O axolotle jovem alimenta-se de plancto e de uma pequena mosca das
águas (dáfnia). Os adultos alimentam-se de vermes, crustáceos e peixes. Na
época do acasalamento, o macho deposita o esperma em um pequeno saco que a
fêmea recolhe no fundo do lago. Após uma semana, ela põe de 200 a 600
ovos, que se abrem 2 a 3 semanas depois.
As Salamandras são anfíbios e
nadam como serpentes, graças aos movimentos da cauda. São cerca de 400
espécies, dos mais variados tamanhos: desde alguns poucos centímetros até
a Salamandra Gigante (Megalobatrachus japonicus) que chega a 1,60 m.
Algumas Salamandras apresentam um colorido surpreendente que faz qualquer
um parar para apreciar. As cores mais freqüentes são o amarelo, o
vermelho, o azul e o preto. E, se bem cuidadas, vivem de 20 a 25 anos.Seu
habitat é em riachos de águas frias e normalmente hibernam durante o
inverno. Cerca de 70% delas prefere a vida na terra.
O ambiente ideal para se ter uma Salamandra em casa deve ser uma espécie
de aquário, que conte com partes de terra firme, ou seja, um terrário
úmido. Para dois ou três exemplares, a medida padrão é 40 cm x 30 cm x 30
cm. Metade do espaço interno é ocupado por terra firme e metade por água,
de uns 12 cm de profundidade.
É aconselhável colocar plantas, tanto na parte aquática como na terrestre,
à vontade. A temperatura nunca deve ultrapassar os 23ºC, as paredes e o
teto (construídos em vidro) têm que estar livre de frestas ou aberturas
pelas quais os animais possam escapar e, finalmente, é necessário que se
providencie algum tipo de rampa (um pedaço de madeira) para que as
Salamandras consigam entrar e sair da água com facilidade.
Estes anfíbios se alimentam de coração de boi em pequenas tiras, artêmias
adultas, tubifex, larvas de insetos, entre outros. Os insetos devem ser a
primeira escolha para os exemplares recém-adquiridos que estejam recusando
alimentos.
Para que a Salamandra dificilmente adoeça, os alimentos não podem se
deteriorar, principalmente na água, onde provocam a proliferação de grande
quantidade de bactérias que causam doenças.
A reprodução em cativeiro é rara, e só acontece quando macho e fêmea foram
apanhados, já adultos, na natureza. Geralmente, o macho tem a cloaca maior
e sua crista da cauda é mais colorida e exuberante que a da fêmea, que
pode mesmo não apresentá-la.
As salamandras são muito venenosas, possuindo por toda a pele glândulas
com uma toxina irritante de mucosas. Algo parecido com a bufotelina,
existente nos Sapos. Portanto, não devem ser ingeridas e nem manipuladas
com dedos feridos. Não se deve, também, esfregar os olhos após tocá-las.
Origem e História
Após o surgimento da vida no planeta, os anfíbios (da classe zoológica
Amphibia) foram os primeiros animais que se aventuraram terra adentro. E
até hoje, como são inúmeras as formas da vida animal, eles conservam a sua
ambigüidade: vivem, respiram e se alimentam, tanto na água como na terra.
No ambiente aéreo, a respiração é pulmonar; embaixo d'água, a respiração
se dá através da pele.
Na classe Amphibia há, basicamente, duas grandes ordens. Uma, reunindo
aqueles que não apresentam cauda, como sapos e pererecas; e outra,
denominada Caudata ou Urodela, que compreende os de cauda. Estes é que são
popularmente conhecidos no Brasil como Salamandras.
Às vezes podemos ouvir falar em Tristões, da mesma ordem das Salamandras.
Estes pertencem ao gênero Triturus, e preferem a vida na água. No Brasil,
raramente são encontrados à venda. Em cativeiro, recebem os mesmos
cuidados que as Salamandras.
Conta-se que, no decorrer dos tempos, as Salamandras foram alvo de lendas
entre povos antigos. Eram confundidas com pequeninas criaturas mitológicas
que viviam nas chamas, os "elementais do fogo". Tudo porque eram vistas
saindo às pressas das fogueiras. É que, na natureza, costumam habitar
troncos caídos, que poderiam ser usados como lenha.
Primitivas e lendárias, às vezes parecem miniaturas dos grandes répteis
pré-históricos; em outras ocasiões são chamadas de lagartixas. Por não
serem muito conhecidas no Brasil, a sua figura, a princípio, pode causar
uma certa estranheza. Aos poucos, no entanto, vai ganhando admiradores. |