TURISMO DE QUISSAMÃ  
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QUISSAMÃ SEU TURISMO

Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba

65% da extensão do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba ficam em Quissamã. O Parque foi criado por Decreto Federal em 29 de abril de 1998, com o objetivo de preservar os ecossistemas ali existentes e possibilitar o desenvolvimento de pesquisa científica e de programas de educação ambiental. Localizado na região litorânea do norte do Estado do Rio de Janeiro, é o primeiro Parque Nacional em área de restinga.

O Parque abriga 18 lagoas ao longo de seus 44 quilômetros de costa. Entre as espécies de fauna encontram-se: o jacaré-do-papo-amarelo, cágado-do-brejo, lontras, capivaras, papagaios e diversas aves residentes ou migratórias. A flora apresenta elevado número de espécies endêmicas ameaçadas de extinção, como orquídeas e bromélias. A administração do parque é realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBAMA.

A Prefeitura de Quissamã através da Secretaria de Meio Ambiente promove várias ações voltadas a preservação e conservação do meio-ambiente. Entre elas destacam-se a implantação do Sistema de Saneamento Básico em todo perímetro urbano do município, o apoio ao desenvolvimento de pesquisas científicas e o combate aos incêndios florestais. O Ibama está finalizando o plano de manejo do Parque que vai definir locais, horários e capacidade de visitação.

Patrimônios Arquitetônicos

A Igreja e Quissamã

Segundo José Carneiro da Silva em sua "Memória gráfica" sobre os Campos dos Goytacazes em julho de 1694, Luís de Barcelos Machado fundou a Capela de N. Sra. do Desterro do Furado, o qual alcançou do Bispo do Rio de Janeiro que a erigisse em capelaria Curada. Data daí a primeira relação de Quissamã com a Igreja.

Posteriormente, a capela foi transferida, em 1732, para Capivary, sendo para ela transportadas as imagens e alfaias do templo do Furado.

Elevada à Freguesia em 1749 e à classe de Igreja

A Igreja Matriz de1924 atualmente

Paroquial Perpétua em 1755. Em 1794, com o prédio já em ruínas, foi realizada sua primeira festa, quando, então, a Matriz foi transferida, provisoriamente, para Mato de Pipa.

Durante uma enfermidade, com princípio de paralisia, o Brigadeiro José Caetano fez a promessa de construir um grande templo em louvor a N.S. do Desterro, que cumpriu ao retornar a Quissamã: "trouxe para dirigir as obras um pedreiro de nomeado pela Corte, Mestre Alexandrinho.

A pedra fundamental foi lançada em 1805. No ano de 1815 foram transladadas, em grande procissão, para o novo prédio na Freguesia, as imagens de N. Senhora, S. José e do Menino Jesus.

Considerando-se o prédio de 1815 acanhado, em 1921, decidiu-se pela construção, no mesmo local, de outro maior, compatível com sua crescente comunidade. A inauguração do atual prédio deu-se com grandes festas em 27 e 28 de junho de 1924.

Desde 1902 até 1994 a matriz vinha sendo administrada pelos padres Franciscanos.

Atualmente a paróquia é administrada pelo clero secular.

Existem no Município outras confissões religiosas... entre outras, a Igreja Batista e a Assembléia de Deus com seus templos no centro de Quissamã e em localidades do interior.

Baseado na literatura existente e nos registros da Paróquia e na tradição oral, o "Projeto Quissamã Memória Viva" (E.C.J.C.B.) pôde elaborar um catálogo completo dos capelões curados e dos párocos de nossa igreja desde 1694 até os nossos dias, num período de 304 anos.

A macumba/umbanda é também uma das alternativas religiosas que se apresenta à população de Quissamã. A crença, em seu tido amplo, é partilhada pelo conjunto da população, pois mesmo os não adeptos, ao temê-la, terminam por confirmar a crença na existência e na interferência dos espíritos no comportamento humano.

Em Quissamã, os terreiros espalham-se pela freguesia e seus arredores, nos bairros rurais e pequenos aglomerados de casas acompanhando ou não as sedes das fazendas.

Centro Administrativo Municipal (1870)

Este patrimônio abriga hoje o Centro Administrativo da Prefeitura de Quissamã
O prédio construído por herdeiros do I Visconde de Araruama, foi inaugurado em 1870 e nele passou a funcionar, inicialmente, uma escola para os meninos descendentes do Visconde. Naquela época as mulheres não precisavam estudar.

Algum tempo depois o prédio foi cedido ao governo que nele instalou uma Escola Pública.

Em 1903 com a vinda dos Franciscanos, acomodou-se no prédio a residência franciscana que recebeu o nome de convento N. Sra. dos Anjos, em alusão ao convento do mesmo nome, sediado em Cabo Frio, do qual foi padroeiro o Capitão José de Barcelos Machado, fundador do Morgado de Capivary, Furado e Quissamã.

O Capitão legou em testamento, até a extinção do Morgado em 1852, a doação anual de 35 bois de suas fazendas para o sustento daquele Convento. (Abel Beranger em Dados Históricos de Cabo Frio).

Simultaneamente no mesmo prédio funcionava a Escola Pública que em 1911 chegou a receber de 80 a 90 alunos.

Com a construção do novo convento ao lado da Matriz, em 1928, as freiras franciscanas passaram a ocupar o convento.

A partir daí o Colégio passou a receber também as meninas que desde 1912 estudavam com as freiras, algumas internas, as semi-internas e as externas.

As meninas recebiam, além do curso regular (1ª a 4ª série), aulas de bordado, pintura e música, lá havia, inclusive, um piano onde as meninas praticavam seus dotes artísticos.

Em 1949, quando as franciscanas deixaram Quissamã, o colégio passou a ser administrado pelas Irmãs da Divina Providência que mantiveram o padrão do colégio até 1972, quando também deixaram a cidade.

Nesta época já não havia sentido a manutenção do Colégio das Freiras, pois estavam em atividade Escolas Públicas melhor aparelhadas.

Com a saída das irmãs, passou a funcionar no convento a "Casa de Formação N. Sra. dos Anjos", onde realizavam-se reuniões religiosas, cursilhos, encontros de jovens e de casais, etc.

Após permuta efetivada em 1991 entre a Prefeitura e a Diocese de Nova Friburgo, detentora do prédio, este passou a sediar provisoriamente secretarias municipais e órgãos do Estado.

Em abril de 1993, iniciaram-se as obras de construção do primeiro prédio funcional, projetado pelo arquiteto José Francisco de Almeida Pereira, para abrigar a crescente estrutura administrativa do município.

Após a inauguração dos prédios anexos e integrantes do Centro Administrativo Municipal, em 17 de março de 1994, neles foram instaladas todas as Secretarias e, provisoriamente, o Gabinete do Prefeito e suas Assessorias.

O prédio do antigo Convento entrou em obras de recuperação e adaptação às novas funções que foram concluídas em fins de 1994, quando, então, neste prédio foram instalados o Gabinete do Prefeito e do Vice, com suas assessorias e mais a Secretaria de Fazenda. Nos prédios anexos permaneceram as Secretarias de Educação e Cultura, Saúde, Agricultura e Turismo e Esportes no Bloco A; Obras e Administração ocupam o Bloco B.

Finalmente após a execução dos serviços de paisagismo, substituição dos altos muros por grades de ferro, está concluído e em pleno funcionamento, o Centro Administrativo de Quissamã, inaugurado a 15 de fevereiro de 1995 pelo Prefeito Arnaldo Mattoso.

Do antigo convento foram mantidos, além da construção em si, dois sinais de sua função religiosa: a antiga torre sineira e um afresco na entrada, onde se vê entre as ramagens de flores as iniciais entrelaçadas "AM" evocando com este Ave Maria a N. Sra, dos Anjos padroeira do antigo convento, que permanecerá abençoando e iluminando as decisões do Prefeito e de seus sucessores.


Roteiro dos Solares

Existem cerca de 20 solares em Quissamã, sendo a sua maioria do século passado. Alguns estão abertos aos turistas com visitas pré marcadas. Neles podemos sentir um pouco do clima de uma época quando o Ouro Verde (a cana de açúcar) era a mola propulsora da economia do Norte Fluminense. Destacamos abaixo alguns destes solares.

- Casa de Mato de Pipa (1777)

Em 1782 o casal Ana Francisca e Manoel Carneiro da Silva transferiu-se definitivamente para Mato de Pipa.

Deste casamento nasceram cinco filhos, e entre eles, em 1788, José, futuro Visconde de Araruama, grande colonizador da região.

Primeira casa de telhas contruída na região. Último remanescente de casa de residência ( construída no séc. XVIII ) de todo o Norte Fluminense.

Mato de Pipa é a casa mais antiga de Quissamã (1777)

De 1795 a 1815 o seu oratório funcionou como Matriz Provisória, guardando as imagens vindas de Capivary.

Em 1826, José Carneiro da Silva transfere-se com sua esposa e filhos para a Fazenda Quissamã. Ficam residindo em Mato de Pipa sua mãe e duas irmãs solteiras que herdam a fazenda em 1840.

A casa passa por diversos testamentos até pertencer aos herdeiros de Mariana Antônia de Almeida Pereira, atuais detentores da propriedade.

Hoje, a Casa de Mato de Pipa é administrada por uma associação criada para preservá-la, a AMAP. A casa recebe sempre a visita de turistas e pessoas da comunidade. Todo ano é feita uma festa junina com o objetivo de angariar fundos para a sua manutenção e divulgar a história da casa.

- Casa de Quissamã (1826)

Em 1826, com a construção do solar, nele vão residir José Carneiro da Silva e sua família. A casa é semelhante, no seu aspecto, a de Mato de Pipa, pois na época possuía apenas seu corpo central.

Em 1842 é levantado o torreão. Já em 1861, estava construído o primeiro sobrado, o da direita, como pode ser visto na gravura de Victor Frond.

Mais tarde foi construído o outro sobrado, à esquerda, ambos demolidos em meados do século XX.

Naquela época possuía vastas salas, salão de banquetes, 48 quartos, e uma infinidade de outras dependências. A casa necessitava ter tantos quartos, em função do hábito do Visconde de reunir sua vasta descendência para as festas de fim de ano.

Foram visitantes ilustres deste palacete: o Imperador Pedro II e a Imperatriz Tereza Cristina, a Princesa Isabel, o Conde D'Eu, o Duque de Caxias, o Conselheiro Euzébio de Queiróz, Aureliano Coutinho, presidente da Província do Rio de Janeiro, entre outros. O viajante francês Charles Ribeyrollles, documentou sua visita no livro "Brasil Pitoresco" com gravura de Victor Frond.

Por testamento a casa passa a José Caetano, Visconde de Quissamã, filho do Visconde de Araruama, e depois aos herdeiros daquele. A casa hoje pertence à Prefeitura de Quissamã e está sendo restaurada com recursos do município. No seu entorno será construído o Parque Municipal

- Machadinha (Em ruínas)

Em 1867 é inaugurado o solar que incorporou a antiga casa como dependências de serviços. Nela foi residir Manoel Carneiro da Silva, Visconde de Ururay, filho do Visconde de Araruama.

Sua esposa, Ana do Loreto, era filha do Duque de Caxias.

Os móveis, louças e cristais, utilizados pela família, foram todos importados da Europa.

Hoje é propriedade da Cia. Engenho Central de Quissaman, fazem parte de um conjunto arquitetônico, a capela em louvor à Nossa Senhora do Patrocínio, construída em 1833 e o espetacular conjunto de antigas senzalas, hoje adaptadas para a residência dos colonos da fazenda.

- Solar da Mandiqüera (1875)

Construído por Bento Carneiro da Silva, Conde de Araruama, filho do Visconde de Araruama e casado com Rachel Francisca, filha do Barão e da Viscondesa de Muriaé.

Casa de fino acabamento. Permanece fechada desde 1964. Seus atuais proprietários residem na Casa Santa Rachel que faz parte do conjunto arquitetônico e foi construída para hospedar os técnicos que construíram a Mandíqüera e depois a Usina.

Ainda compõem o conjunto, parte das antigas senzalas e um prédio do engenho da fazenda, onde funciona a Fábrica de Doces Fios de Ouro. Desmembramentos da Fazenda Mandiquera, resultaram as atuais fazendas de Santa Rachel, São José, Trindade, São Manoel, parte de Boa Esperança e as terras da Usina.

- Santa Francisca ( 1852)

A casa foi construída por Ignácio Silveira da Motta, o Barão de Vila Franca, casado com Francisca Antônia Carneiro da Silva, filha do Visconde de Araruama, em 1852. Ignácio foi presidente da província do Rio de janeiro e de mais dois estados brasileiros. Foi condecorado em Niterói por ter levado rede de água para aquela cidade.

Encontra-se hoje em ótimo estado de conservação e pertence aos descendentes da Baronesa de Vila Franca. Nos seus jardins, árvores centenárias ainda guardam o mesmo paisagismo da época de sua construção e todo mês de junho é realizado a festa de Santo Antônio, o padroeiro da fazenda, havendo a procissão que passa pelas antigas senzalas, hoje casa de colonos, que se encontram também em ótimo estado de conservação.

- Cia Engenho Central de Quissaman (1877)

Engenho Central deQuissamã foi o 1º da América Latina (1877) Inaugurado em 12 de setembro de 1877, foi o primeiro Engenho Central, em forma de cooperativa, estabelecido no Brasil e na América do Sul.

Seu maquinário foi todo importado e montado pela Cia. de Fives Lille que construiu ramal ferroviário próprio que ligava as fazendas ao ramal da Leopoldina Railway, em Conde de Araruama.

O conjunto era constituído por edifícios que formavam uma grande praça. O prédio da oficina possuía um relógio que hoje está na torre da Matriz.

Foram seus fundadores os grandes fazendeiros da região, que desativaram seus engenheiros particulares. Entre eles, João José Carneiro da Silva, Barão de Monte Cedro, grande incentivador da criação dos engenhos centrais no país.

O que sente o quissamaense por QUISSAMÃ

Quissamã, terra em que ainda se encontra o mel, conheceu o seu esplendor na segunda metade do séc. XIX, com o seu crescimento político. Foi neste período que surgiram as grandes casas Senhoriais, arquitetura francesa e alemã, simbolizando o nascimento escravista açucareiro na região.

Para saber o que é Quissamã, é preciso perder-se nela. É preciso sair procurando identificar todos os seus aspectos do meio ambiente que a caracterizam.

Quem visita Quissamã tem a impressão de um pequeno mundo isolado. O seu passado continua vivo lembrando as antigas sociedades dos engenhos e dos barões. Suas Palmeiras Imperiais indicando as fazendas, sua história e seus "causos" são lembranças de um tempo, de fatos ocorridos em um lugar que você gostará de conhecer.

Referencia:

Prefeitura Municipal de Quissamã

 

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