Amapá - Na língua tupi, o nome Amapá significa O Lugar da
Chuva. Antonio Lopes (TOPÔNIMOS TUPIS, in "Revista de Geografia e
História", nº 2, São Luiz, Maranhão, 1947) diz que Amapá veio de
Ama (Chuva) Paba (Lugar, estância, morada), significando, portanto,
Lugar da Chuva. Esta novidade é citada também por Sarney (SARNEY, José e
COSTA, Pedro, Amapá, a Terra onde o Brasil Começa, Editora do Senado
Federal, 1999.). A tradição diz, no entanto, que o nome teria vindo do
nheengatu, uma espécie de dialego tupi jesuítico, que significa Terra que
Acaba, ou seja: ilha.
O topônimo também reporta à árvore Amapá, da família das
Apocináceas (Parahancornia amapá hub Ducke), muito comum no Pará e Amapá.
Seu leite é usado na farmacopéia regional; é um grande fortificante,
servindo para levantar as forças e estimular o apetite. Seu fruto, da
grossura de uma maçã, roxo-escuro, contém um soco leitoso e pegajoso na
pele; a polpa é doce e saborosa. Amadurece no mês de março. A madeira é
branca, aproveitável na mercenária.
Oiapoque – também vem do tupi, e significa Casa dos Guerreiros
(OIAP, WAIAPI, WAIAP, UIAP + OCA, OQUE, OC, OCCO). O nome WAIAPI,
que lembra os indígenas da reserva atual do Amapari, também significa
parentes. Os Waiapi que teremos a oportunidade de falar mais adiante,
são os mesmos Guaiapi (Guaiapise) que teriam lutado com os Mocura (Mucura,
Mukura) no século XVII, no sul do Pará. Foi o explorador Keymis (Sarney,
José – Amapá, a Terra onde o Brasil ) que em 1596 primeiro deu o nome
Oiapoque ao então rio de Vicente Pinzón.
Oiapoque é um rio que nasce no alto da Serra do Tumucumaque, e despenca
bruscamente, para traçar uma linha precisa, de sudoeste a nordeste, em
direção ao Cabo Orange. Reportagem de
EDGAR RODRIGUES |