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HISTORIA
DE VASSOURAS |
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A penetração no território do
atual Município de Vassouras efetuou-se através de duas
regiões: a que se estende das margens do Paraibuna e do
Paraíba e vai subindo até a serra da Viúva e a da Sacra
Família do Caminho Novo do Tinguá, em cujo extremo,
próximo da margem direita do Paraíba, se erigiu a Vila,
depois Cidade de Vassouras.
Conforme tradição corrente, a primeira penetração foi
feita por Garcia Rodrigues Pais Leme, o qual abriu o
Caminho Novo das Minas e fixou residência na margem
esquerda do Paraíba, em local situado entre aquela
margem e a direita do Paraibuna; daí, ele e seus
sucessores, entre os quais o sargento-mor Bernardo
Soares Proença, prosseguiram na construção do caminho
que ligaria Minas com a Cidade do Rio de Janeiro (aberto
ou concluído entre 1700 e 1725).
O primitivo nome da região circunvizinha à referida
estrada era o de Caminho Novo de Minas, como atestam os
autos de concessão de sesmarias; à proporção que os
povoadores se estabeleciam, novos topônimos, de âmbito
restrito, foram surgindo: Cabaru (também Caburu e depois
Cavaru), Pau Grande, Roça do Alferes, Pati do Alferes,
Tinguá, Couto, Marcos da Costa, etc.
Nos primeiros núcleos populacionais estabeleceram-se "roças
de mantimentos" e plantações de cana-de-açúcar, que
precederam a cultura do café e a criação de porcos para
o preparo de carnes salgadas, transportadas pelo Caminho
Novo para as freguesias do Pilar e de Iguaçu. Na região
de Ubá, mais tarde Pati e Andrade Pinto, tiveram roças e
engenhos de cana José Rodrigues da Cruz e João Rodrigues
Pereira de Almeida, seu sobrinho, agraciado com o título
de Barão de Ubá.
Foram concedidas sesmarias a Marcos da Costa Fonseca
Castelo Branco e Antônio Vaz Gago, respectivamente, em
1708 e em 1709.
A "Roça do Alferes", que pertenceu ao português Leonardo
Cardoso da Silva, confinava com outras suas terras dos "Patis".
A ele sucederam José Francisco Xavier e Antônio Luís
Machado; nas terras deste se erigiria a sede da Vila de
Pati do Alferes, criada por Alvará de 4 de setembro de
1820.
No outro ponto de penetração - a região que seria
denominada Sacra Família do Caminho Novo do Tinguá -
começaram, também, a estabelecer-se situações agrícolas
ao sul da Roça do Alferes.
Aí se criou, para "Pasto espiritual" dos sesmeiros, pelo
Alvará Régio de 12 de janeiro de 1755, a vigararia
colada, na já instalada freguesia, pelo Bispo D. Frei
Antônio do Destêrro. Fixaram-se novos sesmeiros: Antônio
Pinto Guimarães (1756), Miguel da Costa Maia (1785) e
outros. Dentre as famílias de fazendeiros da zona
patiense, destacam - se a de Francisco Gomes Ribeiro (oriunda
da de Inácio de Souza Werneck) e a de Antônio Ribeiro de
Avelar.
Aldeados os índios coroados que habitavam o sertão entre
os rios Paraíba e Preto, na aldeia de N. S. da Glória (Valença),
e abertas as comunicações entre as terras mineiras
situadas na margem esquerda do rio Preto, começaram os
tropeiros a transitar pelo mesmo sertão para a margem
esquerda do Paraíba, alcançando o local que, ao tempo da
construção da via férrea D. Pedro II, se denominava
Desengano.
Daí atravessavam o Paraíba, na altura do rio das Mortes
(próximo da atual estação de Barão de Vassouras);
acompanhando o curso deste, fixaram um ponto de passagem
em busca da estrada que ia de Sacra Família para o
Tinguá: a várzea de Luís Homem de Azevedo e Francisco
Rodrigues Alves, que se tornou conhecida por "Sesmaria
de Vassouras e Rio Bonito" e onde seria criada a Vila de
Vassouras (Decreto de 15 de janeiro de 1833), na
freguesia de Sacra Família do Tinguá, sendo extinta a
vila de Pati do Alferes. Nessa época e em anos
posteriores foram fazendeiros na região Francisco José
Teixeira Leite (agraciado com o título de Barão de
Vassouras); seus irmãos, filhos do Barão de Itambé;
Manoel Jacinto Nogueira da Gama, mais tarde Conde de
Baependi; José Clemente Pereira; os Correia e Castro (Barões
do Tinguá e de Campo Belo); Pereira de Faro (Barão do
Rio Bonito), entre outros.
Contribuiu, também, para o devassamento do território o
elemento negro, não propriamente como descobridor ou
explorador, mas como trabalhador rural utilizado pelos
sesmeiros nos serviços da lavoura (a população escrava
da região, ao tempo em que Vassouras possuía uma das
maiores lavouras de café, chegou a atingir 20.000
pessoas).
Ponto de partida do povoamento das atuais sedes
distritais foi, sem dúvida, o "pouso" ou o "rancho" dos
viajantes e tropeiros, bem como as capelas que se
construíam para o culto católico.
Os possuidores de terras doavam áreas para patrimônio da
capela, seu adro e um "rossio" fronteiro; as "faces
laterais do rossio eram aforadas e nesses terrenos se
construíam pequenas casas de comércio e residências".
Destacada foi por muito tempo a posição de Vassouras
como núcleo da aristocracia rural fluminense. "Pau
Grande" e "Rocinha" foram as maiores propriedades
agrícolas do Município, tornando-se famosas pelo volume
da produção cafeeira. A falta de braços para a lavoura
de café, decorrente da abolição da escravatura, em 1888,
ocasionou o abandono das terras. O café, fator
preponderante do progresso de Vassouras, teve sua
cultura abandonada, estando atualmente quase eliminada.
Cedo, porém, verificou-se a reação contra os fatores
negativos, passando o Município a cuidar de pequenas
lavouras, principalmente das de hortaliças e cereais,
desenvolvendo a pecuária e a indústria.
Gentílico: vassourense
Formação Administrativa
Elevado à categoria de vila com a denominação de
Vassouras, pelo decreto de 15-01-1833.
Freguesia criada com a denominação de Nossa Senhora da
Conceição da Vila de Vassouras, pela lei provincial nº
108, de 23-12-1837 e pelos decretos nºs 1 de 08-05-1892
e 1-A de 03-3-06-1892, respectivamente.
Elevado à condição de cidade com a denominação Vassoura,
pela lei provincial nº 961, de 29-09-1857.
Pela lei estadual nº 881, de 11-09-1909, são criados os
distritos de Belém, Ferreiros, Pati, Paty de Alferes,
Rodeio, Sacra Família do Tinguá e anexado ao município
de Vassouras.
Pela lei estadual nº 962, de 27-10-1910, é criado o
distrito de Comércio e anexado ao município de Vassouras.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o
município é constituído de 8 distritos: Vassouras, Belém,
Comércio, Ferreiros, Pati, Pati do Alferes, Rodeio e
Sacra Família do Tinguá.
Pela lei estadual nº 1619, de 06-11-1919, o distrito de
Belém passou a denominar-se Paracambi.
Pela lei estadual nº 2180, de 16-11-1927, é criado o
distrito de Governador Portela e anexado ao município ao
de Vassouras.
Pelo decreto estadual nº 2546, de 27-01-1931, o distrito
de Comércio passou a denominar-se Sebastião Lacerda.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o
município é constituído de 9 distritos: Vassouras,
Estação do Pati ex-Pati, Ferreiros, Governador Portela,
Paracambi ex-Belém, PatI do Alferes, Rodeio Sagra
Família do Tinguá, Sebastião Lacerda ex-Comércio. .
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de
31-Xll-1936 e 31-Xll-1937.
Pelo decreto-lei estadual nº 392-A, de 31-03-1938, o
distrito de Ferreiros passou a denominar-se São
Sebastião dos Ferreiros e Estação de Pati distrito a
denominar-se simplesmente Pati.
Pelo decreto estadual nº 641, de 15-12-1938, o distrito
de Paracambi passou a denominar-se Tairetá e Pati a
denominar-se Andrade Pinto.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o
município é constituído de 9 distritos: Vassouras,
Andrade Pinto ex-Pati ex-Estação de Pati, Governador
Portela, Pati do Alferes, Rodeio, Sacra Família do
Tinguá, São Sebastião Ferreiros ex-Ferreiros e Sebastião
Lacerda e Tairetá ex-Paracambi.
Pelo decreto-lei estadual de nº 1056, de 31-12-1943, é
criado os distritos de Miguel Pereira e Avelar e anexado
ao município de Vassouras.
Pelo decreto-lei estadual nº 1056, de 31-12-1943, e
modificado pelo de nº 1577, de 22-01-1946, o distrito de
Rodeio passou passou a denominar-se Engenheiro Paulo de
Frontin.
Em divisão territorial datada de l-Vll-1950, o município
de Vassouras figura com 11 distritos: Vassouras, Andrade
Pinto, Avelar, Engenheiro Paulo de Frontin ex-Rodeio,
Ferreiros, Governador Portela, Miguel Pereira, Pati do
Alferes, Sacra Família do Tinguá, Sebastião Lacerda e
Tairetá.
Pela lei estadual n 2626, de 25-10-1955, desmembra do
município de Vassouras os distritos de Miguel Pereira e
Governador Portela, para formar o novo município de
Miguel Pereira.
Pela lei estadual nº 3494, de 04-12-1957, é criado o
distrito de Conrado a enexado ao município de Vassouras,
com terras desmembrada do distrito de Sacra Família do
Tinguá.
Pela lei estadual n 3785, de 25-11-1958, desmembra do
município de Vassouras os distritos de Engenheiro Paulo
de Frontin e Sacra Familia do Tinguá, para formar o novo
município de Engenheiro Paulo de Frontin.
Em divisão territorial datada de l-Vll-1960, o município
é constituído de 8 distritos: Vassouras, Andrade Pinto,
Avelar, Conrado, Ferreiros, Pati do Alferes, Sebastiào
de Lacerda e Tairetá.
Pela lei estadual n 4426, de 08-08-1960, desmembra do
município de Vassouras, o distrito de Tairetá, elevado a
categoria de município com a denominação de Paracambi.
Pela representação do Supremo Tribunal Federal nº 423,
de 12-12-1960, extingue o unicípio de Engenheiro Paulo
de Frontin, retornando a categoria de distrito no
município de Vassouras.
Pela lei estadual n 5224, de 04-10-1963, desmembra do
município de Vassouras o distrito de Engenheiro Paulo de
Frontin, elevado novamente à categoria de município.
Pela deliberação municipal nº 621, de 28-03-1966, o
distrito de São Sebastião de Ferreiros voltou a
denominar-se Ferreiros.
Em divisão territorial datada de l-l-1979, o município é
constituído de 7 distritos: Vassouras, Andrade Pinto,
Avelar, Conrado, Pati do Alferes, São Sebastião dos
Ferreiros (ex-Ferreiros) e Sebastião de Lacerda.
Pela lei estadual nº 1253, de 14-12--1987, desmembra do
município de Vassouras o distrito de Conrado, sendo seu
territorio anexado ao município de Miguel Pereira.
Pela lei estadual nº 1254, de 15 de dezembro de 1987,
desmembra do município de Vassouras os distrito de Pati
do Alferes e Avelar, para formar o novo município com
denominação de Paty do Alferes.
Em "Síntese" de 31-Xll-1994, o município é constituído
de 4 distritos: Vassouras, Andrade Pinto, São Sebastião
dos Ferreiros e Sebastião de Lacerda.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de
2007.
IBGE pagina visitada em 06/10/2012
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