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  HISTORIA DE SANTA TERESA  
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Santa Teresa é também chamada "Beija-flor do Espírito Santo", graças à abundância destas aves na região e, principalmente, por ser a terra onde nasceu e viveu o cientista Augusto Ruschi - pioneiro nas pesquisas com beija-flores. O município possui uma das mais exuberantes biodiversidades do mundo, e está cercado pelas montanhas da região serrana do Espírito Santo, com cerca de 40% de seu território composto de Mata Atlântica, atualmente devastada e os beijas flores em risco de extinção.

A história de Santa Teresa se inicia em 1875, quando chegaram os primeiros imigrantes italianos, trazidos pela expedição Tabachi. Já em 1877 chegaram os primeiros alemães, suíços e poloneses. Estes imigrantes se dedicaram à agricultura, tendo de início, além da cultura do café e cereais, realizado algumas experiências bem sucedidas, semelhantes às culturas do Trentino, pátria de origem de muitos imigrantes, tais como a videira e o bicho da seda. Mas a cultura que se desenvolveu de fato foi a do café, que perdura até nossos dias como principal produto agrícola da região. A pequena Vila rapidamente se desenvolveu e já em 1891 foi criado e instalado o Município de Santa Teresa.


Personaldades

Augusto Ruschi

Nascido em Santa Teresa, em 12 de dezembro de 1915, Ruschi teve uma vida marcada pelo amor à natureza. Estudou diversas espécies de plantas e animais, ficando mais conhecido pelos estudos com orquídeas e beija-flores. Foi defensor incansável da natureza, tendo participação decisiva na criação de áreas de conservação no Estado do Espírito Santo. Fundou o Museu de Biologia Mello Leitão, em 26 de junho de 1949, a maior glória de sua vida. Augusto Ruschi assombrou os maiores especialistas do mundo com sua sabedoria e conhecimento, tornando-se mundialmente famoso com contribuições importantíssimas para a humanidade.

Aos 22 anos, tornou-se professor titular de Botânica da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e cientista pesquisador do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que pertence à UFRJ, o que muito contribuiu para o seu aperfeiçoamento científico e para o desenvolvimento de suas pesquisas, que foram fundamentais para o conhecimento da fauna e flora da Mata Atlântica. Ruschi diversificou bastante seu ramo de atividades.  Além de cientista, tornou-se ecologista, agrônomo, botânico, ornitólogo, topógrafo e advogado. Dentre tantos outros, realizou os projetos dos Trochilidários para os Zoos de Washington, San Diego e Filadélfia.  Planejou e superintendeu os trabalhos de parte Ornitológica do Parque Nacional del Este , em Caracas, Venezuela, para o Ministério de obras Públicas.

Foi uma das poucas vozes que se ergueram no período do Governo militar para denunciar a derrubada de áreas na Amazônia, o que ele considerava  ser o maior crime que se pode cometer contra a vida no planeta, assim como os equívocos no projeto de ocupação desta região. Da vasta obra escrita deixada por Ruschi, destacam-se os livros Aves do Brasil volumes I e II, Beija-flores do E. Santo, Beija-flores do Brasil Volumes IV e V, Fitogeografia do Estado do Espírito Santo, Orquídeas do Espírito Santo, Agroecologia, entre outros.  Autor de um dos maiores acervos existentes sobre a Mata Atlântica, deixou, também, significativas contribuições em estudos de morcegos, macacos, bromélias, orquídeas e impacto ambiental.

Ao longo de sua brilhante e fiel trajetória  foi reconhecido e homenageado com o recebimento de troféus , Placas, Medalhas, Moeda de prata, lançada em comemoração ao 10º Aniversário do Banco Central do Brasil, e, também, pelo Banco Central do Brasil em 1987, teve sua imagem gravada na nota de 500 cruzeiros.

Foi homenageado  pela Lei nº 8.917 de 13 de Julho de 1994, que lhe concedeu  o título de “Patrono da Ecologia do Brasil”, em virtude de seus inúmeros feitos à Pátria e à ciência. Seu nome foi dado ao mais importante prêmio da Ecologia Nacional – “Medalha Augusto Ruschi”, que instituída pela Academia Brasileira de Ciências, é concedida a cada 4 anos, com o objetivo de contemplar cidadão brasileiro que tenha feito contribuição relevante nas áreas de Ecologia e da Conservação da Natureza.

Faleceu em 03 de junho de 1986 e foi sepultado na Estação Biológica de Santa Lúcia, onde desenvolveu grande parte de seu estudos.

Graça Aranha


Escritor e diplomata maranhense (21/6/1868-26/1/1931).

Nascido em São Luís, José Pereira da Graça Aranha forma-se em direito no Recife. Ingressa na carreira diplomática e serve em Londres, Oslo, Haia e Paris. Em 1897, mesmo sem ter nenhum livro publicado, é membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Seu romance Canaã, ambientando no Vale do Canaã em Santa Teresa, lançado em 1902, causa grande impacto. Por abordar um tema social, a obra é inovadora para a época.

Pronuncia duas conferências, em 1922 e 1924, conclamando seus pares acadêmicos a aderir ao espírito renovador do modernismo. Numa memorável sessão da Academia, em 1924, põe-se à frente dos renovadores e enfrenta os passadistas liderados por Coelho Neto. As conferências de 1922 e 1924 são depois reunidas no livro O Espírito do Moderno (1925). Em 1930 publica o romance A Viagem Maravilhosa, obra em que a opinião dos críticos da época se dividiu em louvores e ataques. Na França publicou, em 1911, o drama "Malazarte". De 1920, já no Brasil, é "A estética da vida" e, três anos mais tarde, "A correspondência de Joaquim Nabuco e Machado de Assis".

Morre no Rio de Janeiro, antes de concluir a autobiografia “O Meu Próprio Romance”, lan����������������������������ada postumamente.

Referencia
Biblioteca publica
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