Poucas eram as
propriedades agrícolas, destacando-se entre elas a fazenda Iracema, do Sr. José
Cândido da Silva, a qual fazia divisa com a Fazenda Planície do Sr. Ramiro
Engrácio de Matos, que foi um dos primeiros fazendeiros desbravadores a chegar à
região por volta de 1923 e em cuja fazenda está localizada hoje a maior parte da
cidade de Iguaí.
Em
22 de maio
de
1929,
Fulgêncio Alves Teixeira, vindo do município de Rio de Contas, chefiando uma
caravana de tropeiros de umas quarenta pessoas, inclusive de sua família, chegou
nesta região, com o objetivo de iniciar a exploração das terras incultas. Pouco
tempo depois vinha também Bráulio Clementino Novaes, trazendo a sua família e
animado com os mesmos objetivos.
No domingo
26 de maio
de
1929,
em reunião informal, reuniram-se alguns moradores locais, na residência de
Fulgêncio Alves Teixeira, e, em meio a uma reunião amistosa, foi anunciada a
idéia da formação de um núcleo urbano, o que foi unanimemente aprovada por todos
que ali se encontravam.
De logo, Manoel Pires da Silva, concordou que fosse a futura povoação
formada em terrenos da fazenda Iracema, de sua propriedade podendo ser escolhido
outro local que oferecesse melhores condições, o que recaiu também sobre as
terras da Fazenda Planície de Ramiro Engrácio de Matos, onde hoje está plantada
a maior parte da cidade de Iguaí.
Foram eleitas as
terras que ficavam nas proximidades do
rio Gongogi,
ou seja, as Fazendas Iracema e Panície. Após acordo entre os interessados, foram
iniciados os trabalhos de medição, pelo agrimensor Valeriano Souza, sob a
orientação e administração de Fulgencio Alves Teixeira, em
21 de setembro
de 1929, tendo começado a construção de casas de sopapo e
adobe
para residências e comércio, cuja inauguração oficial se deu nos princípios do
ano de
1930.
A povoação chamou-se
primitivamente de "Comercinho do Major Fulgêncio", por ter sido ele o pioneiro
na orientação e
administração
da mesma. Mais tarde passou a chamar-se "Lavrinhas", por ser grande parte da
população oriunda da zona das Lavras Diamantinas.
Decorrido algum tempo e em virtude de ficar a povoação às margens do rio
Gongogi, onde os indígenas, primitivos habitantes da região, se abasteciam de
água,
foi-lhe dado o nome de "Iguaí", vocábulo tupi-guarani que quer dizer fonte de
água.
O Decreto estadual
nº 8.021, de
15 de março
de
1932,
criou o distrito de Iguaí com sede no
arraial
do mesmo nome, abrangendo os distritos policiais de Água Fria, Boa Vista e
Ibiporanga e pertencendo ao município de Poções.
Por fôrça da Lei estadual nº 513, de
12 de dezembro
de
1952,
foi elevada à categoria de cidade a vila de Iguaí e criado o município do mesmo
nome com território desmembrado do de
Poções
e constituído de distrito único, o da sede.
O primeiro Prefeito
nomeado de Iguaí foi Anatálio Schettini e o primeiro a ser eleito em eleições
livres foi Carlos Ribeiro Freire que antes era vereador.
Posteriormente, foi
criado o distrito de Ponto Chique, pela Lei estadual nº 628, de
30 de dezembro
de
1953.
Atualmente faz parte de Iguaí, além da séde, os distritos de Iguaibi, Ibiporanga,
Altamira, Ponto Chique e Palmeirinha.