O nome da cidade é escrito numa forma arcaica de português,
já que atualmente não se escreve mais a palavra lagoa com a aposição de "a"
inicial (embora em Portugal ainda haja essa grafia para lagoa).
Como cidade da Região do Brejo da Paraíba (isto é, uma região intermediária
entre o Litoral e o Sertão, situada na encosta da Serra da Borborema que
recebe os ventos alísios úmidos do Atlântico e tem uma cobertura vegetal de
Mata Atlântica), era parte integrante do município de Areia (cidade onde
nasceu José Américo de Almeida, político e romancista, autor de A Bagaceira)
até meados do século XIX, quando se tornou independente como cidade.
O ano de 1864 é considerado como o ano de sua fundação, mas em 1847 já havia
passado de povoado a distrito. Foi emancipada politicamente em 21 de Outubro
de 1864, sendo instalada, como vila, em 26 de Julho de 1865. Aos 27 de Março
de 1908, Alagoa Grande foi elevada à categoria de cidade. Por conta desta
última data muitos acreditam que o município irá completar 1 século de
emancipação no próximo ano (2008), quando na verdade já decorreram 143 anos
deste fato histórico.
Esta era uma região que cresceu muito no século XIX, através da agricultura
baseada na cana-de-açúcar (que destruiu a Mata Atlântica do lugar,
desfigurando a cobertura vegetal) que utilizava intensivamente a mão-de-obra
escrava. Em seu centro ainda existem casarões que ainda hoje testemunham
esse momento de grandeza econômica do município e foram construídos por
escravos. Alguns desses casarões, que aparecem em frente à praça central e à
matriz centenária da cidade, são cobertos por azulejos importados de
Portugal no século XIX.
Embora a cidade tenha se estagnado economicamente ao longo da segunda metade
do século XX (com a população ao invés de aumentar, diminui, principalmente
por causa do êxodo para as grandes cidades). Alagoa Grande tem um grande
potencial turístico que pode ser economicamente explorado, trazendo divisas
para o município (tanto o turismo histórico, quanto o turismo rural e
ecológico).
Neste município se localiza a comunidade quilombola de Caiana dos Crioulos,
herança dos negros que ajudaram no crescimento econômico e cultural da
cidade.
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