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História de Mantena Minas Gerais

 

Por volta de 1920, que nosso território começou a ser povoado. Isso aconteceu graças aos padres capuchinhos, entre eles, Frei Inocêncio de Comiso.

Naquela época, as terras que hoje formam o nosso Município pertenciam ao Município de Itambacuri - MG, fazendo parte do Distrito chamado Lajão, depois o Distrito de Lajão foi desmembrado de Itambacuri, surgindo o Município de Conselheiro Pena.

Em 1930, o sr. Emiliano Ferreira Júnior, comprou grande parte dessas terras e veio ocupá-las juntamente com sua família.

Dois anos depois de sua instalação nas terras, desgostou-se daqui devido à morte de sua filha e resolveu vender suas terras para o sr. Cândido Ribeiro Gonçalves, conhecido como Cândido Ilhéu.

Este comprou todo o patrimônio e doou uma parte para a construção do povoado, com apenas 7 (sete) casas, recebendo o nome de "BARRA DO CÓRREGO DOS ILHÉUS", em homenagem ao doador.

Naquela época, o prefeito do Município de Conselheiro Pena (ao qual pertencia nosso povoado) era o Dr. SEBASTIÃO ANASTÁCIO DE PAULA, (ainda vive e reside em Conselheiro Pena), que muito feliz com o crescimento do povoado transformou-o em Distrito de "BOM JESUS DO MANTENA".

Onze anos após a criação do povoado, o Governador do Estado Dr. JOSÉ MAGALHÃES PINTO, expediu um documento (Decreto nº 1.058), criando o Município de Mantena.

Em 4 de janeiro de 1944, foi nomeado pelo Governador o primeiro prefeito , sr. JOSÉ FERNANDES FILHO (o Fernandinho).

Em 30 de dezembro de 1944, pelo Decreto nº 1291 foi criada a Comarca de Mantena, sendo o seu primeiro Juiz de Direito o sr. Dr. OSVALDINO DE PAULA SALAZAR.

Pertencem à Comarca de Mantena os Municípios: Mendes Pimentel, Itabirinha de Mantena, Central de Minas, São João do Manteninha e Nova Belém.

O nome "Mantena" é indígena e quer dizer: "Terra Boa - Solo Fértil".

Era verdade, o Município começou a experimentar uma expansão econômica e geográfica das maiores, recebendo famílias que vinham de diversas localidades para cá.

A produção de café e a extração de madeiras, atraía a atenção de todos, inclusive das pessoas do Espírito Santo, começando aí a triste história do Contestado.

A revolta do Contestado foi um conflito desde o começo do povoado entre o Estado do Espírito Santo e Minas Gerais, que só terminou quando o Supremo Tribunal Federal estabeleceu os limites entre os dois Estados. Foi assinado um tratado que estabeleceu a paz, entre os dois governadores interessados: JOSÉ MAGALHÃES PINTO - MG e FRANCISCO LACERDA DE AGUIAR - ES, em setembro de 1963.

A partir desta data o Município continuou sua expansão, baseando sua economia principalmente na produção de café, o que veio contribuir também para a sua estagnação econômica devido à queda do preço do café no mercado mundial.

Atualmente, o Município de Mantena vem lutando contra esta estagnação diversificando sua economia, mas este processo é lento e doloroso para toda a população.

HISTÓRICO DE MANTENA

"DE PATRIMÔNIO A MUNICÍPIO"
MANTENA que significa terra boa e fértil, está localizada no leste de Minas, Vale do Rio Doce, na fronteira com o Espírito Santo.
O Município teve, anteriormente, dois nomes: o de "Barra do Córrego dos Ilhéus", em virtude de sua localização nas margens do Córrego de propriedade do Sr. Cândido Ribeiro Gonçalves, vulgo, Cândido Ilhéu, e, mais tarde, o de "Patrimônio de Benedito Quintino" em homenagem ao ilustre Dr. Benedito Quintino, Diretor do Departamento Geográfico do Estado e considerado um grande desbravador da região.

A região foi inicialmente desbravada pelos exploradores desejosos de se apossarem das terras e pelos padres Capuchinhos, FREI SERAFIM DE GORÍZIA, FREI ÂNGELO DE SASSOFERATO, FREI GASPAR DE MÓDICA e FREI INOCÊNCIO DE COMISO.

O primeiro morador do local, onde hoje se ergue a cidade de Mantena, foi o Sr. EMILIANO FERREIRA JUNIOR, que partindo do município de Ipanema/MG., em 1933, e atravessando o rio Doce na pedra da Lorena, acima da cidade de Aimorés/MG., em busca de matas, subiu a serra do Cuparaque/MG. E cruzou as águas do São José em plena mata virgem atingindo a barra do ribeirão dos Ilhéus, onde fez a primeira derrubada. Seus companheiros eram FRANCISCO PERIGOSO, ANTÔNIO PERIGOSO E CÂNDIDO RIBEIRO GONÇALVES, conhecido pelo alcunha de "Cândido Ilhéu".

Emiliano Peneira Júnior apossou-se da barra do córrego dos Ilhéus até a confluência do Córrego do Turvo. Francisco Perigoso limitou sua posse com o Córrego do Turvo e Antônio Perigoso apossou-se das margens do ribeirão São Francisco.

No início de 1934, Emiliano Ferreira Júnior perdeu sua primeira filha, de nome Elisa, sepultada no local onde se encontrava a Capelinha de Santo Antônio de Mantena e hoje se encontra o Cruzeiro, na Praça Santa Luzia; e, desgostoso com esse acontecimento, vendeu sua posse para Cândido Ribeiro Gonçalves que a doou mais tarde a Santo Antônio de Mantena.

A região do braço sul do São Mateus ou Cricaré, onde está situado o município de Mantena, pertenceu desde a fundação de Filadélfia, em 1852 até 1918 ao Distrito de Itambacuri/MG., do município de Teófilo Otoni. Com a emancipação de Itambacurí aquela região ficou pertencendo ao novo Município.

Em 17 de dezembro de 1.938, pela Lei n0 158, foi criado o distrito de Bom Jesus do Mantena, compreendendo toda a região do São Mateus do Sul, com a participação do distrito de Lajão que se tomou município de Conselheiro Pena/MG.

Em 30 de dezembro de 1944, o Governador do Estado assinou o Decreto-Lei n0 1.011 criando a Comarca de Mantena. Sua instalação solene se deu em 1º de janeiro de 1945, sendo seu 1º Juiz o Dr. OSVALDLNO DE PAULA SALAZAR que não permaneceu aqui por muito tempo. Em seu lugar foi designado o Dr. ONOFRE ESTEVES OTONI que permaneceu na Comarca até 1959,

O afastamento de Fernandinho deveu-se a volta à legalidade no Brasil, após a queda de Getúlio Vargas. Era preciso se afastar do governo para disputar as eleições gerais marcadas.

Em um curto período de tempo foram nomeados outros interventores que se sucederam até por horas à frente do Município. São eles:

• Dr. Aduvaldo Santos Pinto (1946) -2 meses;

• José Maria Camargo (1946) -4 meses;

• Dr. Adolfo Mário de Oliveira (1946) - 6 meses;

• Capitão José Meira Júnior (1947)

Fernandinho disputou as eleições e foi eleito, sendo seu mandato de 1948 a 1951, A seu lado surgiu a primeira Câmara de vereadores formada pelos senhores:

• PASTOR ANSELMO LUIZ CANTUÁRIA;

• CORNÉLIO FERNANDES DE ARAÚJO;

• PASTOR DAVID DE ALMEIDA LEITÃO;

• JARDAS RESENDE BOECHAT;

• JOSÉ SECUNDINO DA FONSECA

• PEDRO CIRILO DE PAULA;

• JOSÉ ROMERO DUQUE - 10 PRESIDENTE;

• JOÃO GOMES VIEIRA;

• JOSÉ DE SOUZA FERREIRA

• SEBASTIÃO COELHO BASTOS;

• WALDIR PEREIRA DA SILVA;

• LIMIRO CALDEIRA HORSTH.

Naquela época a composição distrital do município era a seguinte: Sede, São João do Manteninha, Itabirinha. Santo Agostinho de Minas, Água Doce do Mantena e Barra do Ariranha.

Provando que a denominação MANTENA - Terra Boa - era verdadeira, esse Município começou a experimentar uma expansão econômica e geográfica das maiores, recebendo famílias que se deslocavam dos diversos pontos do Estado para essa região. A produção de café e a extração de madeira atraia a atenção de todos, inclusive de pessoas do Espírito Santo, e ai começa a triste história do contestado.

A revolta do contestado foi um conflito desde o começo do povoado, entre o Estado do Espírito Santo e Minas Gerais, que só terminou quando o Supremo Tribunal Federal estabeleceu os limites entre os dois Estados. Foi assinado um Tratado que estabeleceu a paz entre os dois governadores interessados: JOSÉ DE MAGALHÃES PINTO / MG. E FRANCISCO LACERDA DE AGUIAR / ES., em setembro de 1.963.

Em 9 de dezembro de 1.963, o Diário Oficial do Estado de Minas Gerais publicava a Resolução 569, do Governador Magalhães Pinto. Nela, estava definida, junto ‘a Lei 2084 do Estado do Espírito Santo, a linha divisória do município, entre os dois Estados ao norte do Rio Doce, com as delimitações que tem hoje.

Desde então, ainda governaram este Município os seguintes Prefeitos:

• JOSÉ ROMERO DUQUE - 1951 / 1955

VICE: ANTONIO JACINTO COIMBRA

• DR. DOMINGOS JORIO FILHO - 1955 / 1959

VICE: WALDIR PEREIRA DA SILVA

• JOSÉ ROMERO DUQUE - 1959 / 1963

VICE : FRANCISCO VASCONCELOS DE OLIVEIRA

• WALDIR PEREIRA DA SILVA - 1963 / 1967

VICE : FRANCISCO FERNANDES DE ASSIS

• DR JOSÉ MONTEIRO DA GAMA NETO - 1967 / 1970

VICE: ERMANO BATISTA FILHO (Com a renúncia de José Monteiro em 2 de junho de 1969, assumiu o cargo de Prefeito Municipal o vice Ermano Batista Filho).

• ERMANO BATISTA FILHO - 1970 / 1971

• ADRIÃO BAIA - 1971 / 1973

VICE : HÉLIO OUTRA DE MEDEIROS

• DR. ERMANO BATISTA FILHO - 1973 / 1977

VICE : JOÃO JOSÉ DE CARVALHO

• ADRIÃO BAIA - 1977 / 1983

VICE: JOEL GARCIA DOS SANTOS

• JOEL GARCIA DOS SANTOS - 1983 / 1987

VICE: URIEL ANTÔNIO MOREIRA

• FERNANDO SATHLER MOL - 1988 / 1992

VICE : LAIR BATISTA DE SOUZA

• JOEL GARCIA DOS SANTOS - 1993 / 1996

VICE : MARCOS ANTÔNIO VIEIRA CAMPOS

• VICENTE DE PAULA MARINHO - 1997 / 2000

VICE : ADRIÃO BAIA



Resumo da história contada pelos familiares de Alfredo Julião da Silva, um dos fundadores do município, e aqui transcrita por seu neto, Paulo Afonso da Silva.

Tudo começou quando alguns agricultores tiveram notícia de terras devolutas cedidas para ocupação produtiva na região. Nesta leva de colonos, que saíram de várias regiões circunvizinhas, estava Alfredo Julião da Silva, nascido em 9 de janeiro de 1880 em Catas Altas da Noruega, cidade do Vale do Rio Doce, próxima a Belo Horizonte.

Na época estas caravanas de colonos se formaram com homens deixando mulheres e filhos em casa e partindo com suas tropas de burro, em busca de terras para plantar. Cada família se apossou de um pedaço de terra, dando início ao povoamento da região. Estes mesmos colonos cederam terra para formaçao da sede do município.

Durante muitos anos, esta região constava nos mapas como Região do Contestado (ou Região Contestada) reivindicada pelos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Na década de 1950, houve até envio de tropas militares mineiras, com armas de combate, para defender a região. O assunto só foi resolvido quando houve uma negociaçao efetiva entre os governos dos dois Estados.