Em meio ao caos,
Reino Unido inicia preparação para deixar a UE
Na primeira reunião do Parlamento após o
referendo da última quinta-feira, o
primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron,
criou uma "unidade do Brexit" a fim de preparar
as negociações sobre a saída da União Europeia
(UE). O novo organismo será presidido pelo
deputado conservador Oliver Letwin e servirá
para coordenar os diferentes pontos de vista
dentro dos departamentos do governo sobre os
próximos passos no processo de deixar o bloco.
Após a votação, o país já enfrenta efeitos
imediatos na economia e uma série de incertezas
sobre como o processo inédito será conduzido.
A equipe formada pelo conservador será meramente
consultiva e não terá poder de decisão sobre a
futura relação do Reino Unido com a UE. Um dos
primeiros passos do Brexit será escolher o
próximo primeiro-ministro após renúncia de
Cameron, o que deve ser feito até 2 de setembro,
sob um calendário definido nesta segunda-feira
por um comitê do Partido Conservador.
Para iniciar de fato a saída, Londres ainda deve
comunicar ao grupo de países que deseja ativar,
pela primeira vez na história da EU, o artigo 50
do Tratado de Lisboa, que estabelece o processo
para a nação que decide deixar o bloco. O
objetivo do governo britânico é esperar até
outubro para entrar com o pedido, após o
estabelecimento do novo chefe de governo, dando
então abertura para o período de negociações,
previsto para durar dois anos.
Os acordos com a UE devem ser duros para o Reino
Unido, pois a prioridade do resto do bloco tende
a ser impedir que outros países sigam o exemplo
britânico. Na prática, duas possíveis propostas
poderiam ser feitas. A primeira é que o país
faça parte do Espaço Econômico Europeu, assim
como a Noruega, o que permitia acesso ao livre
comércio, porém, obrigaria o Reino Unido a
seguir as regras de mercado da UE sem opinar,
além de aceitar a livre movimentação de cidadãos
do bloco. É bastante improvável que esse cenário
se concretize com um governo britânico
pós-Brexit, no qual defensores da saída devem
tomar cargos importantes.
A outra opção seria atuar sob as regras da
Organização Mundial do Comércio, assim como os
Estados Unidos, a China e a Índia, o que poderia
tornar os danos econômicos ainda mais pesados
para o Reino Unido com a imposição de novas
barreiras tarifárias. Apesar das especulações, o
acordo entre Reino Unido e UE deve demorar para
tomar forma, pois dependerá de um consenso dos
27 países membros do bloco e uma disposição do
governo britânico ao diálogo, para evitar uma
catástrofe econômica no país.
(Com EFE e Reuters) |
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