PLANTAS ANTIOXIDANTES
Há mais de três milhões de anos um acaso
evolutivo do seu metabolismo fez as algas verde
- azuis começarem a liberar oxigênio, que subira
da superfície das águas e se acumulou na mais
alta atmosfera em forma de 0 3.
Isto formou uma camada protetora aos raios
ultravioletas do Sol, propiciando que os seres
do mundo subaquático, onde a incidência desta
energia letal era pequena, conquistassem a
superfície da Terra.
Este gás oxigênio, em todas as suas formas,
tornou possível a expansão da vida no planeta
porque permitiu, além da proteção às radiações,
uma grandiosa eficiência metabólica com produção
maior e mais rápida de energia que a
fotossíntese.
Este gás que se tornou, extremamente necessário
à vida é bastante tóxico e os organismos tiveram
que sofrer uma grande adaptação bioquímica para
conviver com ele.
Hoje, a sua taxa
na atmosfera é estável em torno de 21 % e se o
índice fosse maior de 25 % haveria no planeta
enormes incêndios, porque ele é altamente
inflamável.
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Se, outrossim,
abaixar de 15% o fluxo deste gás na
cadeia energética das atuais
mitocôndrias não se daria de modo
satisfatório. |
Para manter este quantum nesta faixa, as plantas
contribuem com a sua ainda fotossíntese e os
demais organismos se adaptaram para destruir o
excesso de oxigênio que a própria cadeia produz
como radicais livres.
Altamente
reativos, estes destróem outros elementos com o
objetivo de adquirir elétrons para se
neutralizarem (embora a grande maioria destas
reações ocorram com o oxigênio, não é exclusivo
dele), reduzindo-se então, e oxidando os
elementos que são forçados a ceder os elétrons
faltantes. Daí serem oxidantes. Os elementos
oxidados necessitam, por sua vez, de elétrons e
a cadeia caminha desordenando células, tecidos,
órgãos, sistemas que são obrigados a, sem
poderem, ceder seus elétrons.
Assim, os seres
que sobrevivem às custas deste mecanismo
perigoso se não controlado, adaptaram-se e
contam com mecanismos antioxidantes para coibir
isto, antes que este oxigênio, em suas formas
reativas destrua o próprio organismo.
A poluição, a fumaça, o cigarro, o estresse, o
corte indiscriminado de vegetais estão a fazer
com que o sistema entre em falência por não mais
os organismos conseguirem sozinhos, inibir esta
oxidação, através das substâncias que produzem,
como as enzimas dismutase superóxida, peroxidase
glutationa e catalase. Assim os organismos
precisam de auxílio externo, proporcionado pelas
vitaminas, principalmente as A, C e E, os
flavonóides, os carotenos (e carotenóides =
xantofilas) e pelos minerais como o selênio e o
germânio, por exemplo.
Estes elementos que o organismo não tem em sua
dispensa, ou os tem pouquíssimo, devem ser
obtidos via alimentação, como preceituam a
medicina naturalista, a trofoterapia, a medicina
ortomolecular e a fitoterapia, já que as plantas
são as grandes fontes destas substâncias.
Trabalhando com as vitaminas e minerais citados
como exemplo, temos que:
VITAMINA A, um grupo de compostos lipossolúveis
e portanto acumuláveis nos corpos, pode ser
disponível ao organismo sob a forma de
retinóides, provenientes de alimentos de origem
animal e de carotenóides, de origem vegetal, que
na verdade é um percursor da vitamina A, só se
transformando nela conforme a necessidade
orgânica. Por esta propriedade os carotenóides
não são tóxicos, como a vitamina já formada,
retinóides, de origem animal e que são
cumuláveis.
É essencial para a função sensível da retina,
para o crescimento e para a manutenção dos
epitélios. Também aumenta o poder do sistema
imunológico e é grande antioxidante por absorver
a energia da espécie ativa do oxigênio chamada
singlet, talvez a mais ávida por elétrãos. Ajuda
a recompor a vitamina C desgastada em alguns
processos metabólicos, ela também grande
antioxidante.
Pode ser conseguida, por meio de pró-vitamina A
nas plantas alfafa (Medicago sativa L),
Alcachofra (Cynara scolymus L), abacateiro (Persea
gratissima Gaertn), urucum (Bixa orellana L,B.
arborea Hubr), trigo(gérmen) (Triticum sativum
Lank) Spirulina maxima, urtigas (U. dioica L ou
U. urens e U. pilulifera). O abacateiro, o alho
(Allium sativum L), o sabugueiro (Sambucus nigra
L), a malva (M. sylvestris L), a fáfia (Pfaffia
sp), as urtigas, o dente-de-leão (Taraxacum off.
Weber), a videira (Vitis vinifera), o albicoco (Prunus
armeniaca L)) e as algas Macrocystis pyrifera
tem vitamina A.
VITAMINA C - Também conhecida como ácido
ascórbico é indispensável à manutensão das
cartilagens, dentes, veias, artérias e capilares.
Atua beneficamente nas glândulas e na pele,
pigmentando-a; auxilia o fígado na formação do
glicogênio, colabora na absorção dos hidratos de
carbono, e trabalha o sistema respiratório,
principalmente aí, e como antiinflamatória
atuando como grande antioxidante.
Acha-se presente nas medicinas alfafa (Medicago
sativa L), rosas (norueguesa é melhor, mas
também na mosqueta=off. rubiginosa, syn. canina
L), mirtilo (Vaccinium myrtillus), agrimônia (A.
eupatoria), urucum (Bixa orellana L=B. arborea
Hubr) cavalinha (Equisetum arvense L), alecrim (Rosmarinus
off.), babosa (Aloe vera L,Aloe vulgar Lank,Aloé
barbadensis Miller), bétula (B. alba), mastruço
(Tropaeolumm majus L), dente-de-leão (Taraxacum
off. Weber), borragem (Borago officinalis L) tem
0,04%, camomilas (Matricaria chamomilla L é um
bom exemplo), fáfia (Pfaffia sp), ulmária (Spiraea
u. L. Filipendula u.(L)M), castanha-da-índia (Aesculus
hippocastannus L) e do Pará (Bertholletia
excelsa Humb. et Bonpi), hibiscus (H. sabdariffa
D. C.), hipérico/hipericão (Hypericum
perfloratum L), losnas (v.g. artemisia
absinthium L), quebra-pedra (Phyllantus niruri
L= 0,4%), crataegus (C.oxyacantha), dróseras (D.
rotudifolia,intermedia e longifolia), malva (M.
sylvestris L), hortelã-pimenta (Mentha piperita
L), cavalinha (Equisetum arvense L), sabugueiro
(Sambucus nigra L), ginseng coreano (Panax
gingeng C. A. Meyer), celidônia (Chelidonium
majus- pequena quantidade), urtigas (U. dioica L
ou U. urens e U. pilulifera), tanchagem (Plantago
maior L), videira (Vitis vinifera), Tília (T.
cordata Mill), algas Macrocystis pyrifera e
muitas ervas usadas como alimentos.
VITAMINA E - também conhecida como (alfa)tocoferol
tem como principal ação regularizar a reprodução,
combatendo esterilidades e evitando abortos,
além de normalizar gestações. Exerce, junto com
a vitamina A, importante ação anti oxidante ao
inibir a peroxidação lipídica.
Age na cicatrização e se peroxida quando é
antioxidante. Atua bem nos processos
inflamatórios. Regenera-se em presença de
vitaminas C, B2 e A. Entre muitas outras ações
retarda o envelhecimento por nos proteger da
poluição do ar.
Alfafa (Medicago sativa L), abacateiro (Persea
americana Mill, syn Laurus persea L=Persea
gratissima de Gaertn), fáfia (Pfaffia sp), trigo
(Triticum sativum Lank), castanha-do-pará (Bertholletia
excelsa Humb. et Bonpi), algas Macrocystis
pyrifera, o alimentício agrião (Nasturtium off),
as castanha-do-pará e de caju, nozes e pistache
são recursos a serem usados em sua falta.
GERMÂNIO - Abundante na natureza, parece nos ser
útil apenas através pela sugestão de estudos há
pouco realizados ( de Kazuhito Asai e outros
mais recentes) que indicam o seu componente
orgânico Ge-132, como estimulante da imunidade e
da destruição de radicais livres do oxigênio.
Russos o estudam como antitumorais. Fucus
vesiculosus, Fucus crispus, ginseng coreano (Panax
gingeng), babosa (Aloe vera L) e alho (Allium
sativum L) são plantas medicinais que o fornecem.
SELÊNIO - observou-se que pessoas que o possuem
em menor quantidade (Gérard Schrauzer, Patric
Holford). As substituições de células
envelhecidas por novas, processo que ocorre com
freqüência em nosso organismo, depende de Ác.
Desoxirribonucleico e Ribonucleico e podem ser
retardadas por oxidações em excesso. O selênio,
antioxidante que reduz a oxidação de pontes
sulfídricas das proteinas e na desnaturação do
colágeno, trabalha aí. É tido como notável
protetor do coração. Há evidências de bom uso na
Síndroma da Imunodeficiência Adquirida (o
Selênio é um elemento chave no sistema
imunológico).
Alho (Allium sativum L), cebola (Allium sepa),
cogumelo (champions e outros), levedura de
cerveja (Saccharomyces cerevisiae), castanha-do-pará,
alguns cereais integrais, são as principais
fontes fitoterápicas.
Além das plantas antioxidantes citadas por
possuir as vitaminas e minerais acima, há muitas
que agem como tal por possuir enzimas,
flavonóides ou outras substâncias não
interessantes ao nosso trabalho de agora. De
exemplo citamos o arroz integral que tem radical
anti hidroxila e antiradical superóxido; o boldo
e o açafrão que bloqueiam a peroxidação lipídica. |
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