HISTORIA
SANTA MARIA DO OESTE PR
A história de Santa Maria do
Oeste está sendo registrada pelo Sr. Amilton Schreiner, que através de
pesquisas e entrevistas com antigos moradores conseguiu resgatar fatos
importantes da história local. O resumo apresentado se baseia nas
informações por ele disponibilizadas.
As primeiras referências datam de 1911, quando os irmãos Laurindo e Rosendo
Pereira, adquiriram uma área de terras de 714 alqueires, junto ao governo do
Estado, com títulos definitivos de posse e provavelmente com o objetivo de
cultivar as terras. A região era conhecida como Campina dos Pereira, numa
alusão à família pioneira. Mais tarde Laurindo Pereira vendeu sua parte de
terras a Manoel Pereira, que optou por enviar João Romão de Carvalho e
Sebastião Vitoriano gonçalves da luz, para administrarem a propriedade
adquirida.
Em 18 de dezembro de 1920 chegou à região a família de Francisco Mendes
Teixeira, conhecido como Chico Velho, apelido esse que o diferenciava de seu
filho Francisco Teixeira dos Santos, que ficou conhecido por Chico Novo.
Chico Velho adquiriu a gleba de terras de Manoel Pereira, que nunca morou na
região, e a dividiu em pequenas chácaras e lotes. A partir daí passou a
vendê-las às famílias de imigrantes europeus, que chegavam ao local em busca
de terras para criar gado, suínos e cultivar o solo.
No final de 1920, Chico Novo, pôs-se a construir a primeira igreja do local,
ao lado do cemitério, sendo ajudado por Vergílio Martins de Moraes. Quando
ficou pronta, o padre Paulo Schorn, da paróquia Nossa Senhora de Belém, de
Guarapuava, vinha celebrar missa regularmente. Outra iniciativa de Chico
Novo foi a implantação da primeira casa comercial do povoado, que abastecia
toda comunidade e aos fazendeiros da região.
A partir desta época a localidade passou a ser conhecida por Campina de
Santa Maria, em homenagem à Imaculada Conceição, cuja data comemorativa é 8
de Dezembro, data em que a família Teixeira chegou à região.
Em 1932 Bernardino Grande chegou à região e adquiriu a bodega do Sr. Amalio
Cardoso de Mello, comprando também uma área de terras provavelmente de Chico
Velho, para criação de porcos em sistema de safras. A primeira tropa de
suínos registrada foi encaminhada em 1934, para Ponta Grossa, por Bernardino
Grande, iniciando então a exportação da produção local para outras praças.
Estas tropas eram conduzidas a pé e a viagem durava em torno de um mês,
dependendo do clima, pois o calor excessivo castigava os animais.
Coincide com esta data, 1934, a adoção de carretões para transporte de
cargas, de erva mate, feijão, cera e outros produtos, feitos por Reinaldo e
Leopoldo Krüeger, juntamente com Alcindino Rosa, José Ulchak e Jorge Rother.
Em 1937 foi fundada a primeira escola particular na localidade, e as
primeiras aulas dadas pelo professor Leonildes Cordeiro e pela professora
Adelaide Bueze. Somente dois anos após (em 1939) foi criada a primeira
escola pública.
A agricultura até 1940 era quase que somente para consumo interno, a partir
de então começou a ter alguma importância comercial. Data desta época o
surgimento das culturas de trigo e centeio. João Golanoski montou a primeira
trilhadeira com tração animal, utilizada para bater os feixes de trigo. Na
década de 1950, Bernardino Grande, vendeu à prefeitura municipal de Pitanga
uma área de 5 alqueires para que fosse implantada a se de do patrimônio.
Em 14 de novembro de 1951, através de Lei Estadual nº 790, foi criado o
Distrito Policial de Santa Maria, com território pertencente ao município de
Pitanga. Pela lei nº 29 de 22 de maio de 1979, o núcleo foi elevado à
categoria de Distrito Administrativo. Em 11 de julho de 1990, devidos aos
esforço de lideranças locais, onde pode-se destacar o próprio Sr. Amilton
Schreiner, pioneiro (nascido na própria região em 1929), foi alcançanda a
emancipação municipal por meio da Lei Estadual 9.320, onde se alterou a
denominação local, passando a se chamar Santa Maria do Oeste. A instalação
oficial deu-se em 1 de janeiro e 1993, quando tomou posse o primeiro
prefeito, Evaldo Leal.
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