1955.
Pela Lei Estadual n.º 5.285, de 18-02-1959, é
desmembrado do município de Barretos o distrito
de Colômbia. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o
município é constituído de 3 distritos: Barretos
Ibitu e Alberto Moreira.
Assim permanecendo em divisão territorial datada
de 2009.
Referencias
Prefeitura
IBGE
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