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GEOGRAFIA DE ITABAIANINHA |
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Itabaianinha tem a maior
quantidade de anões do Estado, concentrada no Povoado Carretéis, a 15
quilômetros da sede do município, local onde começaram a surgir homens e
mulheres de baixa estatura. Nesse povoado é difícil encontrar uma pessoa
de estatura mediana.
Aniversário
19 de outubro
Fundação
19 de outubro de 1915 (98 anos)
Gentílico
itabaianinhense
Itabaianinha
Localização Itabaianinha no Brasil
11° 16' 26" S 37° 47' 24" O
Unidade federativa
Sergipe
Mesorregião
Leste Sergipano
Microrregião
Boquim
Municípios limítrofes
Tobias Barreto, Cristinápolis, Umbaúba,
Riachão do Dantas, Tomar do Geru, Pedrinhas
e Arauá
Distância até a capital
118 km
Características geográficas
Área
493,310 km² 3
Densidade
82,75 hab./km²
Altitude
223 m
Clima
Tropical
Fuso horário
UTC−3
Indicadores
IDH-M
0,556 baixo PNUD/20105
PIB
R$ 162 920,109 mil IBGE/20086
PIB per capita
R$ 4 224,56 IBGE/20086 |
Bandeira de Itabaianinha desconhecida |
Brasão de Itabaianinha |
Há informações de que os anões surgiram desde a fundação do município
(muitos, hoje, com mais de 80 anos), quando parentes se casaram e acabaram
gerando filhos com deficiência hormonal por causa da consangüinidade
(casamentos entre parentes). No final dos anos 90, alguns anões foram a
São Paulo para se submeter a uma pesquisa e tratamento de crescimento, e
chegaram a crescer cerca de 12 centímetros.
Uma cidade entre montanhas
Uraci Costa
Apelidada de Princesa das Montanhas, pelo poeta sergipano João Pereira
Barreto, devido a sua localização privilegiada, nossa cidade nasceu assim,
acanhadinha, ao redor de um pé de tamarindo, conforme nos revela a
tradição oral dos mais antigos moradores deste lugarejo. De acordo com
esses informantes, tudo começou com a chegada dos primeiros tropeiros e
retirantes, que se arranchavam à sombra dessa árvore frondosa (derrubada
pelo machado do progresso) e ali conferenciavam futurosos, já que o lugar
oferecia boas condições para pouso e terras de primeira para criação de
gado.
Logo, esses nômades aventureiros ergueram uma vintena de casas de sopapo
em diferentes pontos da nascente vila. Construíram uma capela, para
abrigar os capuchinhos nas quadras de Santa Missão, quando esses
andarilhos apareciam por aqui, falando no fogo do inferno e nas aflições
do purgatório. Os matutos se benziam e procuravam fugir do paganismo e da
fornicação, através da pia batismal e dos arranjos de casamento.
Com o vilarejo crescendo cada vez mais, muita gente veio para cá. Apareceu
a figura do juiz, do padre, do promotor. Ruas e mais ruas foram abertas e
batizadas com nomes que não vemos mais: Rua Formosa, Praça da feira, Rua
São Pedro, Camilo Panela, Pé Ralado. Os mandachuvas locais rebatizaram-nas
com nomes de sujeitos ligados a seus interesses.
Em 19 de outubro de 1915, Itabaianinha foi declarada de maior pela lei nº
680. A partir daí, o número de candidatos à administração de seus bens
aumentou de maneira considerável. Cada qual mais zeloso e diligente. Todos
sem olhos de cobiça nem gestos de ganância, mas empenhados em vê-la cada
dia mais próspera e acolhedora, princesa sempre jovem, apesar da marcha do
tempo, dos seus 86 anos bem vividos ao lado de homens tão preocupados em
embelezá-la e engrandecê-la, homens que não avançavam em nada pertencente
a ela, nem para eles, nem para terceiros.
Vários comerciantes acreditaram em seu crescimento econômico, e aqui
instalaram torrefações de café moinho de fubá de milho, sapataria,
alambique. Mas nada disso vingou na terra dos barreiros e laranjais. os
cafés Garoto e Neguinho não caíram no gosto popular; o Moinho Serrano
perdeu a concorrência para as massas alimentícias vindas de fora, a
sapataria entrou nas encóspias com as novidades trazidas por outras lojas
de calçados, o alambique desativou as caldeiras por causa dos impostos.
Nesses 86 anos de independência política, muita coisa se modificou. O
Açude Presa, que abasteceu a cidade por longos anos, virou um charco
coberto de junco, para onde deslizam as águas sujas da Deso; a Capelinha
de São Benedito, entregue ao abandono, tornou-se um monte de ruínas e
desapareceu; a Sociedade Lítero-Recreativa dos Crysanthemos (com
finalidade literária e recreativa) se aposentou e agora ocupa a função de
depósito de entulho; as filarmônicas emudeceram para todo o sempre; o
Posto de Puericultura, erguido nas imediações da Igreja Batista, nunca foi
inaugurado, e acabou mesmo servindo de tenda de marceneiro ao senhor João
Bilau, até ser demolido recentemente. O Cine Pax fechou as portas por
falta de público, e o Santo Antônio, também. O jornal A Voz das Serras,
fundado em 1924 pelo professor Lindolfo Sales de Campos, teve, como tudo
até então mencionado, vida efêmera.
Ademais, precisamos de melhoria em tudo: nas vias públicas, nas duas
praças e nos setores de saúde e recreação, pois estamos tropeçando nos
buracos das ruas, sem espaço nas praças atulhadas de quiosques, sem
médicos suficientes no hospital público e sem áreas de lazer, já que até
os clubes dançantes trancaram as portas, com exceção do Spaço K.
Como dar para se perceber neste artigo, nossa Itabaianinha estacionou no
tempo. Aqui não há nada, embora seja uma cidade rica, pioneira no comércio
ceramista e próspera na atividade têxtil, graças às fábricas de confecções
aqui instaladas há alguns anos. Também possui uma boa pecuária e uma
citricultura em expansão.
Com o advento das indústrias, perdemos aquela pacatez característica das
cidadezinhas de interior. Tornamo-nos um província proletária.
Professor e escritor
Acervo arquitetônico destruído apesar do pedido de museóloga
Em 1982, a museóloga itabaianinhense Maria Lucila de Morais Santos,
preocupada com a destruição do acervo arquitetônico da cidade, enviou uma
carta do Rio de Janeiro, onde mora, ao diretor-presidente do extinto Banco
de Crédito Sergipense, Celso de Carvalho, fazendo um apelo para que um
casarão antigo do município não fosse demolido, mas não foi atendida. Veja
a carta na íntegra:
“Há dois anos, em visita a Itabaianinha, empolgada com a beleza de dois
sobrados centenários existentes na Praça Olímpio Campos, filmei-os e
fotografei-os a fim de subsidiarem trabalho a ser apresentado na
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. As edificações a que
me refiro, do acervo da arquitetura neo-clássica no Brasil, são, sob o
aspecto artístico, as mais importantes da cidade.
Acabo de ser informada de que um desses sobrados foi adquirido pelo Banco
de Crédito Sergipense S.A, presidido por V.Sa., e que sua demolição
estaria programada, para permitir instalação da sede no mesmo local.
A notícia causou-me desolação. Sou filha de Itabaianinha, museóloga e
professora de História da Arte na Universidade do Rio de Janeiro, no curso
de Museologia. A auto apresentação objetiva situar meus comentários e
descartar qualquer sentimentalismo no pedido que venho fazer a V. Sa.:
‘não permita que tal aconteça!’.
O seu passado histórico de homem público e sua liderança empresarial,
coloca-o na delicada posição de recusar vínculos com o empobrecimento
cultural que tal gesto implicaria. Itabaianinha cresce e avança com a
instalação desse Banco na cidade. Mas não deve ser podada na sua memória
em nome desse avanço. O verdadeiro progresso não pode banir as heranças
positivas do passado; ao contrário, deverá incorporá-las como balizas das
conquistas futuras.
O Banco daria uma lição de civilidade e cultura a todo Brasil, assumiria
uma atitude pioneira e revolucionária, se, em lugar de demolir a casa
(bastante danificada), a recuperasse sob a orientação de técnicos, e, sem
desfigurá-la, nela instalasse o Banco. Nesse caso, Itabaianinha ficaria
duas vezes mais rica e importante.”
Referencia:
Wikipedia
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