O ser humano pode ser definido em termos biológicos, sociais e
consciência. Biologicamente, os humanos são classificados como a espécie
Homo sapiens (latim para homem sábio, homem racional), um primata bípede
pertencente à superfamília Hominoidea juntamente com outros símios:
chimpanzés, bonobos, gorilas, orangotangos e gibões, além de outras
espécies atualmente extintas. O Homo sapiens também pertence à família
hominidae, família à qual também pertence o chimpanzé e outros.
Os humanos adoptam uma postura erecta que possibilita a
libertação dos membros anteriores para a manipulação de objectos,
possuem um cérebro bem desenvolvido que lhes proporciona as
capacidades de raciocínio abstracto, linguagem e introspecção.
A mente humana tem vários atributos distintos. É responsável
pela complexidade do comportamento humano, especialmente a
linguagem, mas a ciência descobriu que muitos animais possuim linguagens sofisticadas superior que as humanas. A curiosidade e a observação científica levaram ao
aparecimento de uma variedade de explicações para a consciência
e a relação entre o corpo e a mente.
A Psicologia (especialmente
a Neuropsicologia) tenta estudar estas manifestações e relações
sob o ponto de vista científico. As perspectivas religiosas
geralmente enfatizam a existência de uma alma como sendo a
essência do ser, normalmente associada à crença e adoração de
Deus, deuses ou espíritos. A Filosofia tenta sondar as
profundezas de cada uma destas perspectivas. A Arte, a Música e
a Literatura são muitas vezes usadas como forma de expressão
deste conceitos e sentimentos. |
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O ser humano é uma espécie eminentemente social. Criam estruturas
sociais complexas, compostas de muitos grupos cooperantes e
competidores. Estas estruturas variam desde as nações até ao nível da
família, desde a comunidade até ao eu. A tentativa de compreender e
manipular o mundo à sua volta, possibilitou aos humanos desenvolverem
tecnologia e ciência como um projecto comum e não individual. Estas
instituições levaram ao aparecimento de artefactos partilhados, crenças,
mitos, rituais, valores e normas sociais que, no conjunto, formam uma
cultura de grupo.
Terminologia
Mulher inuit (1907)No geral, a palavra pessoas é utilizada quando se
quer referir a um grupo específico de indivíduos. No entanto, quando se
quer referir a um grupo que possui semelhança étnica, cultural ou de
nacionalidade, utiliza-se o termo povo (exemplos: povo índio, povo
falante de português).
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O macho juvenil desta espécie é denominado rapaz, (no Brasil, também
podendo ser usado o termo "moço"). À fêmea juvenil dá-se o nome de
rapariga, (no Brasil, esse termo em geral pode ser considerado
pejorativo, sendo mais usual o termo "moça").
O termo Homem, com inicial
maiúscula, é geralmente utilizado para referir o conjunto de todos os
seres humanos (em contraste com homem, o macho da espécie), tal como o
termo humanidade, raça humana ou gênero humano.
O termo humano é
utilizado como sinónimo de ser humano. Como adjectivo, o termo humano,
tem significância neutra, mas poderá ser utilizado para enfatizar os
aspectos positivos da natureza humana e ser sinónimo de benevolência (em
contraposição com o termo inumano ou desumano). |
Por vezes, em Filosofia, é mantida uma distinção entre as noções de ser
humano (ou Homem) e de pessoa. O primeiro refere-se à espécie biológica
enquanto que o segundo refere-se a um agente racional (ver, por exemplo,
a obra de John Locke, Ensaio sobre o Entendimento Humano II 27, e a obra
de Immanuel Kant, Introdução à Metafísica da Moral).
Segundo a
perspectiva de John Locke, a noção de pessoa passa a ser a de uma
coleção de acções e operações mentais. O termo pessoa poderá assim ser
utilizado para referir animais para além do Homem, para referir seres
míticos, uma inteligência artificial ou um ser extraterrestre. Uma
importante questão em Teologia e na Filosofia da religião concerne em
saber se Deus é uma pessoa.
Em latim, humanus é a forma adjectival do nome homo, traduzido como
Homem (para incluir machos e fêmeas).
Biologia
Anatomia e Fisiologia
Ilustração antiga representando um esqueleto humanoO ser humano
apresenta locomoção bípede completa. Este facto proporciona a
utilização dos membros anteriores para a manipulação de objectos,
por meio da oponibilidade dos polegares.
Os humanos variam substancialmente em relação a altura e peso
médio, conforme a localização e aspectos históricos. Apesar de o
peso ser largamente determinado pelos genes, é também, muito
influenciado pela dieta e exercício.
Em comparação com a pele de outros primatas, a pele humana
possui menor pelagem. A cor do pêlo e da pele é determinada pela
presença de pigmentos, chamados melaninas.
A maioria dos autores
acredita que o escurecimento da pele foi uma adaptação que
evoluiu como uma defesa contra a radiação solar ultravioleta (UV);
a melanina é uma substância eficaz contra esta radiação. A cor
da pele, em humanos actuais, pode variar desde o castanho escuro
até ao rosa pálido. A distribuição geográfica da cor da pele
correlaciona com os níveis ambientais de raios UV.
A cor do pêlo
e da pele humana é controlada, em parte, pelo gene MC1R. Por
exemplo, o cabelo ruivo e pele pálida de alguns europeus é o
resultado de mutações no gene MC1R. A pele humana tem a
capacidade de escurecer (bronzeamento) em resposta à exposição a
raios UV. A variação na capacidade de bronzeamento também é
parcialmente controlado pelo gene MC1R.
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Anatomia humana, Museu Condé, ChantillyPorque os humanos são
bípedes, a região pélvica e a coluna vertebral tendem a sofrer
desgaste, criando dificuldades locomotoras em indivíduos mais
idosos.
A necessidade individual de uma regular administração de comida e bebida
é proeminentemente reflectida na cultura humana. A falha na obtenção de
comida leva ao estado de fome e eventualmente ao de inanição, enquanto
que a falha na obtenção de bebida leva à desidratação e ao estado de
sede. Tanto a inanição como a desidratação poderão levar à morte, se não
forem combatidas: o ser humano pode sobreviver para além de dois meses
sem comida, mas somente cerca de três dias sem bebida (se não tiver
acesso a alimento que hidrate).
O tempo médio de sono requerido é de entre sete e oito horas por dia,
para um adulto, e de nove a dez horas por dia numa criança. Indivíduos
mais idosos usualmente têm sonos de seis a sete horas e os
recem-nascidos podem precisar de 18 a 20 horas diárias de sono. É comum,
nas sociedades modernas, as pessoas dormirem menos que o necessário.
(Ver privação do sono.)
O corpo humano está sujeito a doenças e ao processo de envelhecimento. A
Medicina é a ciência que explora métodos para preservar a saúde humana.
Surgimento da espécie
Mapa das primeiras migrações humanas, de acordo com análises efectuadas
ao DNA mitocondrial (unidades: milénios até ao presente).
A perspectiva deste planisfério centra-se no pólo norte, para facilitar
a compreensão das rotas das migrações.De acordo com as teorias mais
comumente aceites entre os antropólogos actuais, o Homo sapiens teve
origem nas savanas de África entre 130.000 a 200.000 anos atrás,
descendendo do Homo erectus, e terá colonizado a Eurásia e a Oceania há
40.000, colonizando as Américas apenas há 10.000 anos.
Tendo em conta que existe vida na Terra há mais de 3,5 bilhões (109) de
anos, pode dizer-se que esta espécie é muito recente. Para uma avaliação
mais clara, poderia fazer-se o seguinte paralelo: Se existisse vida há
10 dias, o homem teria aparecido no último minuto na África, há um
segundo na Eurásia e Oceania, e apenas há 1/4 de segundo nas Américas.
O Homo sapiens ocupou o lugar do Homo neanderthalensis, do Homo
floresiensis e de outras espécies descendentes do Homo erectus (que
colonizou a Eurasia há já 2 milhões de anos) devido à sua superior
capacidade de reprodução e maior competitividade pelos recursos
naturais.
A origem do Homo sapiens , como todas as espécies animais, encontra-se
hoje em dia explicada pela teoria da evolução das espécies, baseada nos
trabalhos de Charles Darwin e amplamente suportada por fatos
científicos.
Num contexto religioso, a origem do Homem é explicada com frequência com
alguma forma de intervenção divina, baseada unicamente na fé dos
crentes, para a ciência é pura crendice popular, descobriu-se também que a complexidade da maioria dos animais no planeta,
é muito superior aos seres humanos, com execeção de seu cerebro, possui uma anatomia simples e fragil.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Hominidae
Subfamília: Homininae
Género: Homo
Espécie: H. sapiens
Nome binomial
Homo sapiens