Em meados do século XVII, Antônio Filgueiras,
Januário Carneiro e Matias Cardoso com suas célebres bandeiras, chegaram até o norte de Minas,
onde ofereceram combate aos terríveis indígenas que então habitavam aquela região.
Os coroados, vermelhos, tapuias, chacribás, jamelas e rodelas, dominavam as margens do São
Francisco e somente depois de terríveis batalhas cederam terreno aos conquistadores que chegavam.
Com a fuga dos índios que afinal se evadiram vencidos, para os sertões goianos, puderam os
vencedores fundar pequenos arraias, iniciando dessa forma o domínio da região, onde o ouro e as
pedras preciosas abundavam.
Filgueiras instalou em São Caetano do Tapuré — um dos arraias — o primeiro engenho de rapadura,
cuja inauguração verificou-se por volta de 1694.
Ainda nesse arraial, que dispunha, a 5 léguas de distância, de um porto no rio São Francisco, no
lugar denominado Mangas, foi também edificada a primeira igreja católica que existiu na região.
O lugarejo Manga, em virtude dos grandes pastos existentes, teve desenvolvimento rápido por ser um
posto que, na época, servia a inúmeras localidades vizinhas.
Como os habitantes locais davam-se à criação de cachorros, o lugar foi chamado também ″Manga dos
Cachorros″.
No início do século XIX, Amador Machado construiu um curral a 1 quilômetro de ″Manga dos
Cachorros″ para a criação de gado vacum, e isto serviu para que pouco depois o povoado tomasse o
nome de ″Manga do Amador″.
Em seguida veio o povoado a ser conhecido como ″Santo Antônio do Manga″ ou ″Manga de Santo Antônio
e foi nessa fase que alcançou grande desenvolvimento, pois se tornou centro das atividades de
intelectuais, padres e sobretudo da figura notória na época, considerado o primeiro ditador da
América do Sul, o português Manoel Nunes Vieira, ex-mascate, que comandou a célebre revolta dos
Emboabas.
A Lei Estadual nº 2, de 14 de setembro de 1892, criou o Distrito, com sede em São Caetano do
Tapuré e idêntico nome, integrante do quadro administrativo do município de Januária.
Por força da Lei nº 843, de 7 de setembro de 1923, criou-se o município de Manga, instalado a 19
de outubro de 1924.
Manga é termo de Comarca de Januária.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação São Caetano do Japoré, pela Lei Estadual nº 2, de 14-09-1891,
subordinado ao município de Januária.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de São Caetano do Japoré, figura no
município de Januária.
Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920.
Elevado à categoria de município com a denominação de Manga, pela Lei Estadual nº 843, de
07-09-1923, desmembrado de Januária. Sede no antigo distrito de São Caetano do Japoré. Constituído
de 3 distritos: Manga (ex-São Caetano do Japoré), Japoré e Matias Cardoso (Morrinhos), o primeiro
criado pela mesma lei do município o segundo adquirido do município de Januária. Instalado em
19-10-1924.
Pela Lei Estadual nº 921, de 24-12-1926, é criado o distrito de Inhumas ex-povoado e anexado ao
município de Manga.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 3 distritos:
Manga, Inhumas e Matias Cardoso. Não figurando o distrito de Japoré.
Assim permanecendo em divisões territoriais datada de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo Decreto Estadual nº 148, de 17, de 12-1938, é criado o distrito de São Sebastião dos Poções,
com terras desmembradas do distrito de Inhumas e anexado ao município de Manga.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos:
Manga, Matias Cardoso e São Sebastião dos Poções.
Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31-12-1943, o distrito de Inhumas tomou o nome Nhandutiba.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 4 distritos: Manga,
Nhandutiba, Matias Cardoso e São Sebastião dos Poções.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela Lei Estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Manga o distrito de São
Sebastião dos Poções, para formar o novo município de Montalvânia. Pela mesma lei estadual foram
criados os distritos de Juvenília, Miravânia e Monterei e anexados ao município de Manga.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 6 distritos: Manga,
Juvenília, Matias Cardoso, Miravânia, Monterei e Nhandutiba.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-I-1979.
Pela lei nº ,de , o município de Manga adquiriu do município de Montalvânia o distrito de Porto
Agrário.
Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído de 7 distritos: Manga, Juvenília,
Matias Cardoso, Miravânia, Monterei, Nhandutiba e Porto Agrário.
Pela Lei Estadual nº 10704, de 27-04-1992, desmembra do município de Manga o distrito de Matias
Cardoso. Elevado á categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 6 distritos: Manga, Juvenília,
Miravânia, Monterei, Nhandutiba e Porto Agrário.
Pela Lei Estadual nº 12030, 21-12-1995, desmembra do município de Manga os distritos de Juvenilia,
Monterei e Porto Agrário, para formar o novo município de Juvenilia. E, ainda pela mesma lei
estadual desmembra do município de Manga o distrito de Miravânia. Elevado á categoria de
município.
Em divisão territorial datada de 2001, o município é constituído de 2 distritos: Manga e
Nhandutiba.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração nímica distrital
São Caetano do Japoré para Manga, alterado pela Lei Estadual nº 843, de 07-09-1923.
Referencias:
IBGE
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