Tem-se notícia de que o povoamento inicial do
município ocorreu em 1844, nas margens do riacho
São João, afluente do rio Santo Antônio, num
planalto de 'gerais' denominado 'campos de São
João', por criadores de gado. Estes adquiriram
tratos de terras do sargento-mor Francisco José
da Rocha Medrado, proprietário de vasta extensão
territorial do interior da Província naquela
época. O primeiro colonizador a instalar-se ali
foi o tenente Manoel Lourenço Pinto, antes de
meados do século XIX.
No entanto, o fator
decisivo de colonização, povoamento e
consequente criação do município liga-se ao
ciclo das atividades mineradoras de diamantes,
que Spix e Martius descobriram na serra do
Sincorá, em 1822. Ao percorrerem o interior da
Província, quando garimpeiros emigrados de
Tijuco e de outros pontos de Minas Gerais e de
Santa Isabel do Paraguaçu descobriram, no leito
do córrego que divide a sede do município em
duas partes, diamantes com abundância, o que fez
incentivar a procura de novos garimpos onde o
trabalho de extração de pedras preciosas fosse
mais aconselhável.
Como era natural, a
notícia do descobrimento correu célere e, dentro
de curto período, grande quantidade de
garimpeiros se deslocam para as margens daquele
riacho diamantino.
A tradição de ganância
dos garimpeiros no trabalho de procura de
jazidas ou 'serviços ricos' não permitia que
estes cuidassem do problema de suas habitações,
contentando-se em se instalarem nas tocas,
grutas ou grunas, nas casas cobertas de palha ou
de capim da serra, sustentadas de simples
esteios. O crescimento vertiginoso da população,
decorrente dos lucros auferidos pela atividade
extrativa, trouxe pessoas outras para exercerem
artes e ofícios, negociantes de vários ramos,
bem como gente de todas as classes atraídas pela
fama da riqueza da região.
Na época houve falta
de moradia para tanta gente, já que não havia
material de construção no local. Para contornar
a situação, muitos começaram por improvisar
casas com paredes e cobertura de pano branco de
algodão grosso, tecido este usado para as vestes
dos garimpeiros.
Tais casas tanto
serviam para negócios quanto para moradias e, em
pouco tempo, havia grande número delas,
aparentando, à distância, lençóis brancos
estendidos.
Esta fase das casas de
paredes e cobertura de pano passou rápida, dando
lugar ao início das construções de taipa e
cobertas de telha, quando começa a se verificar
a afluência de pessoas abastadas, vindas do
recôncavo, do litoral, do alto sertão da Bahia e
da Província de Minas Gerais. Dentre os que
deram grande concurso à formação inicial do
município, salienta-se o Comendador Antônio
Botelho de Andrade, natural de Minas Gerais, mas
vindo de Chapada, cujas caravanas históricas
apresentavam nas suas viagens características
principescas, tal o vulto da grande bagagem, a
quantidade do rebanho de animais empregados, bem
como número de escravos e a criadagem que
ocupava, além dos membros da família e
acompanhantes.
Não tardou a elevação
do povoado à categoria de distrito, em 1852.
A Comercial Vila dos
Lençóis foi elevada à categoria de cidade com o
topônimo Lençóis em 1864.
Formação
Administrativa
Elevado à categoria de
vila e distrito, com a denominação de Lençóis,
pela Lei Provincial n.º 604, de 18-12-1856,
sendo desmembrado do município de Santa Isabel
do Paraguassu. Sede na antiga povoação de
Lençóis. Constituído do distrito sede. Instalado
em 12-04-1858.
Pela Lei Provincial
n.º 899, de 15-05-1863, é criado o distrito de
Seabra e anexado ao município de Lençóis.
Elevado à condição de
cidade, com a denominação de Lençóis, pela Lei
Provincial n.º 946, de 20-05-1864.
Pela Lei Provincial
n.º 2.652, de 14-05-1889, é desmembrado do
município de Lençóis o distrito de Vila Agrícola
de Campestre, elevado à categoria de vila.
Em divisão
administrativa referente ao ano de 1911 o
município é constituído de 2 distritos: Lençóis
e Cravada.
Nos quadros de
apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920 o
município aparece constituído de 2 distritos:
Lençóis e Estiva ou Santo Antônio da Cravada.
Pela Lei Municipal n.º
3, de 25-05-1923, é criado o distrito de Afrânio
Peixoto com território do extinto distrito de
Santo Antônio da Cravada.
Pelo Decreto n.º
7.479, de 08-07-1931, Lençóis adquiriu o
território do extinto município de Wagner, como
simples distrito.
Em divisão
administrativa referente ao ano de 1933 o
município é constituído de 3 distritos: Lençóis,
Afrânio Peixoto e Wagner. Assim permanecendo em
divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e
31-XII-1937.
Pelo Decreto-lei
Estadual n.º 141, de 31-12-1943, confirmado pelo
Decreto Estadual 12.978, de 01-06-1944, o
distrito de Wagner tomou a denominação de
Itacira.
Em divisão territorial
datada de 1-VII-1950, o município é constituído
de 3 distritos: Lençóis, Afrânio Peixoto e
Itacira.
A Lei Estadual n.º
1.739, de 20-07-1962, desmembra do município de
Lençóis o distrito de Itacira, elevado à
categoria de município com a denominação de
Wagner.
Em divisão territorial
datada de 31-XII-1962 o município é constituído
de 2 distritos: Lençóis e Afrânio Peixoto. Assim
permanecendo em divisão territorial datada de
2001.
Pela Lei n.º é criado
o distrito de Coronel Octaviano Alves e anexado
ao município de Lençóis.
Em divisão territorial
datada de 2003 o município é constituído de 3
distritos: Lençóis, Afrânio Peixoto e Coronel
Octaviano Alves. Assim permanecendo em divisão
territorial datada de 2014.
Referencias:
Lençóis (BA). In:
ENCICLOPÉDIA dos municípios brasileiros. Rio de
Janeiro: IBGE, 1958. v. 20 p. 388-394.
Disponível em:
http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv27295_20.pdf.
Acesso em: jul. 2015. IBGE Ache Tudo e
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