"A história do município tem origem numa
fazenda ocupada por posseiros vindos de Minas Gerais, fundadores de um
arraial, a que denominaram por Jaquetom ou Jaquetão. Em 1940, a área
ganhou prosperidade, devido aos preços do cacau no mercado externo,
cultura introduzida há algum tempo no vale do Buranhém.
Em 1953, ganhava
foros de distrito, subordinado a Porto Seguro, recebendo o topônimo de
Guaratinga, cujo significado é garça branca. Município criado com parte
dos distritos de Guaratinga e Buranhém, desmembrados de Porto Seguro,
por força de Lei Estadual, de 31.08.1961. A sede foi elevada à categoria
de cidade quando da criação do município."
Antes de se chamar Guaratinga já
foi conhecida como Jaquetou e Novo Horizonte e também 'Volta Goma" visto
que todas as especiarias, especialmente a goma, que vinham para serem
vendidas no município, na maioria das vezes voltavam intactas.
A região onde se situa o município de Guaratinga pertencia a Capitania
de Porto Seguro, criada pela carta régia de 27 de maio de 1534.
A cidade teve origem na área da fazenda, o imóvel foi ocupado por aqueles que foram os primeiros moradores
da localidade, que iniciaram o cultivo de mandioca e cereais, atraindo
famílias de Minas Gerais os responsáveis pelo crescimento inicial do
arraial que foi denominado "Jaquetou" ou "Jaquetô".
Por volta de 1940 o arraial de Jaquetô possuía uma extensa área com
plantio de cacau. O produto alcançava bons preços no mercado
internacional dando um grande impulso na economia local.
Durante muitos anos a comercialização dos produtos agrícolas, inclusive o
cacau, e a aquisição de mantimentos eram efetuados na cidade de Porto
Seguro. Sem estradas para tráfego de veículos, o transporte era feito em
tropas de burros.
Com o desenvolvimento do arraial, "Jaquetô" foi transformado em povoado
com o nome de Novo Horizonte. Em 31 de agosto de 1961 se tornou
município, pela Lei n.° 1.466 ao ser desmembrado de Porto Seguro. Sua
instalação se deu em sete de abril de 1963. O município recebeu o nome
de Guaratinga que na língua tupi-guarani significa "Garça Branca".
"Guaratinga é vocábulo indígena que
significa "garça branca". Do tupi guyra: garça; e tinga: branca."
mais historia
Após a invasão dos portugueses em terras antes nunca pisadas por homens
brancos, isso em 22 de abril de 1500, no caso do Brasil, começaram
efetivamente as ocupações dois anos mais tarde. O sistema de
distribuição dessas terras, foi por um instrumento denominado Carta
Régia.
Assim conhecidas doze Capitanias Hereditárias e um sem número de
Sesmarias, pedaço de terra de extensão indefinida, dentro das Capitanias,
em que o sesmeiro deveria cumprir certas obrigações, como o envio de
árvores de valor para a construção naval na metrópole.
De posse destas Cartas Régias, duas famílias que se tornaram poderosas
pela extenção de terras conquistadas e pelos currais de gado montados
pelo interior, passaram a disputar com os índios confederados as terras
do Vale do Rio São Francisco.
A primeira, instalou o seu morgado no litoral baiano, formando a
dinastia da Casa da Torre, dos Garcia d'Ávila. Mas a Casa da Torre,
segundo Pedro Calmon, se distraiu e quando foi advertida, os Guedes de
Brito já tinha montado oito curais de gado, no sertão da Bahia.
O morgado dos Guedes de Brito, conhecido por dinastia da Casa da Ponte,
tornou-se tão poderoso que os Garcia d'Ávila preferiam uma convivência
pacífica a um enfrentamento belicoso. As duas Casas decidiram, então,
repartir entre si a ocupação das terras do Sertão do São Francisco,
considerando-se como os legítimos herdeiros dos despojos de uma guerra
tida como justa.
A guerra travada no Vale do São Francisco contra os nativos teria sido
uma guerra contra pagãos, considerados bichos. A seita católica
praticamente eliminou os índios, simplesmente por eles não conhecerem a
chamada de “’religião de sanguinários”, os pobres e indefesos eram
chamados de pagãos e bichos pelos assassinos católicos, cuja crueldade,
falsidade e ignorância assombram até os dias atuais.
No século XVII, essas terras já integravam a Sesmaria do Itapicurú e Rio
São Francisco, doadas em conjunto ao Mestre de Campos, Antônio Guedes de
Brito e Bernardo Vieira Ravasco, por volta do mês do agosto de 1693.
Com Antonio Guedes de Brito, investido na patente de Mestre de Campos,
coube desbravar o sertão do Vale do São Francisco. Segundo alguns
historiadores, ele teria partido com duzentos homens rumo ao vale, mais
teria sido morto, não completando a sua missão de "pacificar" o vale,
combatendo índios e negros aquilombados. Para o seu posto foi nomeado o
General Mathias Cardoso de Almeida, o qual teria posto fim à desordem
com um verdadeiro massacre de índios e negros.
Entretanto, antes de morrer, Antônio Guedes de Brito, teria constituído
Manoel Nunes Viana como procurador de suas duas filhas: Isabel e Joana
Guedes de Brito. Coube a Manoel Nunes Viana estender os domínios dos
Guedes de Brito, do Morro do Chapéu à Sabarabuçu, hoje Sabará, em Minas
Gerais.
Em 1709, foi fundada a vila de San Joze de Carunhenha, onde foi montado
o seu quartel general. Em 17 de novembro, Manoel Nunes Viana seguiu para
a Capitania de São Vicente, onde lutou na Guerra dos Emboabas,
retornando em 1712, seguindo a rota do ouro pelo Rio das Velhas,
afluente do São Francisco. Finalmente, a Sesmaria de São José de
Carinhanha foi doada ao sesmeiro Athanásio de Siqueira Brandão.
Formação Administrativa
Segundo o livro Tombo do Arcebispado de Pernambuco, a Freguesia de São
José de Carinhanha foi instalada por Portaria de 06/08/1806, quando
pertencia à Diocese de Pernambuco, pelo Bispo Azeredo Coutinho.
Em 1913, Carinhanha passou à categoria de Freguesia de São José de
Carinhanha, pertencente à Comarca do Rio São Francisco, e foi elevada à
categoria de vila em 20 de abril de 1832, sendo inaugurada em 1834.
A emancipação do Município ocorreu em 17 de agosto de 1909, por força do
Decreto Lei nº 762, sendo desmembrada do município de Barra do Rio
Grande.
Referencias;
wikipedia
IBGE
Ache Tudo e Região
|