O desenvolvimento econômico do Estado de
S.Paulo, com o advento do ciclo do café, trouxe para a capital
paulistana a conseqüente expansão urbana.
Isto
levou a Cia. City, em 1917 a adquirir áreas a partir do
Viaduto do Chá, se estendendo até a atual Av. 9 de
Julho, à época denominada de Av. Anhangabaú.
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O nome,
originário do córrego existente naquele vale,
foi adotado para o loteamento empreendido pela
Cia City. |
Devido à ocupação parcial de vários terrenos em algumas
dessas áreas, muito próximas ao centro urbano, não foi
possível à loteadora seguir os mesmos padrões do Jardim
América e do Pacaembu, bairros em desenvolvimento na
mesma época.
O Anhangabaú veio a
exercer um importante papel na ligação do Centro Velho
com os novos bairros, através da Av. 9 de Julho.
A conhecida Praça das
Bandeiras abrigou por muitos anos o Teatro de Alumínio, onde eram
apresentadas peças de teatro - revista, consideradas como cultura
popular até o final da década de 60, quando, atendendo às necessidades
do tráfego de veículos, a Praça foi transformada em terminal rodoviário
urbano.
Por sua vez a Praça Santos Dumont, hoje rebatizada com o
nome de Praça 14 Bis, servia de ponto de distribuição do
transito e acesso para os bairros da Bela Vista e
Consolação. Para minimizar os inúmeros cruzamentos da
avenida 9 de Julho, a Administração Municipal criou uma
via expressa e elevada que atravessa, desde a Rua
Avanhandava, até a entrada do túnel sob a Av. Paulista.
Na primeira administração do Prefeito Mário Covas no
Município de São Paulo, (1983 - 1985), foi criado ao
longo da Avenida 9 de Julho um "corredor de ônibus".
Esse corredor ocupa uma faixa que tem início onde nasce
a avenida, seguindo até o cruzamento com a Av. São
Gabriel, daí continuando em direção à Av. Santo Amaro.
Essa
medida visava dar prioridade ao transporte coletivo de
passageiros, fazendo com que os automóveis cedessem
espaço para o fluxo dos coletivos.
Texto: Valentim de Souza.
Fonte: Acervo Cia. City.
Revisão: Fabio de Paula, 2002
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