Diz a tradição que em
fins do século XVII, quando três rapazes, procedentes de São Paulo ? os
irmãos Coelho ? transitavam por certo trecho da estrada que ligava
Pitangui a Sabará, foram irresistivelmente atraídos pela beleza
panorâmica daquela região e pela amenidade de seu clima, resolvendo, por
isso mesmo, ali permanecer, para se dedicarem à agricultura.
Dentre os primeiros habitantes da povoação, destaca-se a figura do
alferes Miguel da Silva Fernandes, a quem se atribuem os mais relevantes
serviços prestados ao nascente povoado.
As primeiras edificações surgiram na fazenda ?Dona Izabel?, onde se
erguem uma igreja sob a invocação de Santa Quitéria, cuja imagem e altar
foram trazidos de Portugal pelos irmãos Coelho, e ainda hoje podem ser
vistos na Matriz de Esmeraldas.
Gentílico: Esmeraldense
Formação Administrativa
Por Decreto imperial de 14 de julho de 1832, foi criada a freguesia de
Santa Quitéria ( A Lei Estadual n.º 2, de 14 de setembro de 1891,
confirmou o citado Decreto imperial de 1832).
Em 1855, foi eleito o 1.º Conselho Distrital de Santa Quitéria
(Esmeraldas).
A Lei estadual n.º 319, de 16 de setembro de 1901, criou o município de
Santa Quitéria (Esmeraldas), com território desmembrado do de Sabará.
Em 2 de janeiro de 1902, foi instalado o município. Então se compunha
dos seguintes distritos: Santa Quitéria, Capela Nova do Betim, Contagem
e Vargem do Pântano.
A divisão administrativa do Brasil, datada de 1911 e os quadros de
apuração do Recenseamento Geral de 1.º-IX-1920, apresentam o município
de Santa Quitéria composto de dois distritos: Santa Quitéria e Capela
Nova de Betim.
Por força da Lei estadual n.º 843, de 7 de setembro de 1923, o distrito
de Capela Nova (ex-Capela Nova do Betim), foi desfalcado de parte de seu
território, a fim de constituir o novo distrito de Betim, do mesmo
município de Santa Quitéria. De acordo com a citada Lei n.º 843, os
distritos de Santa Quitéria, cuja sede foi elevada à categoria de
cidade, por efeito da Lei estadual n.º 893, de 10 de setembro de 1925.
No quadro da divisão administrativa, datada de 1933, o município de
Santa Quitéria continua constituído pelos mesmos distritos. Dá-se o
mesmo nos quadros das divisões territoriais de 31-XII-1936 e 31-XII-1937,
bem como no anexo ao Decreto-lei-estadual n.º88, de 30 de março de 1938.
Em virtude do Decreto-lei Estadual n.º 148, de 17 dezembro de 1938,
Santa Quitéria perdeu o distrito de Betim e o território do extinto
distrito de Capela nova, anexados que foram ao novo município de Betim.
Assim, nos quadros da divisão territorial vigente no quinquênio
1939-1943, fixados pelo mencionado Decreto-lei nº 148, compõem o
município apenas dois distritos: o de Santa Quitéria, que ficou
aumentado de uma faixa de terras desmembrada do distrito de Fortuna; e
Melo Viana ? ex ? Palmital ? transferido do município de Sete Lagoas.
Pelo Decreto-lei estadual n.º 1,058, de 31 de dezembro de 1943, que
dispõe sobre a divisão territorial, administrativa e judiciária do
Estado para vigorar no quinquênio 1944-1948, o município de Santa
Quitéria passou a denominar-se Esmeraldas e adquiriu o distrito de
Andiroba (ex-Buriti), transferido do município de Sete Lagoas.
Ainda de conformidade com o citado Decreto-lei número 1058, o munícipio
recém-criado ficou composto dos seguintes distritos: Esmeraldas (ex ?
Santa Quitéria), Andiroba (ex-Buriti) e Melo Viana.
De acordo com as divisões territoriais e judiciário-administrativas
datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, bem como o anexo do Decreto-lei
estadual n.º 88, de 30 de março de 1938, o município de Santa Quitéria
foi um dos termos da comarca de Belo Horizonte.
Por efeito do Decreto-lei estadual n.º 148, de 17 de dezembro de 1938
que fixou a divisão territorial vigente em 1939-1943, o termo de Santa
Quitéria foi transferido para a recém-criada comarca de Betim.
Em 14 de julho de 1947, de acordo com o Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias do Estado de Minas Gerais, art. 25 o termo
de Esmeraldas foi elevado à categoria de comarca de primeira entrância.
Sua instalação se verificou em 15 de novembro de 1948, sendo seu
primeiro Juiz de Direito o Sr. Dr. Alfredo Gouveia.
Autor do Histórico: WELLINGTON RICARDO ESTANISLAU RIBEIRO
Fonte: IBGE
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