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Parque Nacional da
Restinga de Jurubatiba |
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Parque Nacional da Restinga da
Jurubatiba (ou PARNA de Jurubatiba) é o primeiro
Parque Nacional no Brasil a compreender
exclusivamente o ecossistema de restinga, o menos
representado no Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza. A maioria dos pesquisadores
concorda que Jurubatiba é a área de restinga mais
bem preservada do país e está praticamente intacta.
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A ocupação
imobiliária, esta degradando o local que é
uma área de preservação, mas o poder
econômico fala mais alto, todo o patrimônio
corre risco de extinção, nada esta sendo
feito até o momento. |
Lagoas e bancos de areia
Praia de Carapebus
Localiza-se na
região norte do estado do Rio de Janeiro, no Brasil,
abrangendo as planícies fluviais e marinha do
litoral dos municípios de Quissamã, Carapebus e
Macaé. Compreende uma faixa de orla marítima com
14.860 hectares de área e 44 quilômetros de extensão
ao longo da praia, com cerca de 2 km de largura na
extremidade oeste, ao lado da lagoa Cabiúnas e 4,8
km de largura na extremidade leste (canal de
Ubatuba), com um perímetro de 123 km. Da área total,
62,38% está no município de Quissamã. É administrado
pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio).
Topônimo"Jurubatiba" é um termo oriundo da língua
tupi. Significa "ajuntamento de jeribás", através da
junção de jeri'wa ("jeribá") e tyba ("ajuntamento").
Formação Geológica
Essa restinga, a
maior do país, foi formada a partir do recuo do mar
durante o período Quaternário. A justaposição
sucessiva de depósitos arenosos paralelos à costa
criou dunas de três a oito metros de altura, com até
dez metros de largura, dando origem à planície
arenosa e a, pelo menos, dezoito lagoas.
Os solos são basicamente do tipo regossolo, sendo
também encontrados solos salinos e orgânicos. O
verão é quente e chuvoso e o inverno, mais seco. A
temperatura média anual varia em torno de 22 e 24
graus centígrados e a precipitação anual entre mil e
1 350 milímetros.
Hidrografia
Lagoas pequenas
Canal Campos-MacaéHá pelo menos dezoito lagoas e
centenas de pequenos brejos, cada qual sua
característica físico-química da água e,
consequentemente, com diferente vegetação e animais.
O nível d'água, concentração de nutrientes,
micro-organismos, sais e oxigênio de cada lagoa
varia periodicamente de acordo com diversos níveis
de fenômenos naturais.
As lagoas têm, em geral, o formato alongado quando
mais distantes da costa, que se torna arredondado
quando as lagoas encontram dunas que represam seu
acesso ao mar. É frequente que uma lagoa muito
estreita ou a parte mais alongada desta seja
impropriamente chamada de rio pelos habitantes da
região.
As dimensões das lagoas de Jurubatiba diminuíram
bastante nos últimos 200 anos devido à ação humana,
com a construção de canais artificiais, drenagem de
brejos adjacentes ou utilização de suas águas na
irrigação. As dimensões das lagoas também variam
bastante de acordo com a época do ano; as muito
pequenas praticamente tornam-se charcos no período
de seca.
Seguindo-se no sentido sudoeste-nordeste, as maiores
ou mais conhecidas são:
Lagoa Cabiúnas (coordenadas 22°17.628'S 41°41.451'O)
Lagoa Comprida (coordenadas 22°16.723'S 41°39.415'O)
Lagoa de Carapebus (coordenadas 22°15.107'S
41°35.770'O)
Lagoa Paulista (coordenadas 22°13.775'S 41°02.383'O)
Lagoa Piripiri (coordenadas 22°12.194'S 41°28.068'O
Lagoa do Visgueiro (coordenadas 22°11.494'S
41°25.774'O)
Lagoa Preta (coordenadas 22°10.326'S 41°21.471'O
A região é cortada por inúmeros canais naturais ou
artificiais. O mais longo e famoso é o canal
Campos-Macaé, um canal artificial construído no
metade do século XIX. Este canal vem do bairro do
Engenho em Quissamã pelo brejo do Arrozal, entra na
lagoa do Paulista, e segue cruzando as lagoas de
Carapebus e Cabiúna, para finalmente deságuar na
Barra do rio Macaé. Como não é utilizado para
navegação comercial desde 1863, o canal Campos-Macaé
encontra-se atualmente assoreado e eutrofizado em
boa parte da restinga, sendo parte integrante da
paisagem.
Vegetação
Vegetação praial
Vegetação pós-praia
Mata paludosa
Mata de cordão arenoso
Formação aquática
NinféiasO Parque abrange formações vegetacionais que
variam desde a praia (formação rastejante), passando
por arbustos esparsos, áreas permanentemente ou
periodicamente alagadas, até as florestas altas nos
locais mais distantes do mar. As seguintes formações
fisionômicas são identificada no Parque:
praial graminóide (herbáceas rasteiras na beira da
praia);
pós-praia (arbustiva fechada);
arbustiva aberta de Clusia;
arbustiva aberta de Ericácea;
mata de restinga (periodicamente inundada);
mata paludosa (permanentemente inundada),
mata de cordão arenoso (nas regiões mais úmidas
entre as dunas);
arbustiva aberta de Palmae;
graminóide com arbustos (herbácea brejosa) e
formação aquática.
A vegetação litorânea situada no município de
Quissamã apresenta problemas de permanência, face às
condições desfavoráveis ditados pela natureza dos
solos e pela ação dos ventos. Os solos são pobres em
nutrientes, bastante permeáveis e relativamente
secos nas camadas superficiais, sendo grande a
evaporação a que estão sujeitos. Quanto à ação dos
ventos, esta se traduz principalmente pela
danificação da parte aérea dos vegetais, bem como o
soterramento destes pelas dunas
Atualmente, o Museu Nacional tem um projeto de
levantamento de toda a flora existente no parque,
enquanto outras instituições do Rio de Janeiro, como
a Universidade Federal Fluminense, dedicam-se ao
estudo de diversos outros aspectos da vida vegetal e
animal do local.
Fauna Crustáceos
Identificam-se o siri, o caranguejo e várias
espécies de mariscos.
A lagoa Preta de Jurubatiba é o único lugar do mundo
em que se encontra o micro-crustáceo Diaptomus
azuros, que segundo pesquisadores da UFRJ, só tem
similares na costa oeste da África, provando,
portanto, que este continente já foi unido com a
costa do Brasil em tempos remotos.
PeixesAcará
Bagres
Carapeba
Robalo
Tainha
Traíra
RépteisJacaré do papo amarelo
Jibóia
Cágado do brejo
AvesO trabalho de Zoneamento Agro-ecológico da
Restinga identificou um total de 140 espécies de
aves divididas em 42 famílias, tanto residentes
quanto migratórias.
Papagaio Chauá
Sabiá da Praia
Maçaricos
Jaçanãs
Garças
Frango-d’água
Gavião
Maguari
Carões
Socós
MamíferosLontras
Capivaras
Cachorro do mato
História e condições atuais
Ocupação na praia de João Francisco
Caminho de carros de turismo
Quando o Brasil foi descoberto, a região entre a foz
do rio Macaé e a do rio Paraíba do Sul era ocupada
pelos índios Goitacazes.
O nome do local é oriundo do tupi, composto por
jeribá (uma espécie de palmeira) e tiba (porção),
portanto significando terra de jeribás, ou mais
apropriadamente, terra de plantas espinhosas.
Originalmente, o nome era grafado Jerebatiba.
Depois dos índios Goitacazes terem sido dizimados em
lutas que uniram os portugueses do Espírito Santo
com os índios cristianizados de São Pedro da Aldeia,
a região foi doada em sesmarias aos Sete Capitães.
As terras de restinga ficaram intocadas no seu
interior porque em torno havia terras muito
melhores, seja os campos utilizados para pecuária,
seja os solos solo podzólicos (massapê) bem
irrigados onde se planta cana-de-açúcar.
A única perturbação viria em 1844 quando se iniciou
a construção do canal Campos-Macaé, mas este deixou
de ser utilizado como hidrovia depois de 1873.
A expansão da indústria turística gerou a ocupação
com casas de veraneio nas praias de Carapebus (lagoa
de Carapebus), João Francisco (lagoa de Piripiri) e
Visgueiro (lagoa do Visgueiro). Também iniciou-se o
aproveitamento "das areias" com plantações de coco e
abacaxi. Outro aspecto foi a expansão de campos
plantados para criação de gado, prejudicando o
ecosistema.
Com o incentivo de várias organizações e pessoas que
defendiam a proteção da região, o Parque Nacional de
Jurubatiba foi criado por lei federal de 1998 e
reconhecido em 1992 como reserva da biosfera pela
UNESCO num estudo assinado por 126 cientistas.
Em toda a sua extensão, existem praias virgens. Como
é um Parque Nacional recente, ainda não possui plano
de manejo. Portanto as visitas são feitas mediante o
acompanhamento de guias turísticos ou em veículos de
agentes do ICMBio.
Referências
1. Fundação Dom Cintra; Plano Diretor de
Desenvolvimento Sustentável de Quissamã - Relatório
Final Parte 1 - Estudos de Diagnósticos;2005; pág 18
2. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua
Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1986. p.987
3. http://www.fflch.usp.br/dlcv/tupi/vocabulario.htm
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