O Maranhão é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no
oeste da região Nordeste e tem como limites o Oceano Atlântico (N), o Piauí
(L), Tocantins (S e SO) e o Pará (O). Um pouco Maior que a Itália e um pouco
menor que a Alemanha, o estado ocupa uma área de 331.983,293 km². A capital
é São Luís, e outras cidades importantes são Açailândia, Imperatriz, Timon,
Caxias, Codó, Bacabal, Balsas e Santa Inês.
Localização: Região Nordeste.
Ponto mais alto: localizado na Chapada das Mangabeiras (804 metros)
Região Nordeste
- Estados limítrofes Piauí, Tocantins e Pará
- Mesorregiões 5
- Microrregiões 21
- Municípios 217
Capital São Luís
Área
- Total 331.983,293 km² (8º)
População
- 2006 estim. 6.184.538 hab. (10º)
- Densidade 18,6 hab./km² (16º)
PIB 2004
- Total R$16.547.000 (17º)
- Per capita R$2.748,00 (27º)
IDH (2000) 0,636 (27º) – médio
- Esper. de vida 66,4 anos (26º)
- Mort. infantil 46,3/mil nasc. (26º)
- Analfabetismo 23,8% (24º) |
Bandeira do Maranhão |
Brasão do Maranhão |
Habitante: maranhense
Principais Municípios: São Luís, Imperatriz, Caxias, Codó, Santa Luzia,
Bacabal.
Atividades Econômicas: extração de babaçu e cera de carnaúba, pecuária
(bovinos, suínos), avicultura, agricultura (milho, arroz, mandioca, feijão,
algodão, cana-de-açúcar, laranja), pesca (camarões, lagosta) e minerais
(calcário, gás natural, gipsita, petróleo e sal marinho).
Geografia
Estado referente à região do Nordeste brasileiro. O Maranhão tem fronteiras
estaduais com os seguintes Estados: Piauí (ao leste), Tocantins (ao
sudoeste) e Pará (ao oeste). Ao norte, o Estado é limitado pelo Oceano
Atlântico. São Luís é a capital do Estado e sua cidade mais populosa,
situada na região da costa atlântica, apresentando um litoral bastante
recortado.
Hidrografia
A rede hidrográfica maranhense é, em sua maior parte, pertencente à bacia do
Norte e Nordeste. Entre os principais rios do Estado se encontra o
Paranaíba, dividido com o Piauí na região fronteiriça entre os dois Estados.
Outros rios que banham o território do Maranhão são o Gurupi (zona de
fronteira com o Pará), o Tocantins (zona de fronteira do Maranhão com
Tocantins), Turiaçu, Itapecuru, Pindaré, Grajaú e Mearim.
Lista de Rios do Maranhão
Rio Gurupi
Rio Itapecuru
Rio Mearim
Rio Munim
Rio Parnaíba
Rio Pindaré
Rio Tocantins
Rio Turiaçu
Clima e Vegetação
A característica climática predominante no Maranhão é configurada como
tropical. As temperaturas médias anuais são superiores a 24°C, enquanto os
índices pluviométricos variam entre 1500 e 2500mm anuais. As chuvas no
território do Maranhão caracterizam duas áreas distintas: no litoral as
chuvas são mais abundantes, enquanto no interior são mais escassas. Outro
fator condicionante do clima no Estado é sua posição geográfica, dividida
entre a área situada no complexo amazônico, ao noroeste, onde o clima tende
à caracterização como equatorial, e a área situada na região semi-árida do
Nordeste brasileiro. O fator condicionante do clima é responsável pela
distinção entre algumas áreas de vegetação: ao noroeste há a presença da
Floresta Amazônica ou Hiléia Brasileira, sendo esta região também conhecida
como Amazônia Maranhense; nas regiões de clima caracterizado como tropical,
predomina o cerrado, ao sul do território estadual; no litoral, há a
presença do mangue; ao leste, numa zona de transição entre o cerrado e a
floresta equatorial, há a Mata dos Cocais, de vegetação relativamente
homogênea, onde predomina o babaçu (Orbignya martiana), de grande
importância econômica para o Estado.
Relevo
O relevo maranhense é basicamente dividido em duas grandes áreas: a região
de planície no litoral e a região de planalto nas demais áreas do Estado. A
planície caracteriza-se pela presença de tabuleiros (pequenos platôs) e
baixadas alagadiças. Esta região de planície chega a avançar, a partir de
sua região central, em direção ao interior do território. Quanto ao
planalto, com forma tabular e de formação basáltica a partir do mesozóico,
há a presença de áreas de chapadas, com escarpas que constituem, por
exemplo,as serras da Desordem, da Canela e das Alpercatas.
A população indígena do Maranhão está entre as mais significativas do país
do ponto de vista numérico, sendo estimada em pouco mais de 12,2 mil
habitantes. Está dividida em dezesseis grupos, sendo que quatorze destes já
vivem em áreas demarcadas para si pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio).
Como nos demais Estados nordestinos, a população maranhense também enfrenta
problemas infra-estruturais, como a rede hospitalar insatisfatória, em que
grande parte dos estabelecimentos são mantidos por entidades privadas. Outro
grave problema social trata-se dos conflitos rurais resultados da baixa
condição econômica dos trabalhadores rurais, destituídos de terras próprias
para o cultivo e a subsistência.
Economia
As atividades econômicas predominantes no Estado do Maranhão são a
agropecuária e o extrativismo vegetal: o arroz é o principal produto
agrícola, em conjunto com o milho, a mandioca, o feijão e a cana-de-açúcar;
o babaçu é o produto de extração de extrema importância para a economia do
Estado, seguido da carnaúba.
A pecuária regional tem os bovinos, caprinos, asininos e suínos entre seus
principais rebanhos.
O cultivo agrícola é desenvolvido sobretudo nas regiões dos vales do Pindaré
e do Mearim.
No período entre os anos de 1949 e 1953, a pesca maranhense esteve no
primeiro lugar em termos de produção nacional. Já as atividades industriais
são restritas; há no Estado a participação dos setores industriais
alimentícios, madeireiros e de processamento de alumínio.
Etnias
O Maranhão é um dos estados mais miscigenados do país, o que pode ser
demonstrado pelo número de 68,8% de pardos auto-declarados ao IBGE,
resultado da grande concentração de escravos indígenas e africanos nas
lavouras de cana, arroz e algodão; os grupos indígenas remanescentes e
predominantes são dos grupos linguísticos Jê e Tupi. No tronco Macro-Jê
destaca-se a família Jê, com povos falantes da língua Timbira (Mehim),
Kanela (Apanyekra e Ramkokamekra), Krikati, Gavião (Pukobyê), Kokuiregatejê,
Timbira do Pindaré e Krejê. No Tronco Tupi a família tupi-guarani, com os
povos falantes das línguas Tenetehára: Guajajara, Tembé e Urubu-Kaapor, além
dos Awá-Guajá e e um pequeno grupo Guarani. concentrados principalmente na
pré-Amazônia, no Alto Mearim e na região de Barra do Corda e Grajaú.
Os afro-descendentes são maioria da população, devido ao forte tráfico
negreiro entre os séculos XVIII e XIX, que trouxe milhares de negros da
Costa da Mina e da Guiné. Muitas das tradições maranhenses tem a forte marca
das culturas africanas: culinária (Arroz de Cuxá), religião (Tambor de Mina
e Terecô), festas (Bumba-Meu-Boi e Tambor de Crioula) e músicas (Reggae).
Atualmente, o Maranhão conta com mais de 700 comunidades quilombolas em toda
região da baixada, rio Itapecuru e Mearim.
A população branca, 24,9% é quase exclusivamente descendentes de
portugueses, dada a pequena migração de outros europeus para a região. Ainda
no início do século XX a maior parte dos imigrantes portugueses era oriunda
dos Açores e da região de Trás-os-Montes. Também no século XX vieram
contigentes significativos de sírios e libaneses, refugiados do desmonte do
Império Otomano e que hoje têm grande e tradicional presença no estado. A
proximidade com a cultura portuguesa e o isolamento do estado até a metade
do século XX gerou aqui um sotaque próprio e ainda bastante similar ao
português falado em Portugal, praticando os maranhenses uma conjugação
verbal e pronominal vizinha àquela lusitana.
Gentílico
Maranhense
Hora local
A mesma em relação a Brasília.
Hino do Maranhão
I
"Entre o rumor das selvas seculares,
Ouviste um dia no espaço azul, vibrando,
O troar das bombardas nos combates,
E, após, um hino festival, soando.
Estribilho
Salve Pátria, Pátria amada!
Maranhão, Maranhão, berço de heróis,
Por divisa tens a glória
Por nome, nossos avós.
II
Era a guerra, a vitória, a morte e a vida
E, com a vitória, a glória entrelaçada,
Caía do invasor a audácia estranha,
Surgia do direito a luz dourada.
III
Quando às irmãs os braços estendeste,
Foi com a glória a fulgir no teu semblante
E foi sempre envolta na tua luz celeste,
Pátria de heróis, tens caminhado avante.
IV
Reprimiste o flamengo aventureiro,
E o forçaste a no mar buscar guarida
Dois séculos depois, disseste ao luso:
- A liberdade é o sol que nos dá vida.
V
E na estrada esplendente do futuro,
Fitas o olhar, altiva e sobranceira,
Dê-te o porvir as glórias do passado
Seja de glória tua existência inteira."
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Hino do estado do
Maranhão
Letra por Antônio
Baptista Barbosa de Godois
Melodia por Antônio
dos Reis Raiol |
Referências
Wikipédia
Ache Tudo e Região
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