Em 1860 antes antiga
aldeias de indios pataxós, atraíram diversos exploradores para a atividade de extração, facilitada
pelo acesso pelo Rio Jucuruçu. Por volta de 1895 formou-se um povoado denominado
de Arraial Dois Irmãos.
Durante a Guerra do Paraguai, ali se esconderam alguns
desertores, levando a localidade a receber o topônimo de Escondido. O café tornou-se
a principal fonte de produção do Arraial, o que causou o aumento da população,
estabelecimento de armazéns de compra de café e outros cereais e a venda de
gêneros variados como querosene, sal, tecido, ferramentas. Com a abertura de
estradas no qual deram o nome de BR101.
A cidade prosperou. Em 1961,
foi elevado a Município, desmembrando-se de Prado e recebendo o nome de Itamaraju.
Seu nome se deu a lingua
tupi-guarani, povos descendente de índios e negros,
Mais historia
Região onde a mata tinha seu
domínio absoluto árvores frondosas e muita madeira de lei, teve assim a
floresta como primeiro fator a atrair a exploração da terra no interior do
município de Prado. Como via de acesso ao Rio Jucuruçú, navegável por mais
de 50 km em linha reta se medidos por terra, paralelamente ao curso do
rio, para pequenas embarcações. Por volta da segunda metade do século
passado, começava-se a extrair madeira para exportação. Sendo Salvador e
outros contos os principais consumidores.
Durante a Guerra do Paraguai, fazia-se sorteio entre homens em idade
variada para o serviço militar para engressarem-se às fileiras do
exército. Foi então que, em Monte Gordo e Açu da Torre, norte do Estado
entre tantos outros, foram sorteados Francisco Nascimento dos Santos e o
seu genro, Teoclosio Batista, que tomaram a drástica decisão de não
atenderem ao chamado da lei, iriam de contra as normas. Perseguidos foram
presos.
Certa noite, ainda antes de entrarem em mobilização depois de uma
ligeira luta no acampamento desamarraram e dominaram o sentinela e
conseguiram fugir enquanto o outro dormia. Evadindo, procuraram um cidadão
influente no lugar, João Vieira, compadre de Francisco em busca de
proteção. Conhecendo a gravidade da situação, Vieira não lhes podia dar
guarita, já que eram desertores do exército contudo, não os entregou.
Amigo de Olinto Garcia Marcial pediu que o levasse para sua exploração de
madeira no sul.
Vieram como tripulantes no navio de Marcial para o Prado.
Ali contudo, não acharam conveniente que ficassem, nem mesmo na frente de
trabalhos na extração de madeira de Marcial, dada a fluência constante de
trabalhadores provindo do Nordeste.
Sob autorização de Garcia Marcial subiram o rio e estabeleceram-se no
sítio Laje, a cerca de 50 km de Prado, à margem direita do rio. Mas para
maior segurança, ali somente apareciam à noite, para dormir. Durante o
dia, passavam na outra margem, a 1 km acima junto a confluência do
córrego, hoje do cemitério entre o Ribeirão do Ouro e o Córrego Desejo.
Ali fizeram roças, abrindo clareiras na florista, começaram a plantar
feijão, cana, banana, arroz, mandioca e milho. Edificaram barracas à
margem do extenso pântano. O que iam produzindo era ali mesmo vendido para
o patrão.
Fim da guerra, havia já, mais de 3 anos, e não se comunicavam com os
familiares que desconheciam completamente seu paradeiro, foram abordados
por Garcia Marcial para retornarem ao seio de seus familiares. Entretanto,
já se achavam adaptados ao novo ambiente. A despeito de tantas situações
adversas, não queriam mais abandonar a terra da proteção. Aqui seria,
doravante, sua terra e a de seus entes queridos. Uma terra boa onde apesar
das imensas dificuldades teriam de ganhar a vida. Pediram, portanto a
Olinto Garcia Marcial trouxesse lhe todos os familiares. Ainda temerosos,
nem lá iriam buscá-los. O compadre João Vieira os fala embarcar, com os
pertences.
Ao todo 12 familiares. Aqui chegando, essas famílias. Armaram barracas
junto as já existentes por Francisco e Teodósio. Inicialmente palhoças.
Surpresa bastante com o cenário da imensidão da floresta e a precariedade
do ambiente e da vida no lugar onde eram então bruscamente arrastados.
Dona Martinha, esposa de Francisco, como saudação ao esposo, havia tanto
tempo que não o via quase gritando interpela-o, “É nesse lugar Francisco,
que você está escondido segundo o senhor Cândido Nascimento dos Santos,
neto de Francisco aqui nascido em 1893 e que nos forneceu os principais
dados aqui registrados veio dessa interpretação o topônimo Escondido com
que, o lugar foi distinguido a povoação aqui surgida em 1895, no mesmo
local das barracas iniciais onde as famílias permaneceram. Ele ainda
reside no mesmo trecho.
A localidade durante muito tempo serviu de ponto de empório de Olinto
Garcia Marcial. Com a morte deste, as terras foram vendidas a José Ramos,
outro capitalista interessado na cultura do café. José Ramos manteve as
suas atividades no outeiro. De José Ramos, as terras passaram a seu filho,
Liourgo Ramos, que vendeu a área de 500 ha a um grupo de moradores do
lugar, tendo à frente Faustino Pereira de Melo. Essa sociedade assim
formada nunca foi extinta, embora seus sucessores, ou melhor os sucessores
dos adquirentes, perdessem o controle de suas terras, razão portanto está
a municipalidade, mesmo constituída à nível local, nunca até 1982, quando
obtém acordo com o INCRA e o Governo Estadual ter pedido de liberar
legalmente sobre elas, como terras públicas.
O café tornou-se a principal fonte de produção da região por volta de
1895, o Sítio das Barracas, como também era conhecido, passou a constituir
o Arraial do Escondido. Interessados na cultura e comércio do café, muitos
começaram a deslocar para o lugar. Estabeleceram-se armazéns de compra de
café e outros cereais e a venda de gêneros variados como querosene, sal,
tecido, ferramentas.
A povoação se desenvolveu relativamente rápido. Inicialmente o Arraial
denominava-se Dois Irmãos, logo consolidando-se o topônimo de Escondido.
Assumindo faros de cidade foi lhe atribuindo o topônimo de Itamaraju.
A atual cidade de Itamaraju (município), nasceu de um povoado denominado
Dois Irmãos, em louvor aos Santos padroeiros Cosme e Damião. Tinha uma
pequena rua, tortuosa (atual 5 de outubro) e com não mais de 150 casas,
inclusive barracos, na sua maioria construídos de taipas, cobertas com
telhas de tabica, palha, de tijolos, e telhas de barro, no máximo umas
cinco casas. Embora fizesse parte do município de Prado, existia uma
Sociedade particular que o administrava e cobrava aforamento aos seus
habitantes: fazia parte dessa Sociedade Virgulino Pereira, Cândido
Nascimento, José Guilherme da Rosa, Nestor Camão e outros, quase todos
falecidos.
ESCONDIDO – com o progresso do povoado, tendo como fator a cultura e
produção do cacau, café madeira de Lei, o povoado passou a se denominar de
Vila de Escondido, passando a fazer parte da divisão Administrativa do
município do Prado como o terceiro Distrito.
Não parou aí o seu
desenvolvimento. As vias de transportes que eram feitas através de lombos
de animal cavalar e por via fluvial – rio jucuruçu, passaram em parte a
serem feitas através de estradas de rodagem, de terra, que mal dava para
passagem de um veículo, Instrasitável nas épocas chuvosas, tendo como
pricipais obstáculos as ladeiras da Sapucaieira, Duas Barras, Riacho das
Pedras, Atividade, Tururim, Furado e do Ribeirão; contudo, essa estrada
foi que levou a redenção a Vila de Escondido, surgindo emigrantes de
outros municípios e Estados, com isso, a Vila cresceu desordenadamente;
época em que pela primeira vez seu povo viu o cinema falado (sonoro), de
16 e a luz elétrica (10 postes) fornecida gratuitamente pelo proprietário
do cinema, José Fontes Almeida, através da energia produzida pelo grupo
gerador do seu cinema.
Esse cinema dava sessões a noite nos dias de
domingo, pois, aos sábados, as sessões eram realizadas na cidade (Prado),
cujo transporte de todo material e equipamento, devido a precariedade de
transporte rodoviário, era feito via fluvial, em canoa a motor e pôpa
(tudo de propriedade do mesmo), cuja viagem era feita semanalmente, e se
gastava 12 hora rio acima e 8 horas rio abaixo, isso quando o rio estava
com água e não tivesse entulhos de baronesa, o que era normal.
Por volta
do ano de 1930, devido a forte neblina na região, um pequeno avião, tipo
Teco-teco, pertencente a Air France (Cia, Latecoere), perdeu o rumo e fez
uma aterrisagem forçada na Vila, no local onde existia uma lagoa, hoje
Mercado Municipal. Esse avião foi transportado para a cidade de Prado via
fluvial em duas canoas juntas.
Formação
Administrativa
Distrito criado com a
denominação de Escondido pela Lei Municipal de
1896, subordinado ao município de Prado.
Em divisão
administrativa referente ao ano de 1911, o
distrito de Escondido, figura no município de
Prado.
Assim permanecendo em
divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Elevado à categoria de
município com a denominação de Itamaraju pela
Lei Estadual n.º 1.509, de 05-10-1961, sendo
desmembrado de Prado. Sede no atual distrito de
Itamaraju. Constituído de 2 distritos: Itamaraju
e Jucururu, ambos desmembrados de Prado.
Instalado em 07-04-1963.
Em divisão territorial
datada de 31-XII-1963 o município é constituído
de 2 distritos: Itamaraju e Jucururu. Assim
permanecendo em divisão territorial datada de
1988.
A Lei Estadual n.º
4.847, de 24-02-1989, desmembra do município de
Itamaraju o distrito de Jucururu, elevado à
categoria de município com a denominação de
Jucuruçu.
Em divisão territorial
datada de 1991 o município é constituído do
distrito sede. Assim permanecendo em divisão
territorial datada de 2014.
Referencia
IBGE
Wikipedia
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