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HISTORIA DE ITALVA |
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A origem dos municípios de Cardoso
Moreira e Italva encontra-se ligada à de Campos,
município ao qual pertenciam até recentemente como sedes
distritais.
A região de Italva já era habitada pelos índios
Tupis-guaranis, Puris e Goitacases antes da chegada, em
meados do século XIX, de fazendeiros latifundiários.
Devido à grande extensão de suas propriedades, moravam a
enormes distâncias uns dos outros, não havendo, portanto,
por volta de 1850, qualquer indício de vilas ou
aglomeração de moradores. Cabe ressaltar que, nesse
período, pertenciam a Italva todos os limites atuais e
ainda a área compreendida por Boa Ventura e Córrego da
Chica, entregues mais tarde a São José do Avahi (Itaperuna).
Para chegar a essa região o percurso era facilitado pela
possibilidade de se navegar em boas condições pelo Rio
Muriaé, em vez de enfrentar caminhos rudimentares e
trilhas por entre densas matas. Mas, ao atingirem
Cardoso Moreira, não havia outro meio de se chegar à
terra do mármore que não a pé, em virtude das fortes
corredeiras e cachoeiras. Estes aspectos encontrados
pelos pioneiros desbravadores assim que atingiram a
região deram origem ao primeiro nome que Italva recebeu
ao se tornar freguesia em 1873: Santo Antônio das
Cachoeiras.
Os campos dos Goitacases foram ocupados a princípio por
criadores de gado. Posteriormente, a região progrediu
com a cultura da cana-de-açúcar, que se expandiu pelos
aluviões entre o Rio Paraíba do Sul e a Lagoa Feia.
No século XVIII, a economia local girava exclusivamente
em torno de atividades rurais e o vilarejo só foi
elevado à categoria de cidade em 1835, com o nome Campos
dos Goytacazes. Uma das peculiaridades da cultura
canavieira na planície campista era a existência, ao
lado dos latifúndios, de grande número de pequenas
propriedades. Este fato talvez possa explicar a relativa
rapidez com que se recuperou a agricultura do município
após a Lei Áurea.
A grande riqueza de Campos, no século XIX, pode ser
creditada à expansão da produção açucareira,
inicialmente apoiada nos engenhos a vapor, mais tarde
substituídos por usinas de açúcar. Várias dessas antigas
usinas foram fechadas ou absorvidas pelas maiores, em
anos recentes, concentrando-se a produção em menor
número de estabelecimentos. A pecuária sempre manteve
papel importante na economia da região, e o café foi
responsável pela prosperidade dos antigos distritos de
Cardoso Moreira e Italva, onde hoje predomina o gado
leiteiro.
A função polarizadora de Campos dos Goytacazes remonta a
sua própria evolução histórica, tendo o município
exercido papel fundamental como difusor do povoamento
por toda a área do Noroeste Fluminense.
Gentílico: italvense.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Santo Antônio das
Cachoeiras de Muriaé, pela lei provincial nº 1937, de
06-11-1873 e deliberação estaduais de 25-10-1890 e de
10-08-1891, bem assim por decretos estaduais nºs 1 de
08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892, subordinado ao
município de Campos.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o
distrito denominava-se Cachoeiras figurando no município
de Campos.
Pela lei estadual nº 1794, de 31-12-1923, transfere a
sede do distrito de Cachoeiras para a povoação de
Paraíso assumindo o distrito esta denominação.
Pelo decreto estadual nº 2529, de 29-12-1930, transfere
a sede do distrito de Paraíso para a povoação de Monção
assumindo o distrito esta denominação .
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o
distrito de Monção ex-Paraíso figura no município de
Campos.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de
31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decreto-lei estadual nº 1056, de 31-12-1943, o
distrito de Monção passou a denominar-se Purus.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o
distrito de Purus ex-Monção figura no município de
Campos.
Pelo decreto-lei estadual nº 1244, de 09-10-1944, o
distrito de Purus passou a denominar-se Italva.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960 o distrito
de Italva ex-Purus permanece no município de Campos.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de
I-I-1979.
Elevado à categoria de município com a denominação de
Italva, pela lei estadual nº 681, de 11-11-1983,
desmembrado de Campos. Sede no antigo distrito de Italva.
Constituído do distrito sede.
Firmado por todo o território do distrito de Italva,
tendo a lei omitido a área do distrito de Paraíso sendo
instalado. Posteriormente, o município foi anulado por
acórdão do STF, de 25-09-1985, que declarou a
inconstitucionalidade da lei nº 681, de 11-11-1983 (representação
nº 1223-9/RJ).
Elevado novamente à categoria de município com a
denominação de Italva, pela lei estadual nº 999, de
12-06-1986, desmembrado de Campos. Sede no antigo
distrito de Italva. Constituído do distrito sede.
Formado por todo o território dos distritos de Italva e
Paraíso (este último criado e não instalado, com 272 km
de área total. Instalado em 31-12-1986).
Em divisão territorial datada 18-VIII-1988, o município
é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de
2007.
Alterações nímicas distritais
Santo Antônio das Cachoeiras de Muriaé para simplesmente
Cachoeiras alterado em divisão de 1911.
Cachoeiras para Paraíso alterado, pela lei estadual nº
1794, de 31-12-1923.
Paraíso para Monção alterado, pelo decreto estadual nº
2529, de 29-12-1930.
Monção para Purus alterado, pelo decreto-lei estadual nº
1056, de 31-12-1943.
Purus para Italva alterado, pelo decreto-lei estadual nº
1244, de 09-10-1944.
IBGE pagina visitada em 10/09/2012
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