Geografia
Nobre MT
O município de Nobres
possui área atual de 3.894 km2, a Sede do Município localiza-se no
extremo sudoeste, ficando a área rural no sentido nordeste, sua planta
tem a forma de um paralelogramo irregular entrecortado pelo complexo da
Serra do Tombador.
Dentro de seus limites, Nobres possui a Reserva Indígena Santana com uma
área de 35.471 hectares, o Distrito de Coqueiral que abrange uma região
de assentamento do INCRA, ocupando aproximadamente 1/3 (um terço) de
todo o território atual e o Distrito Sede que ocupa o restante, onde se
encontra o perímetro urbano do Município, num raio aproximado de 03 km.
O Município possui em seus domínios como Unidades de Conservação
Estadual a APA - Cabeceiras do Rio Cuiabá com 473.576,10 ha criada pela
Lei Estadual nº 7.161 de 23-08-99 e o Parque Estadual Gruta da Lagoa
Azul com 12.512 há pelo Decreto nº 1.472 de 09-06-00.
A Sede do Município situa-se a 199 metros de altitude, com Latitude de
14º 43’ 13’’ e Longitude de 56º 19’ 39’’, a 140 km de Cuiabá na região
Médio Norte do Estado de Mato Grosso ou Meso Região Norte Matogrossense,
denominada Zona fisiográfica da Baixada Cuiabana e na atual definição do
relêvo brasileiro situam-se suas terras na Micro Região do Alto Teles
Pires e Planalto Residual do Alto Paraguai, na Depressão Cuiabana e nos
Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná, confrontando-se ao Norte com os
Municípios de Diamantino, Nova Mutum e Santa Rita do Trivelato, a Leste
e Sul com Rosário Oeste e a Oeste com Alto Paraguai e Rosário Oeste.
Latitude
-14° 43' 13'' Longitude 56° 19' 39''
Altitude 200 metros
Área 7341 km²
Data da fundação 1963 |
Brasão de Nobres
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Economia
A atividade econômica do município destaca-se pela indústria de cimento e
calcário, além da pecuária no sistema de cria, recria, corte e leiteira. A
agricultura é variada, com predominância para o cultivo de arroz, milho e
lavouras de subsistência. Há culturas perenes.
A região do atual município de Nobres foi ponto de passagem, no início do
movimento garimpeiro em Mato Grosso, no sentido sul /oeste, que começou em 1747,
entre Cuiabá e Diamantino. É território habitado imemorialmente por povos
indígenas da etnia Bakairí.
Geografia
O Município apresenta grande variabilidade de solos, tendo sido
identificado os seguintes grupos: Latossolos, Podizólicos, Hidromórficos
Gleizados, Aluviais e Lateríticos indiscriminados. Entre os grupos prevalece, o
Podzólico Vermelho-Amarelo TB Entrófico Abrúptico A moderado textura
média/argilosa. Por ser uma região de grande concentração de calcário dolomítico
foram identificadas muitas grutas e cavernas.
O relêvo apresenta-se de um modo geral suavemente ondulado, com altitudes
que variam de 150 a 640 m., caracterizado pela formação de pequenas serras que
compõem o complexo do Tombador, entre vales e chapadas. Compõem o relevo ao sul
as Serras da Quitanda e Cancela, mais ao centro as Serras do Quebó e Furnas, ao
Norte as Serras de Santa Rita e Cuiabazinho, ao sudoeste a Serra do Tombador ou
Caixa Furada, ambas apresentam a mesma formação, pois fazem parte do Planalto
Central, possuem superfície evoluída e de constituição de areia argilosa
resultante da alteração superficial das rochas. Partes das Serras são
constituídas de camadas abundantes de calcário e dolomita.
Clima:
O clima pode ser classificado como Tropical Savana (AW), apresentando
duas estações bem definidas, sendo o verão quente e chuvoso e o inverno seco. As
temperaturas entre 1961 e 1990 registraram uma média de 25ºC, sendo neste
período a máxima de 41ºC em agosto/62 e a mínima de 1,2ºC em agosto/70. No ano
de 1999 a temperatura média máxima atingiu 33,6ºC, a média mínima 19,75ºC,
máxima absoluta foi de 39,1ºC e a mínima de 9,1ºC ambas em agosto e a média do
ano ficou em 25,3ºC. A Umidade Relativa do Ar registrou em 1999 uma máxima de
92% e mínima de 76%. A Evaporação Total em mm no mesmo ano registrou a máxima de
463,0 em agosto e a mínima de 256,8 em fevereiro. A Precipitação Pluviométrica
atingiu a altura total máxima de 422,2 mm em março e 0,0 mm em julho e agosto, a
precipitação máxima em 24 h foi de 80.1 mm em janeiro. Estes dados foram
registrados na Estação Metereológica instalada no Município de Diamantino, a
cerca de 25 Km da divisa do Município de Nobres.
Flora:
A cobertura vegetal predominante é o cerrado com vegetação xeromórfica
variando do gramíneo ao arbóreo lenhoso conforme a fertilidade do solo. Às
margens dos cursos d’água aparecem as matas ciliares, ambos, cerrado e matas
estão ficando cada vez mais ralo e raro com as constantes queimadas e
desmatamentos na região, para atividades de pecuária e agricultura
principalmente em roças de toco. Não a conhecimento de área reflorestada. Dos
389.400 hectares o Município teve 12.945,93 há desmatados em 1999, perfazendo um
total de 98.460,84 há, que equivale a 24,95% de área desmatada. No mesmo ano não
foi registrado autorização para queimadas.
A característica da vegetação que cobre o Município, facilita a
exploração do seu interior, exceto alguns trechos de vegetação transitória do
cerrado para mata ciliar, porém curtos e já explorados e castigados pela
retirada irregular de madeira. |