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SECRETARIA DE TURISMO
Av Soares Lopes, 1136
Centro - Ilhéus-Bahia, CEP: 45.650-000
(73) 3234-5050 Ramal 205
E-mail: turismo@ilheus.ba.gov.br
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A grande vocação de São Jorge dos Ilhéus
As belezas
naturais e a magia de São Jorge dos Ilhéus foram os dois ingredientes
fundamentais para consolidar o principal pólo turístico da Costa do Cacau
e o terceiro da Bahia -depois de Salvador e Porto Seguro -, que recebe
por ano uma média de 220 mil visitantes e conta hoje, com uma
infra-estrutura de apoio com 193 hotéis e pousadas, somando oito mil
leitos, além de acessos rodoviários, um moderno aeroporto e o Porto
Internacional do Malhado, que avança majestoso pelo mar aberto como um
grande braço de pedra, com quase 1,5 quilometro de extensão.
Embora rica em
belezas naturais ressaltadas por todos os que a conheceram no passado
como o historiador Aires de Cazal, o príncipe naturalista Maximiliano
Wied Neuwied ou pesquisadores como Von Spix e Von Martiuns, que a
visitaram ainda no século XIX e falavam das belezas telúricas de uma terra
graciosa, com uma paisagem encantadora e de extensas praias como
coqueirais selvagens, a descoberta da vocação turística de Ilhéus
ocorreu em função da crise que se abateu sobre a lavoura cacaueira,
dizimada em conseqüência da vassoura-de-bruxa. A crise despertou os
empreendedores ilheenses para a vocação natural da cidade, o que foi
impulsionado por empresários como o suíço Hans Koella, que implantou o
hotel Jardim Atlântico; o engenheiro Hans Schaeppi, que comanda o Ilhéus
Praia Hotel, o Pontal Praia Hotel e uma fábrica de chocolate caseiro ou
Edney Espírito Santo, que depois depois de implantar o Canabrava Resort e
o Opaba, investe US$ 600 mil num grande projeto de lazer e turismo em
Olivença.
O exemplo
destes empreendedores é seguido por outros empresários e recentemente, na
rodovia Ilhéus/Itacaré, zona norte de Ilhéus, foi inaugurado o Éden
Village Aparthotel. Segundo o gerente de operações da empresa, George
Washington Lins, o mesmo grupo internacional tem interesse de investir em
Ilhéus, principal pólo da Costa do Cacau, com a implantação de um projeto
ecoturístico.
Praias
Illhéus é fascinante também por causa de suas belas praias, muitas delas
ainda selvagens. São mais de 80 km de praias, tanto para o norte, como a
do São Miguel, do São Domingos, Juerana, Barra Nova, Tulha, Mamoan e Ponta
do Ramo, como no sul, onde aparecem como destaques a dos Milionários, uma
das mais movimentadas; Curupe, Backdoor, Olivença, Canabrava e do Acuípe.
Neste conjunto vasto e de belezas ressaltadas estão as badaladas e as
quase desertas, que permitem a privacidade por muitos desejada.
Mas como
turismo não é só praia e belezas naturais, a imponência dos seus prédios e
palácios representa um misto do simbolismo e o poder dos coronéis na
construção da civilização do cacau. O governo tem investido também na
recuperação de prédios e equipamentos como o Palácio Paranaguá, o Teatro
Municipal, Bataclan e na reurbanização do Quarteirão e Casa Jorge Amado,
homenagem a um escritor que revelou Ilhéus para o mundo com romances como
Gabriela, São Jorge dos Ilhéus, Cacau e Terras do Sem Fim, traduzidos em
mais de 50 países.
Centro de
Convenções
Já Centro
de Convenções Luís Eduardo Magalhães, com capacidade para 2,5 mil pessoas,
na avenida Soares Lopes, fortalece os hotéis e pousadas localizadas na
área central da cidade e abriu novas perspectivas para o turismo de
negócios.
Ilhéus conta
ainda com opções como Olivença, a única estância hidromineral litorânea no
país, além da capela de Nossa Senhora Santana, uma das primeiras
construídas no país, no Rio do Engenho e a Lagoa Encantada, uma área de
preservação ambiental, que se complementa com as caldeiras do Almada.
Para o verão deste ano, o presidente da
Ilhéustur, Romualdo Pereira espera um aumento significativo na quantidade
de atracações de transatlânticos, que saltou de seis em 2001 para 19 no
ano passado, com uma permanência média na cidade de 8 a 10 horas. . Ilhéus
também investe no ecoturismo, explorando os filões abertos pelas novelas
globais Gabriela e Renascer, que a tornaram nacionalmente conhecidas, mas
não foram exploradas pelos governos passados, que perderam uma excelente
oportunidade.
Um crescimento de 10% ao ano
Num país
com a economia praticamente estagnada ao longo dos últimos anos, o setor
turístico em Ilhéus vem apresentando indicadores positivos. O secretário
de Turismo, Romualdo Pereira, lembra que no ano de 2000, a cidade recebeu
180 mil turistas, passando para 200 mil em 2001 e atingiu a marca de 220
mil em 2002, um crescimento de 10% ao ano, segundo dados da Bahiatursa.
Observa que o turismo não representa para o município apenas um aumento na
arrecadação de ISS, fortalecendo as receitas próprias, mas tem efeito
multiplicador na própria economia, gerando emprego e renda.
O setor gera
na atualidade 2,8 mil empregos diretos, vem atraindo investimentos
inclusive de grupos internacionais e representa uma opção fundamental para
a economia do município, que dependia da monocultura do cacau.O
secretário destaca que o trabalho desenvolvido nas gestões do prefeito
Jabes Ribeiro na área de infra-estrutura tem servido para consolidar
Ilhéus como um pólo turístico regional, apresentando um crescimento
substancial e atraindo investimentos públicos e privados.
Outro fato
importante está ocorrendo agora, segundo Pereira, quando o grupo português
Luanda Bahia assume a administração do Canabrava Resort, "o que abre
portas para podermos vender o destino Ilhéus na Comunidade Econômica
Européia, pois temos agora o suporte de uma unidade de bandeira
internacional", com possibilidades de novos investimentos externos.
Gastos
O secretário Pereira pontua que o passageiro vindo de um navio em viagem
de cruzeiro gasta em média num único dia US$ 50 , em restaurantes, táxis e
compras no comércio. Já o turista convencional deixa em média US$ 19 por
dia, mesmo no caso daqueles que se hospedam em casa de parentes e amigos.
E o turista estrangeiro, com maior padrão de renda, na maioria, opta por
hotéis e pousadas de melhor qualificação e têm um gasto diário de US$ 100.
Já o turista de negócios, que é hoje outra opção para Ilhéus em função do
Centro de Convenções Luis Eduardo Magalhães, apresenta um gasto diário de
US$ 70 dólares.
Uma visão de futuro
Com uma visão holística sobre a questão do turismo, o prefeito Jabes
Ribeiro considera que o setor não envolve apenas praias, mas um complexo
de fatores ligados à melhoria contínua da infra-estrutura, valorização das
belezas naturais e sua preservação, história, cultura, lazer e tudo mais,
o que exige não apenas investimentos e políticas de governo, como também
uma efetiva participação do empresariado e da própria comunidade no
processo, por ser uma atividade que precisa ser estimulada de forma
permanente.
“Fizemos muito
e queremos fazer ainda mais para mudar e melhorar a cidade, apesar de
imensas dificuldades econômicas que enfrentamos”, afirma o prefeito. Ele
destaca projetos como o de consolidação do pólo de Olivença, que apresenta
avanços em termos de organização e estruturação, com festas populares
consolidadas, como a Puxada do Mastro e o Ilhéus Forró, além de outros
eventos do calendário turístico, como o Carnaval Cultural e a Semana Jorge
Amado de Arte e Cultura.
Ações
Ribeiro destaca ainda o conjunto de ações estruturantes para dotar a
cidade de condições básicas para receber os 220 mil turistas que devem
visitar Ilhéus em 2003, com investimentos no resgate do patrimônio
histórico e em políticas ambientais. A estratégia para o desenvolvimento
do turismo exige ainda investimentos na limpeza urbana, dotar os sítios
históricos de condições de visitabilidade e assim poder atrair um número
crescente de turistas.
Um outro projeto do prefeito é o de
transformação do Palácio Paranaguá, construído no início do século
passado, no mesmo local onde funcionou durante o período das capitanias
hereditárias um colégio dos jesuítas, no Museu da Cidade. Com isto, a sede
do governo deverá ser transferida para outro local. Um equipamento em
implantação, que visa diminuir o impacto do tráfego de veículos pesados na
área urbana e nos acessos ao Porto Internacional do Malhado, é a
construção do Porto Seco, viabilizado em parceria com a Petrobras.
Pesquisa afirma:
Quem conhece quer voltar
Pesquisa
realizada pela Bahiatursa mostra um dado importante: 92,4% dos visitantes
afirmam que pretendem voltar a Ilhéus. Os pesquisadores entrevistaram
turistas brasileiros e estrangeiros que estiveram na cidade no verão
2002/03. Do total, 92,7% correspondem a turistas nacionais e 8,3% a
estrangeiros, que vieram da Suíça, Argentina, Itália, EUA, Alemanha,
Cuba, Portugal e França, maiores pólos emissores. Segundo a
mesma pesquisa, o mês em que os turistas costumam viajar mais é dezembro
(em 29,0% dos casos); janeiro ( para 28,3%) e julho (para 20,9%). Já o
turista internacional viaja mais no período de julho (25,0%)
Um detalhe
observado pelo secretário de Turismo, Romualdo Pereira, é em relação ao
que mais influenciou na decisão da visita à cidade: para 39,5%, foram os
comentários de parentes e amigos, seguido de propaganda em revistas, com
36,4%, e folhetos, 27,3%. A hospedagem segmentada não classificada
(hotéis e pousadas) foi a mais escolhida pelos visitantes, ficando com
33,7%. Já o índice médio de permanência em Ilhéus aumentou, segundo a
Bahiatursa, para 9,7 dias, o que significa que os turistas estão deixando
mais recursos na cidade.
Sobre a forma
de organização da viagem, 90,7% optaram pela não organizada por Agência,
deixando claro que o mercado ainda é muito grande para as agências de
turismo atuarem mais. Segundo a pesquisa, 67,2% disseram que não era a
primeira vez que vinham a Ilhéus, numa clara demonstração de que os
visitantes retornam sempre a esta cidade.
Recomenda
Outro detalhe é que 95,2% dos entrevistados disseram que recomendariam o
destino para outros amigos, contra apenas 2,6% pontos negativos. As
origens dos visitantes brasileiros entrevistados são os estados de São
Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo,
Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e a própria Bahia, com
bom padrão cultural e de renda, ou seja, formadores de opinião, o que
reforça ainda mais a posição de venda da imagem positiva de Ilhéus e dos
seus atrativos naturais, culturais e arquitetônicos.
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