O
povoamento da região de Itajubá começou em fins do século XVII, quando
Borba Gato e outros bandeirantes descobriram ouro. O apetite pelo ouro e
pedras preciosas, levaria à formação de povoados nos sul do estado de
Minas Gerais.
Entre bravos e arrojados povoadores estava Miguel Garcia
Velho, fundador da primitiva Itajubá, que durante a corrida à exploração
de pedras preciosas, descobriu as minas de Nossa Senhora da Soledade de
Itajibá, hoje cidade e município de Delfim Moreira, núcleo inicial da
atual cidade de Itajubá.
O povoado chamou-se Soledade de Itajibá. Em 1703,
nas imediações de Passa-Quatro, Miguel seguiu pelos vales de Bocaina,
afastando-se, pois da rota já trilhada por outros exploradores, a qual ia
dar no Rio Verde e Baependi.
Transpôs a Serra dos Marins e o planalto do
Capivari, no qual andou descobrindo algumas pintas de ouro. No Córrego
Alegre e nas águas do Tabuão encontrou maiores indícios do cobiçado metal.
Pretendia alcançar a Serra de Cubatão, mas a mina do Itajibá foi a que
mais o seduziu, e onde permaneceu por mais tempo, dando início ao povoado.
Fundação
Na noite de 17 de março de 1819
Em 1848 o povoado passou a vila, com o nome de Boa Vista de Itajubá, e a
partir daí foi criado o município. Em 1911, o município já se chamava
simplesmente Itajubá. Antes mesmo da abolição da escravatura em 1888,
todos os fazendeiros da região libertaram, de comum acordo, os escravos da
região.
Mais historia,
ANCHIETA Couto de
Magalhães e Moreira Pinto explicam que o vocábulo "Itajubá, significa pedra amarela", isto é, ouro, ou
então, "Itajubá" - madeira da localidade, de cor amarelo vivo; entretanto, temse como versão exata a dos
historiadores Geraldino Campista e J. Armelim Bernardo Guimarães, que entendem que a palavra quer dizer:
"cachoeira", "cascata", "rio das pedras".
Itajubá foi o terceiro topônimo dado à localidade. De início denominou-se Boa Vista e depois, com a
construção do primeiro templo, chamou-se Capela Nova.
Em fins do século XVII o Padre João de Faria, seu cunhado Antônio Gonçalves Viana e outros bandeirantes,
sob o comando de Borba Gato, encontraram ricas zonas de garimpagem na legendária Mantiqueira, na área em
que mais tarde se constituiria o Itajubá Velho, ou seja, o atual Município de Delfim Moreira.
Em 1740, novos
descobridores foram atingindo a localidade aí erguendo suas casas. Formou-se o arraial ao qual se chamou
"Descoberto", e que foi logo transformado em vila e denominado "Soledade de Itajubá".
Ao tempo em que era vigário colado o padre Lourenço da Costa Moreira, o povoado já não se apresentava aos
olhos dos garimpeiros como zona rica. Abandonado pelos descobridores que desceram o Sapucaí e
instalaram-se cinco léguas abaixo, passou a ser conhecido como Itajubá Velho.
Em 19 de março de 1819, ocorria a fundação de Itajubá, então chamada Boa Vista.
A nova povoação da Boa
Vista prosperou rapidamente, sempre atraindo os habitantes da antiga localidade. Os habitantes de
Boa Vista de Itajubá obtiveram outra imagem de Nossa Senhora da Soledade e a entronizaram festivamente.
O Município tem seu nome ligado a alguns dos mais importantes fatos da nossa História, como a
Inconfidência Mineira, a Guerra do Paraguai, a I e a II guerras mundiais e principalmente a Abolição,
quando por um acordo entre si, os senhores do Município, antes da sanção do Decreto, concederam liberdade
aos seus cativos, apoiando a ação dos que lutavam com essa finalidade. O acontecimento mereceu louvores
nos meios abolicionistas e José do Patrocínio denominou Itajubá a "Cidade da Luz".
Formação Administrativa e Judiciária EM 18 de setembro de 1753, o arraial denominado Soledade de Itajubá
foi elevado à categoria de curato. Esse curato passou a .ser conhecido como Itajubá Velho, em conseqüência
do surgimento de um novo núcleo populacional, perto de Boa Vista, ao qual todos passaram a chamar de
Itajubá.
Formação Administrativa
Em 14 de julho de 1832, Decreto imperial criou a freguesia de Boa Vista de Itajubá. Em virtude de sua
franca prosperidade, seu território foi desmembrado do de Campanha, por força da Lei nº 355, de 27 de
setembro de 1848, recebendo foros de vila e de cabeça do Município. A instalação ocorreu em 27 de junho de
1849.
Com o sancionamento da Lei provincial número 1.149, de 4 de outubro de 1862, a sede municipal foi elevada
à categoria de cidade.
Refere-se à criação do distrito-sede a Lei estadual nº 2, de 14 de setembro de 1892.
Na Divisão Administrativa de 1911 e nos quadros da apuração do Recenseamento Geral de 1920 o Município se
denominava simplesmente Itajubá e se dividia em 3 distritos: Itajubá, Soledade de Itajubá e Piranguçu.
Essa composição
distrital se manteve até 1938, quando, por força do Decreto-lei estadual nº 148, de 17 de dezembro, que
fixou o quadro territorial do Estado para vigorar no qüinqüênio 1939-1943, o Município de Itajubá perdeu o
distrito de Delfim Moreira (ex-Soledade de Itajubá), incluído no Município de mesmo nome. Dessa forma
Itajubá figurou apenas com o distrito-sede de Piranguçu.
De acordo com o quadro da divisão territorial judiciário-administrativa do Estado, fixado pelo Decreto-lei
estadual nº 1.058, de 31 de dezembro de 1943, para vigorar no qüinqüênio 1944-1948, compunha-se de 3
distritos; Itajubá, Bicas do Meio c Piranguçu.
Constituído dos distritos de Itajubá, Bicas do Meio, Lourenço Velho e Piranguçu nos quadros fixados pelas
leis números 336, de 27 de dezembro de 1948 e 1.039, de 12 de dezembro de 1953, para vigorar nos períodos
do 1949-1953, 1954-1958, respectivamente, assim permaneceu na Divisão Territorial de 1960.
Por força da Lei estadual nº 2.764, de 30 de dezembro de 1962, os distritos de Piranguçu e Bicas do Meio
foram desmembrados para a constituição dos municípios de Piranguçu e Wenceslau Braz, respectivamente. Em
conseqüência, Itajubá passou a figurar com dois distritos: o da Sede e o de Lourenço Velho, situação que
ainda permanece.
Itajubá é sede de Comarca da 3.ª entrância. Sua jurisdição se estende aos municípios de Delfim Moreira,
Marmelópolis, Piranguçu e Wenceslau Braz.
Referencias:
Wikipédia
IBGE
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