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HISTORIA
DE NOVA ESPERANÇA |
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No ano de 1925, a Companhia de Terras do
Norte do Paraná adquiriu do Governo do Estado do Paraná,
450.000 alqueires de terras pela quantia de 8.712 contos
de réis, era Governador nesta época o Dr. Caetano Munhoz
da Rocha. Nesta aquisição estavam englobadas as terras
pertencentes ao Município de Nova Esperança.
No início, saíram comitivas exploradoras para começarem
a colonização, e assim sendo, conta-nos o Dr. Herman
Moraes de Barros:
"No meado do ano de 1928, acompanhei meu pai (Antonio
Moraes de Barros), advogado e então Presidente da
Companhia de Terras Norte do Paraná, em uma viagem as
terras recém adquiridas do Governo do Estado do Paraná.
A comitiva era composta por Arthur Thomaz, Gerente
administrativo de todo o empreendimento, Engenheiro
Louis Reed, Consultor técnico, Dr. Gastão de Mesquita
Filho, Engenheiro construtor da então Nova Estrada de
Ferro São Paulo, Heitor Machado, grande conhecedor de
terras e amigo de meu pai.
Partimos de Presidente Prudente em dois fordecos e
percorremos cerca de 100 Km, uma estrada com as piores
condições possíveis, atingindo a tardinha as margens do
Rio Pirapó, hoje denominado Porto Ceará. Cruzamos o
majestoso rio em uma pequena balsa, construída por duas
canoas sobre as quais existiam duas bicas que deveriam
sustentar os veículos. A entrada na balsa constituiu uma
verdadeira proeza dos dois motoristas, pois apesar da
aspereza do terreno e precariedade do pequeno pontilhão,
deveriam acertar as rodas dos veículos exatamente nas
bicas, sob a pena de caírem no rio.
Do outro lado rio estava-nos reservada uma agradável
surpresa, pois a estrada construída pela Companhia era
de primeira ordem. Percorremos cerca de 30 km, até uma
pequena derrubada na mata virgem, onde havia uma boa
casa de madeira, primeira sede dos Ingleses no Estado do
Paraná. A Estrada que havíamos percorrido já ostentava o
seu nome tradicional de Estrada Inglesa. E a casa
acolhedora, o pomposo nome de Hotel Pirapó.
O dia seguinte foi dedicado a um justo repouso e no
outro dia, pela madrugada, partimos nos fordecos por
mais alguns quilômetros até o acampamento da turma que
estava construindo a estrada. Depois do almoço montamos
a cavalo e por um picadão, verdadeiro túnel dentro da
mata frondosa, percorremos cerca de três horas, uma boa
distância, quando atingimos um velho picadão na direção
leste-oeste. Enveredamos pelo mesmo rumo oeste. Pouco
adiante a beira do picadão, as margens do Córrego Bigui,
deparamos com um pequena Capela construída de tijolos
toscos e coberta de sapé. Sem porta, podemos ver que la
dentro havia uma imagem tosca de um Santo (Sagrado
Coração de Jesus), hoje padroeiro da cidade e restos de
muitas velas, que ali tinham sido acesas. Ao lado da
mesma muitos níqueis, que interpretamos como dádivas de
passantes que não possuíam velas para pagamento das
mesmas e outros passantes que por ventura as possuíssem.
Representavam assim, aqueles níqueis, a esperança de que
por ali passasse uma alma bondosa que pudesse acender
uma vela por sua intenção, pagando-se com níquel que ali
deixava depositado.
Alguns anos depois o local ficou conhecido com a
denominação de Capelinha e por isso, quando chegou a
abertura da cidade, quase vinte anos depois, muito
acertadamente Arthur Thomaz, manteve aquele nome para a
futura cidade que então se iniciava. A nova cidade
deveria nascer a 40 km além de Maringá, na direção da
"Brasileira", hoje a cidade de Paranavaí."
Sabe-se que os primeiros moradores foram José Xavier de
Barros, Dona Benedita Xavier de Barros (proprietários de
uma hospedaria), posteriormente vieram Augusto Hengsh,
seu genro João Rodrigues, Heriberto Brunning, Levi
Linhares, Goldschid Heng, João Miranda, José Rodrigues,
entre outros. Em 1947 chegaram de Londrina a família
Fabrini, construindo a primeira Serraria, auxiliando o
progresso do Núcleo.
O município de Nova Esperança começou a ser povoado no
início 1948, quando vieram correntes migratórias de
todas as regiões brasileiras. A povoação já existia 06
serrarias, 06 máquinas de beneficiar arroz, 02
debulhadeiras de milho, 02 fábricas de móveis, 01
máquina de café, 05 postos de gasolina, 05 oficinas
mecânicas, 03 sorveterias, 28 casas de secos e molhados,
16 casas de tecidos, 22 bares, 04 barbearias, 02
tinturarias, 04 alfaiatarias, 01 fábrica de calçados, 01
funilaria, 03 restaurantes, 01 relojoaria, 02 casas
especializadas em ferragens, 12 carros de aluguel, 42
caminhões de aluguel, 03 carros particular, 05 depósitos
de tijolos e telhas, 01 fábrica de tubos, 06 compradores
de cereais, 01 correio particular, 02 escritórios
comerciais, 04 médicos, 02 dentistas e 01 engenheiro
agrônomo. (Isto abrangendo todo o território de
Capelinha que era composto por várias localidades).
Gentílico:
Formação Administrativa
Elevado à categoria de Município e distrito com
denominação de Nova Esperança, pela Lei Estadual nº 790,
de 14/11/1951, desmembrado de Maringá, com sede no
povoado de Capelinha, atual distrito de Nova Esperança,
constituído de dois distritos: Nova Esperança e Alto
Paraná. Instalado em 14/12/1952.
Pela Lei Municipal nº 16, de 10/02/1953, são criados os
distritos de Atalaia e Floraí e anexado ao distrito de
Nova Esperança.
Pela Lei Estadual nº 1190, de 19/07/1953, desmembra do
Município de Nova Esperança o distrito de Alto Paraná.
Elevado à categoria de Município.
Pela Lei Municipal nº 53, de 16/03/1954, é criado o
distrito de Iroí e anexado ao Município de Nova
Esperança.
Pela Lei Municipal nº 62, de 29/05/1954, são criados os
distritos de Barão de Lucena, Cruzeiro do Sul e Uniflor.
Em divisão territorial data de 01/07/1955, o Município é
constituído de sete distritos: Nova Esperança, Atalaia,
Barão de Lucena, Cruzeiro do Sul, Floraí, Iroí e Uniflor.
Pela Lei Estadual nº 2512, de 28/11/1955, desmembra do
Município de Nova Esperança o distrito de Floraí.
Elevado à categoria de Município.
Pela Lei Estadual nº 2548, de 26/12/1955, desmembra do
Município de Nova Esperança o distrito de Cruzeiro do
Sul. Elevado à categoria de Município.
Em divisão territorial datada de 01/07/1960, o Município
é constituído de cinco distritos: Nova Esperança,
Atalaia, Barão de Lucena, Iroí e Uniflor.
Pela Lei Municipal nº 266, de 10/06/1960, é criado o
distrito de Ivaitinga e anexado ao Município de Nova
Esperança.
Pelo Lei Estadual nº 4245, de 25/07/1960, desmembra do
Município de Nova Esperança o distrito de Atalaia.
Elevado à categoria de Município.
Pela Lei Estadual nº 4338, de 25/01/1961, desmembra do
Município de Nova Esperança o distrito de Uniflor.
Elevado àcategoria de Município.
Em divisão territorial datada de 31/07/1963, o Município
é constituído de quatro distritos: Nova Esperança, Barão
de Lucena, Iroí e Ivaitinga.
Pela Lei Estadual nº 4992, de 21/12/1964, desmembra do
Município de Nova Esperança o distrito de Presidente
Castelo Branco, ex-Iroí. Elevado à categoria de
Município.
Atualmente, a cidade possui dois Distritos
Administrativos. O distrito de Barão de Lucena, criado
pela Lei nº 62, de 29/05/54 e, antes de sua criação
chamou-se povoado Esperança, criado pela Lei nº 790, de
14/11/51.
Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Esperança (PR); IBGE
Autor do Histórico: ALBERTINO FRANZONI
Pagina visitada em 29/02/2012
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