Primitivamente, São Borja foi aldeia de
indígenas do grupo tape-guarani. O povoado banhado pelo rio Uruguai foi fundado
em 1682 quando do retorno jesuístico às Missões Orientais, sendo o mais antigo
dos chamados Sete Povos das Missões. Estruturada parcialmente em moldes de
organização comunitária, a que não era estranho o preparo militar do elemento
indígena, ministrava a Missão, também, rudimentos de cultura artística, surgindo
assim naquela área sob orientação do padre Tomás Bruno, os primeiros índios
escultores. A pecuária foi, desde logo, centro de atividades, propiciada pela
natureza do terreno.
Em 1750, passou ao domínio português, por força do Tratado de Madri, situação
que prevaleceu até 1761, quando voltou à Coroa espanhola. Quarenta anos depois,
Borges do Couto, Santos Pedroso e Ribeiro de Almeida, num golpe de audácia,
incorporaram toda a área das Missões ao território português . A partir de 1810,
foi sede da Comandaria-Geral das Missões, época em que foram feitas diversas
concessões de sesmarias, e em 1834, de guarnição militar.
Na Guerra da Cisplatina, foi teatro de operações contra as forças
uruguaio-argentinas (1816/1827). Durante a guerra com o Paraguai, viu seu
território invadido por forças de Lopes (1864). Na Revolução Farroupilha
participou ativamente.
São Borja declarou extinta a escravatura desde 7 do setembro de 1884. Em 13 de
fevereiro de 1813, era aberto ao trânsito o trecho ferroviário para Itaqui.
Nos anos de 1923, 1924 e 1930 foi centro de atividades revolucionárias contra o
Governo estadual e o Poder central.
A 3 de janeiro de 1938, foi inaugurada a estrada de ferro para a cidade de
Santiago.
Formação Administrativa
O Município foi criado por Alvará de 13 de outubro de 1817, com a denominação de
São Francisco de Borja e instalado a 21 de abril de 1834. O distrito (paróquia),
criou-o a Lei provincial n.º 26, de 2 de maio de 1846. A Lei provincial n.º
1.614, de 12 de dezembro de 1887, elevou à categoria de cidade a sede municipal.
Compõe-se de 2 distritos: São Borja (sede) e Rincão do Meio. É Comarca desde 22
de outubro de 1850, por força da Lei provincial n.º 185.
-Clima: subtropical
-Microrregião: Campanha Ocidental
-Municípios Limítrofes: Garruchos, Santo Antônio das Missões, Maçambará, Itaqui,
Itacurubi, Unistalda e Santo Tomé.
-Distância da capital: 594 km
-São-Borjenses notáveis: Getúlio Vargas, João Goulart, Tarso Genro, Ibsen
Pinheiro.
Referencia:
IBGE
Mais Historia
Em meados do século XVII, São Borja foi o primeiro dos chamados Sete Povos das
Missões da Companhia de Jesus, que abrigou em seu seio a nação guarani e foi o
lar de Sepé Tiaraju. Embora tenha sido elevada à condição de município somente
em 1833, São Borja foi fundada (e povoada ininterruptamente) desde 1682, sendo,
portanto, uma das mais antigas cidades do Brasil e a mais antiga cidade do Rio
Grande do Sul, considerando que é a mais velha civilização continuamente
habitada do estado. Quando fundada, pertencia aos domínios espanhóis, os
portugueses somente se estabeleceram na região que compreende o estado por volta
de 1737, onde hoje se situa o município de Rio Grande.
São Borja foi fundada pelos padres jesuítas espanhóis. O nome é homenagem a São
Francisco de Borja, que foi o 3º geral ("general") da ordem dos jesuítas. Por
estes motivos é que o brasão da cidade ostenta, em campo vermelho (evocativo da
terra vermelha das Missões e do sangue guarani), uma Cruz de Lorena em ouro.
A adoção da Cruz de Lorena (oriunda da região de Lorraine, na França) foi um
erro histórico, utilizada por um grupo de amador da cidade e depois foi muito
difundida. Porém, o formato da verdadeira cruz utilizada pelos jesuítas na
Missões pode ser vista em vários locais da região missioneira, inclusive nas
Ruínas de São Miguel das Missões, principal sítio histórico dos Sete Povos das
Missões.
Referencia:
wikipedia
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