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HISTORIA DE MIGUEL PEREIRA |
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A história do atual Município de Miguel
Pereira está vinculada à de toda a região de Vassouras,
da qual foi desmembrado. Naquela região, no "Caminho
Novo do Tinguá", nas proximidades da margem direita do
rio Paraíba do Sul, se erigiu a vila, mais tarde Cidade
de Vassouras e, em bifurcação, se atingia a roça do
Alferes, onde se desmembraria a do Pati, que seria a
primitiva sede municipal Pati do Alferes.
No Arquivo Público Nacional há referências de várias
sesmarias concedidas na região, entre as quais a de
Marcos da Costa da Fonseca Castelo Branco, antigo
almoxarife da Fazenda Real do Rio de Janeiro, em 1708, e
a Roça do Alferes. Esse roteiro, que partia do Rio de
Janeiro, ganhava, depois de transposta a serra, a roça
de Marcos da Costa, Roça do Alferes, confirmando, assim,
a penetração através do território do atual Município,
pois a sesmaria de Marcos da Costa se localizava nas
proximidades das cabeceiras do rio Sant'Ana.
Essa região alcançou grande prosperidade, graças ao
braço escravo empregado na sua lavoura, e sentiu os
efeitos da abolição da escravatura, que, de resto,
deixou em quase todos os Municípios fluminenses um marco
de decadência, provocado pela falta de braços para os
trabalhos do campo.
Por volta de 1878 já se cogitava da construção de uma
estrada de ferro, que partindo de Belém (atual Japeri),
fosse terminar em Pati do Alferes. Em 15 de março de
1882 o Governo Federal assinava contrato com os
engenheiros Luiz Rafael Vieira Souto e Henrique Eduardo
Hargreves, determinando a passagem ferroviária pelos
vales do rio Sant'Ana e ribeirão de Ubá.
O primitivo nome da localidade era Barreiros originado
de uma área da fazenda São Francisco, de propriedade de
Antônio Francisco Apolinário, em 1872. Por ali passavam,
na época, tropas de burros, que ficavam atolados, em
virtude da grande quantidade de barro existente no
local. Depois que se construiu a Estrada de Ferro
Melhoramentos do Brasil, por volta de 1898, vencida já a
serra, a localidade passou a chamar-se Fazenda da Estiva.
Em 1918 seu topônimo foi mudado para Professor Miguel
Pereira, ilustre figura da medicina brasileira que, com
a saúde abalada, ali residiu durante vários anos.
O povoado de Governador Portela, distrito de Miguel
Pereira, recebeu esse nome em homenagem ao Dr. Francisco
Portela, primeiro Governador do Estado.
O Município de Miguel Pereira, recebeu esse nome em
homenagem ao médico e professor Miguel da Silva Pereira
que difundiu as qualidades do clima do local.
Gentílico: miguelense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Miguel Pereira,
pela lei estadual n° 1055, de 31-12-1943, confirmado
pela lei estadual nº 1056, de 31-12-1943, com áreas
desmembradas do distrito de Governador Portela,
subordinado ao município de Vassouras.
Em divisão territorial datada de I-VII-1955, o distrito
de Miguel Pereira figura no município de Vassouras.
Elevado à categoria de município com a denominação de
Miguel Pereira, pela lei estadual n.° 2 626, de
25-10-1955, desmembrado de Vassouras. Sede no antigo
distrito de Miguel Pereira. Constituído de 2 distritos:
Miguel Pereira e Governador Portela, ambos desmembrados
de Vassouras. Instalado em 26-07-1956.
Em divisão territorial datada I-VII-1960, o município é
constituído de 2 distritos: Miguel Pereira e Governador
Portela.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de
1-VII-1983.
Pela lei estadual nº 1253, de 14-12-1987, o município de
Miguel Pereira adquiriu o distrito de Conrado do
município de Vassouras.
Em "Sintese" de 31-XII-1994, o município é constituído
de 3 distritos: Miguel Pereira, Conrado e Governador
Portela.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de
2007.
IBGE pagina visitada em 18/09/2012
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