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Milho

 
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Se depender do professor Armando Sabba Srur, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), não vai faltar produto diferente para dona Yvette provar. Ele é uma espécie de Professor Pardal - descobre utilidade para tudo, principalmente para partes de alimentos que costumam ir para o lixo.

Foi assim com o sabugo de milho, que até agora só era usado em ração animal. Com a ajuda dos alunos de nutrição, o professor descobriu que o sabugo é riquíssimo em fibra e podia ser uma boa indicação para quem tem prisão de ventre. A palha e os grãos não interessam nesta experiência.

O sabugo é cortado em pedaços, depois é levado ao forno para secar. A farinha do sabugo de milho não é solúvel, ela não se dissolve na água ou no leite, por isso, a melhor forma consumo é usando em receitas de bolos, de massas de pizza, por exemplo.

O professor Sabba preparou um biscoito com a farinha do sabugo de milho. A experiência foi feita em uma fábrica de biscoitos na Região Serrana do Rio. Leva manteiga, açúcar, farinha de trigo, ovos e a farinha do sabugo. O biscoito é crocante e o sabor não decepciona quem experimenta.

A criação do professor foi aprovada no sabor e também como fonte de fibra, para ajudar no funcionamento do intestino. “As fibras, tanto do sabugo quanto da casca do maracujá, são excelentes fontes de fibras, nutrientes e sais minerais. Não podemos abusar deles, mas não há nenhuma contra-indicação”, diz o médico Sérgio Puppin.

Uma vitória para o nosso Professor Pardal dos alimentos, que não se cansa de buscar na natureza a fonte

Informações coletados do globo reporter 23/05/2003

O milho é um conhecido cereal cultivado em grande parte do mundo. É extensivamente utilizado como alimento humano ou ração animal, devido às suas qualidades nutricionais. Existem várias espécies e variedades de milho, todas pertencentes ao gênero Zea.
 

 


Todas as evidências científicas levam a crer que seja uma planta de origem americana, já que aí era cultivada desde o período pré-colombiano. É um dos alimentos mais nutritivos que existem, contendo quase todos os aminoácidos conhecidos, sendo excessões a lisina e o triptofano.

Tem alto potencial produtivo, e é bastante responsivo à tecnologia. Seu cultivo geralmente é mecanizado, se beneficiando muito de técnicas modernas de plantio e colheita. A produção mundial de milho chegou a 600 milhões de toneladas em 2004.

O milho é cultivado em diversas regiões do mundo. Os maiores produtores mundiais são os Estados Unidos. No Brasil, que também é um grande produtor e exportador, São Paulo e Paraná são os estados líderes na sua produção. A maior produção municipal é a de Jataí, em Goiás.

Atualmente somente cerca de 5% de produção brasileira se destina ao consumo humano e, mesmo assim, de maneira indireta na composição de outros produtos. Isto se deve principalmente à falta de informação sobre o milho e à ausência de uma maior divulgação de suas qualidades nutricionais, bem como aos hábitos alimentares da população brasileira, que privilegia outros grãos.

História
Segundo Mary Poll, em trabalho publicado na revista Pnas, os primeiros registros do cultivo do milhos datam de há 7.300 anos, e foram encontrados em pequenas ilhas próximas ao litoral do México, no golfo do México. Seu nome, de origem indígena caribenha, significa "sustento da vida". Alimentação básica de várias civilizações importantes ao longo dos séculos, os Olmecas, Maias, Astecas e Incas reverenciavam o cereal na arte e religião. Grande parte de suas atividades diárias eram ligadas ao seu cultivo. Segundo Linda Perry, em artigo publicado na revista Nature, o milho já era cultivado na América do Sul há pelo menos 4.000 anos.

O milho era plantado por índios americanos em montes, usando um sistema complexo que variava a espécie plantada de acordo com o seu uso. Esse método foi substituído por plantações de uma única espécie.

Com as grandes navegações do século XVI e o início do processo de colonização da América, a cultura do milho se expandiu para outras partes do mundo. Hoje é cultivado e consumido em todos os continentes e sua produção só perde para a do trigo e do arroz.

No Brasil, o cultivo do milho vem desde antes da chegada dos europeus. Os índios, principalmente os guaranis, tinham o cereal como o principal ingrediente de sua dieta. Com a chegada dos portugueses, o consumo aumentou e novos produtos à base de milho foram incorporados aos hábitos alimentares dos brasileiros.

O plantio de milho na forma ancestral continua a praticar-se na América do Sul, nomeadamente em regiões pouco desenvolvidas, no sistema conhecido no Brasil como de roças.

No final da década de 1950, por causa de uma grande campanha em favor do trigo, o cereal perdeu espaço na mesa brasileira. Atualmente, embora o nível de consumo do milho no Brasil venha crescendo, ainda está longe de ser comparado a países como o México e aos da região do Caribe.


Composição
O milho é um dos alimentos mais nutritivos que existem. Puro ou como ingrediente de outros produtos, é uma importante fonte energética para o homem. Ao contrário do trigo e o arroz, que são refinados durante seus processos de industrialização, o milho conserva sua casca, que é rica em fibras, fundamental para a eliminação das toxinas do organismo humano.

Além das fibras, o grão de milho é constituído de calorias, gordura puras, vitaminas (B e complexo A), sais naturais (metal, isuqieo, fóssio, cálcio), óleo e grandes quantidades de açúcares, gorduras e celulose .

Maior que as qualidades nutricionais do milho, só mesmo sua versatilidade para o aproveitamento na alimentação humana. Ele pode ser consumido diretamente ou como componente para a fabricação de balas, biscoitos, pães, chocolates, geléias, sorvetes, maionese e até cerveja.

Apesar de serem usados para fazer pães, o milho não contém a proteína glúten. Isso faz com que os assados de milho não sejam especialmente nutritivos (como é o caso dos assados feitos de trigo).

Usos
O milho é basicamente utilizado na alimentação, seja em forma direta (consumo humano direto), ou indireta (na alimentação de animais).

Uso na alimentação humana direta
Nos Estados Unidos, o uso do milho na alimentação humana direta é relativamente pequeno - embora haja grande produção de cereais matinais como flocos de cereais ou corn flakes e xarope de milho, utilizado como adoçante. No México o seu uso é muito importante, sendo a base da alimentação da população (é o ingrediente principal das tortilhas, e outros pratos da culinária mexicana).

De acordo com a Embrapa, no Brasil apenas 5% do milho produzido se destina ao consumo direto humano.

No Brasil, é a matéria-prima principal de vários pratos da culinária típica brasileira como canjica, cuscuz, polenta, angu, mingaus, pamonhas, cremes, entre outros como bolos, pipoca ou simplesmente milho cozido.

Usos alternativos
O uso primário do milho nos Estados Unidos e no Canadá é na alimentação para animais. O Brasil tem situação parecida: 65% do milho é utilizado na alimentação animal, e 11% é consumido pela indústria, para diversos fins.

Seu uso industrial não se restringe à indústria alimentícia. É largamente utilizado na produção de elementos espessantes e colantes (para diversos fins) e na produção de óleos e de etanol. O etanol é utilizado como aditivo na gasolina, para aumentar a octanagem.

Algumas formas da planta são ocasionalmente cultivadas na jardinagem. Para este propósito, são usadas espécies com folhas de cores e formas variadas, assim como espécies com espigas de cores vibrantes.

Pesquisas genéticas
O milho é a espécie vegetal mais utilizada para pesquisas genéticas. Em 1940, Barbara McClintock ganhou o Prêmio Nobel de Medicina pela sua descoberta de transposons, enquanto estudava o milho.

A produção de milho é uma das mais difundidas entre as de alimentos transgênicos, em parte por que seu consumo é basicamente para ração animal, onde a resistência do consumidor é menor.

Algumas variedades não comerciais e selvagens de milho são cultivadas ou guardadas em bancos de germoplasma para adicionar diversidade genética durante processos de seleção de novas sementes para uso doméstico - inclusive milho transgênico.

Variedades especiais

Milho branco
Uma das variedades mais difundidas no Brasil é o milho branco. Tem como principais finalidades a produção de canjica, grãos e silagem.

A planta tem altura próxima de 2,20 metros, sendo que a espiga nasce a 1,10 metro do solo. A espiga é grande, cilíndrica e apresenta alta compensação. O sabugo é fino, os grãos são brancos, profundos, pesados e de textura média. O colmo tem alta resistência física e boa sanidade. A raiz tem boa fixação.

A planta é especialmente resistente às principais doenças foliares do milho, em diferentes altitudes e épocas de plantio. Podem ser colhidas até duas safras de milho branco por ano.

Em algumas épocas e regiões do Brasil, a cotação da saca de milho branco pode ser até 50% superior à do milho tradicional. O auge da demanda ocorre no período imediatamente anterior à Quaresma, pois a canjica é um prato típico destas festividades.

No Brasil, o milho branco é bastante difundido nos estados do Paraná e São Paulo, mas há também plantações isoladas nos estados de Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso. Entre os principais municípios produtores estão Londrina, Irati e Pato Branco no Paraná, e Tatuí e Itapetininga em São Paulo.

Nos Estados Unidos, a produção de milho branco em 2004 correspondia a 3% do total. Embora ainda minoritário, o milho branco tem ganho espaço no mercado nos últimos anos, e a área plantada tem refletido o aumento na demanda. Um dos motivos é que o mercado reconhece que ainda não existem variedades trangênicas de milho branco, o que automaticamente aumenta seu valor de mercado em nichos específicos.

Classificação científica
Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Poales

Família: Poaceae

Género: Zea
Espécies
Zea diploperennis
Zea luxurians
Zea mays ssp. huehuetenangensis
Zea mays ssp. mays
Zea mays ssp. mexicana
Zea mays ssp. parviglumis
Zea nicaraguensis
Zea perennis



 

 

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